O sindicalismo de classe média dos profissionais de educação : um estudo da atuação da APP-Sindicato (2011-2018)
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Bichaco, Aroldo José
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Resumo
Resumo: Diante de uma evidente política de desmonte da educação pública brasileira em todos os níveis, no âmbito do avanço das políticas neoliberais, se faz necessário refletirmos sobre a capacidade de resistência e organização dos profissionais da educação Nessa pesquisa nos colocamos as seguintes problemáticas: de que maneira a APP-Sindicato desenvolveu suas atividades na representação e mobilização dos docentes e demais trabalhadores da educação básica paranaense entre 211 e 218? É possível dizer que, pelo menos até 216, ela atuou como aliada ideológica da frente neodesenvolvimentista que serviu como base de apoio às gestões petistas? Também levantamos perguntas sobre como esse sindicato passou a se organizar, definir suas estratégias, pautas e métodos de ação depois que essa frente neodesenvolvimentista deixou de existir e passou a ser imposto um ultraliberalismo, no período que sucedeu o processo golpista que destituiu Dilma Rousseff da presidência Sendo assim, estabelecemos como objetivo compreender e problematizar os fundamentos ideológicos que ampararam as ações, organização e as orientações da APP-Sindicato entre 211 e 218, considerando os limites e potencialidades de seu sindicalismo de classe média, na busca de possíveis evidências de sua atuação como aliada ideológica da frente neodesenvolvimentista formada durante os governos do PT Além disso, investigamos os efeitos que tiveram sobre a sua atuação o contexto de ultraliberalismo delineado após a deposição de Dilma Rousseff, em 216 Esse estudo foi realizado por meio de uma pesquisa bibliográfica e documental, de caráter qualitativo, tomando como referencial teórico o materialismo histórico-dialético No desenvolvimento da pesquisa abordamos a crise do capital nos anos 197, o início das políticas neoliberais e o modelo de neoliberalismo implantado no Brasil, a partir dos anos 199 Em seguida, analisamos a forma como esse ideário neoliberal influenciou as políticas educacionais brasileiras Na sequência, examinamos o movimento sindical brasileiro e, especificamente, o sindicalismo docente A seguir, investigamos as pautas que mobilizaram a APP-Sindicato, suas estratégias e métodos de ação, a organização de sua gestão, o perfil de seus filiados, suas conquistas, recuos e derrotas, tendo em vista identificar suas potencialidades e limites Como resultado da pesquisa, constatamos que a APP-Sindicato, um sindicato filiado à CUT e à CNTE, foi uma aliada ideológica da frente neodesenvolvimentista que se converteu na base social e permitiu os êxitos políticos e eleitorais dos governos do PT Também verificamos no sindicalismo de classe média da instituição várias de suas pautas reivindicativas permeadas pela ideologia meritocrática Entre 215 e 218, as mobilizações e greves organizadas por este sindicato foram, em geral, de caráter defensivo, com a finalidade de garantir a manutenção de direitos e benefícios e, na maioria das vezes, sem sucesso Além disso, houve um recuo por parte do governo do estado do Paraná em vários direitos que haviam sido conquistados no período anterior Esta pesquisa é resultante de estudos desenvolvidos no Grupo de Pesquisa CNPQ, Políticas Públicas, Currículo, Gestão e Sociedade; no Programa de Estudos Complementares em Currículo e Gestão da Educação – PROEGE; e na linha 1, núcleo de políticas educacionais, do Programa de Pós-Graduação em Educação da UEL
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Palavras-chave
Educação, Efeito das inovações tecnológicas, Sindicatos, Professores, Sindicalismo, Education - Brazil, Teachers' unions, Syndicalism, Neo-developmentism