Atendimento ao paciente com abuso de substâncias psicoativas em um hospital geral
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Aparecido, Jaqueline Fátima de Souza dos Reis
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Resumo
Resumo: Objetivos: Descrever o atendimento prestado a usuários de substâncias psicoativas, seu desfecho, complicações clínicas, e resultado da aplicação da Intervenção Breve, após alta hospitalar Métodos: Estudo transversal com 67 pacientes em um hospital geral filantrópico acreditado pela Organização Nacional de acreditação em nível 3 Após a alta hospitalar, os pacientes foram contatados via telefone para avaliar o estado motivacional após a Intervenção Breve Foi realizada uma análise descritiva exploratória a partir dos dados obtidos com os instrumentos Addicttion Severity Index – 6, que tem a proposta de obter informações relacionadas aos aspectos sócio-econômico- demográfico e culturais associados ao abuso de álcool e drogas e Alcohol Smoking and Substance Involvement Screening Test, que possibilita a identificação de problemas relacionados ao uso de álcool e substâncias psicoativas por meio de pontuação entre zero a >27 pontos Resultados: Houve predominância do sexo masculino em 83,5% dos pacientes admitidos, sendo que 32,8% estavam com problemas relacionadas ao sistema músculo esquelético e 43,3% dos pacientes desconheciam morbidades prévias Foi identificada uma prevalência de 73,7% de uso abusivo de álcool, sendo que 44,8% tiveram pontuação superior a 27 pontos Dos 67 pacientes, 2,8% faziam uso de tabaco, drogas ilícitas e álcool, concomitantemente, quanto à autoavaliação do estado clínico, apenas 35,8% consideraram que seu estado de saúde estava ruim, e destes, 29,9% relataram que apresentavam dor há mais de 1 dias Dos que apresentaram complicações clínicas 13,4% evoluíram para óbito Em 1% dos pacientes foi possível realizar a Intervenção Breve Quando foi avaliado o estado de mudança, 5,7% encontrava-se na fase de contemplação Cerca de 41,8% referiram diminuir o uso da substância após a Intervenção Breve e 17,9% procuraram atendimento de profissionais especializados para ajuda na manutenção da abstinência Dos 67 pacientes, 4,3% têm em seus convívios familiares, pessoas que também fazem uso de álcool ou drogas ilícitas Conclusão: A dificuldade de reconhecerem a necessidade e importância do cuidado e a assistência à saúde mental foi uma das limitações de maior impacto quando passou a ser desvinculada das necessidades e complicações físicas Nesse contexto, é perceptível que a avaliação de profissionais especializados em saúde mental não é realizada na devida proporção devido alguns impactos, apesar de ser uma orientação da Organização Nacional de acreditação O contexto familiar e social foi um fator que pode ter influenciado o indivíduo a não se manter na abstinência da substância psicoativa após a alta hospitalar, sendo que é um fator que contribui para a vulnerabilidade do indivíduo Assim, carece-se de esforços no sentido de aprimorar e amadurecer processos para garantir a qualidade do serviço e segurança do paciente no âmbito do atendimento de saúde mental em hospital geral
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Palavras-chave
Enfermagem, Saúde mental, Intervenção em crises (Serviços de saúde mental), Alcoolismo, Drogas, Nursing, Mental health, Crisis intervention (Mental health services), Alcoholism, Drug abuse