Endoscópios rígidos : utilização e implicações na segurança do paciente
Data
2025-07-15
Autores
Galassi, Amanda Denobi
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Resumo
Introdução. Endoscópios rígidos são dispositivos essenciais para cirurgias minimamente invasivas, porém sua estrutura delicada os torna suscetíveis a danos de impactos físicos e biológicos podendo comprometer sua funcionalidade, representando riscos à segurança do paciente. Objetivo. Analisar a utilização e identificação de danos e sua etiologia, e a contaminação microbiológica de endoscópios rígidos. Método. Estudo transversal, descritivo, realizado durante o período de março a agosto de 2024. Foram analisados 68 endoscópios rígidos pertencentes ao acervo de uma instituição terciária, pública e de ensino. A avaliação das características de identificação e de estrutura, e de danos aparentes dos endoscópios foi feita por enfermeira pesquisadora, especialista em Enfermagem Perioperatória. A análise microbiológica de contaminação dos endoscópios rígidos antes e após o reprocessamento, quase-experimental, foi realizada em parceria com equipe do laboratório de microbiologia da instituição de estudo. As colônias desenvolvidas foram identificadas por métodos bioquímicos manuais e posteriormente realizado o teste de sensibilidade a antimicrobianos por teste de difusão em agar, de acordo com a metodologia do BrCAST. Resultado. Artigo 1. Dos 68 endoscópios rígidos analisados, 35 estavam para uso clínico e 15 apresentaram danos físicos aparentes, como infiltração e deformações estruturais, sendo a maioria dos endoscópios pertencentes à clínica de urologia. Artigo 2. Testes microbiológicos foram realizados em nove endoscópios, revelando contaminação em três endoscópios por patógenos resistentes, previamente à limpeza e esterilização. Houve cultura positiva após esterilização em um endoscópio, porém sem crescimento microbiano em placa de Ágar. Conclusão. Foram identificados danos estruturais e infiltração nos endoscópios rígidos podendo comprometer a funcionalidade dos endoscópios e representar um risco direto à segurança do paciente. Houve crescimento bacteriano em um endoscópio rígido após processo de esterilização. Sugere-se a implementação de monitoramento e treinamento rigorosos do ciclo de vida dos equipamentos, integrando parâmetros quantitativos e qualitativos para a decisão de descontinuação ou manutenção. Devido à falta de evidências claras sobre a temática, elaborou-se uma pesquisa piloto, onde há espaço para aprimorar a abordagem metodológica em estudos futuros.
Descrição
Palavras-chave
Endoscópios, Microbiologia, Centro de materiais e esterilização, Contaminação de equipamentos, Equipamentos e provisões, Dano ao paciente, Enfermagem, Segurança do paciente, Enfermagem perioperatória, Infecção hospitalar, Esterilização