Investigação de variantes alélicas polimórficas no eixo quimiocina receptor CXCL12/CXCR4 e da imunomarcação de CXCR4 em amostras tumorais malignas de próstata metastáticas e não metastáticas

Data

2023-04-13

Autores

Francelino, Amanda Letícia

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Resumo

O câncer de próstata (CaP) é a neoplasia maligna que mais acomete os homens e no Brasil é uma das maiores causas de morte em indivíduos que desenvolvem tumores malignos. A doença possui maior incidência a partir dos 65 anos e pode ser detectada através da alteração dos níveis séricos do Antígeno Prostático Específico (PSA) e do toque retal. Comumente, os sintomas estão presentes apenas no estágio avançado ou na presença de metástases. Sabe-se que o eixo quimiocina ligante CXC Motif 12/Receptor de quimiocina CXC Motif 4 (CXCL12/CXCR4) está envolvido em vias de sobrevivência e migração celular, sendo importante no processo de metástase e podendo constituir um bom marcador no câncer. Variantes alélicas polimórficas podem alterar a expressão gênica e/ou a proteína das respectivas moléculas. Dentro deste contexto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a frequência das variantes polimórficas rs2228014 (CXCR4) e rs1801157 (CXCL12) e a imunomarcação da proteína CXCR4 como candidatos a marcadores de prognóstico e metástase no CaP. As amostras (n=60) foram separadas em grupos prognósticos (com e sem metástase ao diagnóstico) e a imunomarcação avaliada por imunohistoquímica indireta. A genotipagem foi feita por reação em cadeia da polimerase seguida por restrição enzimática (PCR-RFLP). Houve associação significativa entre o alelo C rs2228014 (CXCR4) e presença de extensão extraprostática (p=0,043). Com relação a imunomarcação de CXCR4, observou-se uma predominância de marcação fraca e citoplasmática e uma diferença significativa entre o tecido tumoral maligno versus não tumoral adjacente (p=0,041), com maior expressão da proteína no tecido tumoral. Observou-se ainda uma associação significativa entre a marcação no tumor com estadiamento TNM (p=0,023) e valores de PSA (p=0,029). Nenhuma das variantes alélicas interferiu na imunomarcação tumoral de CXCR4. Os grupos prognósticos não diferiram quanto à frequência das variantes alélicas e nem quanto ao perfil de imunomarcação. De acordo com o observado no presente estudo, o receptor CXCR4 parece não ser o principal responsável por um pior prognóstico ou pela metástase no CaP, mas pode possuir um papel na carcinogênese prostática, que merece investigações futuras.

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Palavras-chave

polimorfismo genético, prognóstico, metástase, imunohistoquímica, Próstata - Câncer, Antígeno Prostático Específico

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