Colonização por bacilos gram-negativos em recém-nascidos, consumo de antimicrobianos e de álcool a 70% em uma unidade neonatal no Brasil.

Data

2023-07-21

Autores

Sestak, Thaliny Leal Specian

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Resumo

Introdução: O progresso na área da saúde permitiu a sobrevida de recém-nascidos cada vez mais prematuros com risco aumentado para colonização. Logo, faz-se necessário o controle do consumo de antimicrobianos e reforços no uso de álcool a 70%. Objetivo: analisar a frequência e o perfil de resistência das principais enterobactérias isoladas dos processos de colonização de recém-nascidos, o padrão de consumo de antimicrobianos e de álcool à 70% em uma unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN). Metodologia: Estudo retrospectivo observacional, que analisou a colonização por enterobactérias de 43 recém-nascidos que foram submetidas a análise microbiológica e molecular, realizado em uma UTIN localizada no noroeste do Paraná, no período de outubro de 2020 a maio de 2021. Resultados: A amostra do estudo foi composta por 43 neonatos, dos quais 32,5% nasceram com idade gestacional entre 28 e 32 semanas. A colonização por Bacilos Gram- Negativos (BGN) ocorreu entre 7 e 95 dias de vida, com mediana de 19 dias de vida; 69,7% dos casos apresentaram infecções e colonizações mutuamente. Em relação ao total de 100 coletas de swab retal e nasal provenientes da amostra do estudo, Klebsiella pneumoniae foi o micro-organismo predominante. Evolutivamente observou-se diminuição da positividade para BGN nos swabs de vigilância. Em relação aos resultados genotípicos, o gene bla-CTXM1 foi prevalente, presente em 29 amostras (39%) de colonização, seguido do gene bla-KPC presente em 16 (21,6%), o gene bla-CTXM15 em 13 (17,5%), o gene bla-CTXM8 em 12 (16,2%) e 2 amostras (2,7%) com o gene bla-CTXM2. Houve redução de incidência de infecções relacionadas a assistência à saúde (IRAS) e de enterocolite necrozante. A auditoria de antibióticos evidenciou através dos cálculos de dias de terapia de cada antibiótico (Days of Therapy- DOT) a redução da prescrição de antimicrobianos de amplo espectro. O consumo de álcool a 70% se manteve acima da média preconizada no período. Conclusão: foi possível analisar a frequência e o perfil de resistência das principais enterobactérias isoladas dos processos de colonização de recém-nascidos, o padrão de consumo de antibióticos e de álcool a 70% em uma unidade de terapia intensiva neonatal.

Descrição

Palavras-chave

Enterobacteriaceae, Bacilos Gram-Negativos, Infecção Hospitalar, Auditoria Clínica

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