Associação da doença aterosclerótica carotídea com a incontinência urinária de esforço em mulheres

Data

2023-10-25

Autores

Mauro, Daniel Miguel

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Resumo

Objetivo: Avaliar a associação entre o aumento da espessura mediointimal e a placa carotídea de origem aterosclerótica com a incontinência urinária de esforço em mulheres. Materiais e métodos: Estudo caso controle com mulheres entre 30 e 70 anos com o diagnóstico prévio de incontinência urinária de esforço diagnosticas através do International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form. Estas foram submetidas a avaliação clínica com ênfase na realização da ultrassonografia carotídea para avaliação do espessamento médio intimal e pesquisa de placa aterosclerótica. As pacientes foram alocadas dois grupos, com incontinência urinária de esforço e pacientes continentes. A placa carotídea ateromatosa foi definida como uma estrutura focal estendendo-se no mínimo 0,5 mm para a luz do vaso, e/ou medindo mais do que 50% do valor da medida da espessamento médio intimal adjacente, e/ou ainda uma medida do espessamento médio intimal maior que 1,5 mm. A análise estatística considera como p<0,05 como significante e com intervalo de confiança (IC) de 95%. Resultados: Setenta pacientes foram avaliadas pelo estudo. Não houve diferença estatística entre as características demográficas e clínicas dos grupos. Do grupo amostral, trinta e quatro (48,6%) das pacientes apresentavam placa carotídea (p <0,001) e quarenta e dois (60%) encontravam-se com aumento do espessamento médio intimal espessamento médio intimal) (p <0,001). Vinte e seis (74,3%) pacientes portadoras de IUE apresentavam placa carotídea, em 22,8% estimou-se estenose 31-40% da circunferência carotídea enquanto 22,9% das pacientes sem incontinência urinária apresentavam placa carotídea. Trinta pacientes 85,% das pacientes com incontinência urinária apresentavam aumento do espessamento médio intimal enquanto 12 pacientes 34,3% do grupo continente apresentavam aumento da espessura médio intimal. A análise multivariada através da regressão logística binomial confirmou esses resultados (razão de chances = 7,9; IC 95% (2,15 – 29,4); p= 0,002. Conclusão: A prevalência da placa aterosclerótica durante avaliação ultrassonográfica em mulheres com incontinência urinária de esforço foi significativamente maior do que no grupo controle com razão de chances de 7,9 vezes em relação ao grupo continente. Contudo, por se tratar de uma amostra reduzida e de conveniência, mais estudos são necessários para maior correlação entre a aterosclerose, a placa carotídea e a incontinência urinária de esforço.

Descrição

Palavras-chave

Bexiga Urinária, Sintomas do Trato Urinário Inferior, Doença da Artéria Carótida, Espessura Mediointimal Carotídea, Ultrassonografia, Doppler, Duplex, Doença aterosclerótica carotídea - Mulheres, Doença cardíaca coronária - Diagnóstico - Mulheres, Incontinência urinária - Mulheres

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