Estratégias autoprejudiciais e crenças de autoeficácia em estudantes do ensino médio

Data

2024-02-28

Autores

Suzarte, Vitória Eduarda Rocha Simões

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Resumo

Indivíduos autorregulados, que utilizam estratégias de aprendizagem adequadas, que possuem fortalecidas crenças de autoeficácia e que não empregam com frequência estratégias autoprejudiciais tendem a apresentar melhor desempenho acadêmico, uma vez que possuem comportamentos que dão subsídios para seu aprendizado dentro e fora do contexto escolar. Tendo em vista a escassez de estudos com estudantes do Ensino Médio e que abordem variáveis sociodemográficas (gênero, faixa etária, série escolar, repetência e desempenho acadêmico) no contexto brasileiro sobre estratégias autoprejudiciais, crenças de autoeficácia e desempenho escolar, o presente estudo teve como objetivo: analisar possíveis relações entre o emprego de estratégias autoprejudiciais, as crenças de autoeficácia acadêmicas, as variáveis sociodemográficas e o desempenho escolar de alunos do 1º ao 3º ano do Ensino Médio em tempo integral e noturno de uma Escola Pública Estadual. Para tanto, a pesquisa se caracterizou como Exploratória e Descritiva e foi realizada com 111 estudantes de uma Escola Pública Estadual de Ensino Médio numa cidade do interior do Paraná. Os instrumentos utilizados para a coleta e geração de dados foram a Brazilian Self-Handicapping Strategies Scale (EEAPREJ) validada por Boruchovitch et al. (2022), Escala de Autoeficácia Acadêmica para o Ensino Médio (AAEM) de Polydoro e Casanova (2015) e boletins escolares dos participantes. A pesquisa ocorreu de forma presencial e foi aplicada no Laboratório de Informática da instituição por meio do Google Forms. A análise foi realizada mediante estatística descritiva e inferencial utilizando-se o programa Statistical Packege for the Social Sciences (SPSS). Os resultados não evidenciaram diferenças significativas entre as variáveis sociodemográficas, o emprego de estratégias autoprejudiciais e a escala geral de crenças de autoeficácia. Já no que tange as variáveis sociodemográficas e a autoeficácia dos estudantes, observou-se que somente a variável período (integral/noturno) apresentou diferença significativa no fator 2 da escala “Autoeficácia para atuar na vida escolar” e a variável repetência nos fatores 1 “Autoeficácia para aprender” e 3 “Autoeficácia para decisão de carreira”. Sobre o desempenho acadêmico, o uso de estratégias autoprejudiciais correlacionou-se significativamente e negativamente com a média geral de desempenho acadêmico, indicando que quanto maior o uso de estratégias autoprejudiciais, menor o desempenho. Da mesma forma, foi evidenciada correlação significativa e negativa entre a autoeficácia e uso de estratégias autoprejudiciais, o que indicou que quanto maior o nível de autoeficácia, menor o emprego de estratégias autoprejudiciais e vice-versa. Espera-se que a presente pesquisa contribua para as discussões sobre crenças de autoeficácia e estratégias autoprejudiciais em estudantes do Ensino Médio, bem como servir como fonte de dados para novas propostas, com o objetivo de fortalecer as crenças de autoeficácia dos estudantes, diminuir o emprego das estratégias autoprejudiciais e melhorar o desempenho acadêmico, visando uma educação de qualidade para todos, bem como a redução do fracasso escolar.

Descrição

Palavras-chave

Estratégias autoprejudiciais, Crenças de autoeficácia, Desempenho acadêmico, Estudantes, Ensino médio, Educação, Estudantes do ensino médio - Paraná, Estratégias de aprendizagem - Paraná, Escolas públicas - Paraná, Rendimento escolar - Paraná

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