A identidade ecológica do movimento dos trabalhadores rurais sem terra - MST: o caso do assentamento Dorcelina Folador - Arapongas - Paraná
Data
2005-03-30
Autores
Negri, Paulo Sérgio
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
O trabalho A identidade ecológica do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST: o caso do assentamento Dorcelina Folador no município de Arapongas - Paraná teve como objetivo a análise das orientações do MST no que diz respeito a preservação ambiental, bem como detectar a construção da identidade ecológica do MST e perceber em que medida o discurso agroecológico do Movimento em nível nacional/local rebate junto aos assentados na forma de projeto agroecológico dentro do assentamento. O MST se posiciona contrário ao modelo de agricultura moderna adotado no Brasil que intensificou-se a partir da Revolução Verde, pois o considera nocivo ao meio ambiente além de permitir a exclusão social. Em tese o MST propõe a implantação de um novo modelo de produção agrícola pautado no desenvolvimento rural sustentável (agroecológico). A partir desse pressuposto foi escolhido o assentamento Dorcelina Folador no município de Arapongas no norte do Paraná para que esta pesquisa se realizasse. Foram aplicadas entrevistas aos assentados em duas etapas: a primeira etapa foi realizada com quarenta famílias de assentados e a segunda etapa apenas aos assentados que trabalhavam com produtos orgânicos. A análise dos dados e o confronto com o discurso do MST demonstraram a existência de fatores limitantes que influenciaram a constatação da aplicação efetiva do discurso do MST junto aos assentados deste assentamento sendo eles: ausência de um projeto em produção orgânica; dificuldades dos assentados em romper com o paradigma da agricultura moderna; mercado para produtos orgânicos; falta de formação técnico-educativa específica para a produção agroecológica.
Descrição
Palavras-chave
MST - Assentamento, Sustentabilidade, Agroecologia, Fatores limitantes