Fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) em idosas: associação com aptidão física e os efeitos do exercício físico multicomponente
Data
2021-06-25
Autores
Imaizumi, Mayara
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
Introdução: A prática regular de atividade física parece modular o nível de BDNF (Brain-Derived Neurotrophic Factor) periférico de idosos, embora os benefícios possam variar de acordo com o tipo de exercício. Apesar disso, a relação entre a aptidão física e os níveis de BDNF periférico, particularmente de idosas, ainda não é bem estabelecida na literatura. Objetivo: Analisar a associação do nível de BDNF com a aptidão física de idosas fisicamente independentes e investigar os efeitos de dois programas de exercícios físicos (Treinamento Funcional e Pilates solo) sobre os níveis de BDNF e aptidão física. Métodos: 139 idosas participaram das avaliações iniciais e foram inclusas nas análises de associação. Dessas, 90 participaram das intervenções. Para caracterização da amostra foram coletadas informações sociodemográficas e medidas antropométricas para o cálculo do IMC. Para avaliar a aptidão física, utilizou-se o Short Physical Performance Battery (SPPB), o teste de agilidade (AGI) da bateria da American Alliance for Health, Physical Education, Recreation & Dance (AAHPERD), o teste de seis minutos de caminhada (TC6) e o teste de preensão manual (PMAN), utilizando um dinamômetro hidráulico. O nível de BDNF foi mensurado pelo teste imunofluorimétrico multiplex de microesferas para a plataforma Luminex. Utilizou-se a versão brasileira da Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage versão reduzida (GDS-15) para determinação dos sintomas depressivos e a função cognitiva foi avaliada por meio da Avaliação Cognitiva de Montreal (MoCA). Foram realizados dois programas de exercícios físicos multicomponentes: Treinamento Funcional (TF) e Pilates solo (PS), realizados por 12 semanas, três vezes semanais, com sessões de aproximadamente 50 minutos. O grupo controle participou de um programa de Educação em Saúde (ES). Resultados: Em relação aos testes de aptidão física, observou-se apenas uma correlação positiva fraca com a velocidade de marcha habitual. Após dividir a amostra em quartis do nível de aptidão física, não houve efeito do grupo para o nível de BDNF. Após o período de intervenção, os grupos TF e PS apresentaram aumento significativo nos níveis de BDNF e apenas o grupo TF melhorou o desempenho em um dos testes de aptidão física (TC6). Conclusão: Não houve associação entre o nível de BDNF e a aptidão física de mulheres idosas. No entanto, as duas modalidades de programas de exercício físico multicomponente aumentaram os níveis de BDNF, sugerindo que o nível de BDNF pode não depender apenas da condição física do indivíduo, mas sim do estímulo constante de exercícios físicos que englobam diferentes capacidades físicas
Descrição
Palavras-chave
Cognição, Desempenho físico funcional, Envelhecimento, Fatores neurotróficos, Treinamento físico