Internações de longa permanência pelo Sistema Ùnico de Saúde em instituição de alta complexidade

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Conceição, Eliane Silvéria Hernandes

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Resumo

Resumo: No Brasil, é considerada internação de longa permanência aquela em que o paciente permanece hospitalizado em tempo igual ou maior que 3 dias É um desafio enfrentado pelos hospitais devido as suas consequências para o paciente, sua família e ainda para os gestores de saúde, devido o impacto dos custos hospitalares Nesse contexto foram desenvolvidos os dois estudos que compõem essa Dissertação O primeiro foi elaborado em forma de revisão integrativa A busca totalizou 225 artigos, dos quais apenas dezesseis responderam aos objetivos da pesquisa As análises textuais permitiram a construção de três abordagens temáticas: tempo de permanência e mortalidade; permanência hospitalar, reinternações e fatores relacionados; tempo de internação e gerenciamento de leitos hospitalares Os estudos mostraram que o tempo de internação está associado à mortalidade, reinternações e ocorrência de eventos adversos decorrentes da permanência hospitalar Destaca-se a gestão dos custos hospitalares e a intervenção para diminuição do tempo de internação hospitalar como um desafio vivenciado nos hospitais de grande porte Com base na relação entre internação de longa permanência e fatores associados, elaborou-se o segundo estudo, abordando os fatores associados às internações hospitalares de longa permanência de pacientes adultos atendidos pelo Sistema Único de Saúde em uma instituição de alta complexidade Tratou-se de uma pesquisa descritiva transversal, com abordagem quantitativa e de dados secundários Foram incluídos aqueles que tiveram internações de longa permanência pelo Sistema Único de Saúde entre os anos de 213 a 215, com exclusão das reinternações Os dados foram analisados por meio do Programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 2 Foram realizadas análises descritivas, com apresentação das frequências absolutas e relativas A razão de prevalência (RP) foi calculada por Regressão de Poisson, com variância robusta e respectivos intervalos de confiança (IC 95%) Variáveis que apresentaram valor de p<,2 na análise bivariada foram incorporadas ao modelo multivariado Permaneceram no modelo final as variáveis independentes que mantiveram associação significativa após o ajuste (p<,5), de acordo com o Teste de Wald Foram incluídas 12689 internações e, dessas, identificadas 645 de longa permanência no período, perfazendo uma prevalência de 5,1% Os dados evidenciaram que houve predomínio do sexo masculino (62,%), de indivíduos acima de 6 anos (52,6%), com ensino fundamental (65,5%), pertencentes à regional de abrangência do município (82,9%), com internação na especialidade de neurocirurgia (25,6%) As internações por doenças do aparelho circulatório foram mais frequentes (33,5%), seguida daquelas decorrentes de causas externas (22,3%) e de altas por óbito (45,6%) Os fatores associados às internações de longa permanência foram: sexo masculino (RP=1,42; IC95%: 1,22-1,66; p<,1); morador de outra regional de saúde (RP=1,51; IC95%: 1,25-1,84; p<,1) e ter apresentado internação em Unidade de Terapia Intensiva (RP=6,55; IC95%: 5,43-7,9; p<,1) Os resultados apontaram que ser do sexo masculino, morador de outra regional de saúde e internação em Unidade de Terapia Intensiva, estiveram associados à internação de longa permanência e que o tempo de internação está associado à mortalidade, reinternações e ocorrência de eventos adversos decorrentes da permanência hospitalar Os fatores associados a essas internações mostraram resultados expressivos em termos de gravidade, considerando as internações em Unidade de Terapia Intensiva e, mortalidade

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Palavras-chave

Assistência hospitalar, Doentes hospitalizados, Hospital care, Hospitalized patients

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