Infecção pelo HIV em um centro de referência do sul do Brasil

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Rossi, Angélica da Mata

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Resumo

Resumo: Objetivo: Analisar os casos atendidos em um Centro de Testagem e Aconselhamento e ambulatório de IST/HIV/Aids de um município do Sul do Brasil em relação a infecção pelo HIV Método: Estudo transversal, analítico, realizado com dados secundários dos 5229 usuários que realizaram o teste rápido para HIV no período de junho de 212 a junho de 215 Utilizou-se o banco de dados do Sistema de Informação do CTA (SI-CTA), convertido para o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 2 As análises bivariadas e multivariadas foram realizadas por meio de regressão logística binária, com apresentação do Odds Ratio (OR), intervalo de confiança (IC) de 95% e p-valor <,5 Resultados: A prevalência de infecção pelo HIV foi de 5,% (259), com maior acometimento da população mais jovem (p=,1) e do sexo masculino (p<,1), não se observando diferença em relação à escolaridade e situação conjugal A prevalência em gestantes foi de 26,7% (p=<,1) No recorte populacional, ressaltam-se as pessoas vivendo com HIV/Aids confirmadas (91,3%; p<,1) e homens que fazem sexo com homens (2%; p<,1) Em relação ao comportamento sexual destacaram-se com maior chance ao HIV: HSH (OR 6,47; IC 4,97-8,14; p<,1), relato de IST no último ano (OR 3,52; IC 2,57-4,81; p<,1); uso irregular ou não uso do preservativo com parceiro fixo nos últimos doze meses (OR 2,44; IC 1,43-4,16; p=,1) e parceiro soropositivo para HIV (OR 3,59; IC 1,65-7,79; p=,1) Nas análises multivariadas verificou-se maior associação à infecção pelo HIV no modelo 2 que inclui, as variáveis sociodemográficas (Modelo 1) e mais as comportamentais Assim, os comportamentos com maior vulnerabilidade ao HIV encontrados foram: o recorte populacional de HSH, o compartilhamento de seringas, a prática sexual HSH, ter IST nos últimos 12 meses, uso irregular ou não uso do preservativo nos últimos 12 meses com parceiro fixo e parceiro soropositivo para HIV Os dados clínicos e laboratoriais foram investigados em 226 prontuários, visto que 33 não foram encontrados A contagem de linfócitos T CD4+ não mostrou diferença entre os sexos, variando de quatro a 1373 células/mm³ de sangue, com média de 495,77 (DP331,61) para os homens e de 463,29 (DP 268,51) para as mulheres A carga viral variou de indetectável a 5793753 vírus/mL de sangue, com média de 243193,66 (DP 67787,55) para os homens e de 258139,94 (DP 65149,95) para as mulheres (p=,756) Analisando-se conjuntamente T CD4+ e carga viral, conclui-se que 56,1% dos usuários se encontravam em fase avançada da infecção Muitos pacientes apresentavam sorologias positivas para Citomegalovirus, Toxoplasmose, sífilis e hepatites A, B e C Foram encontradas anotações de presença de sintomas relacionados ao HIV, assim como co-infecções e outras IST Conclusão: A vulnerabilidade ao HIV foi mais associada a fatores comportamentais As características clínicas e laboratoriais levantadas sugerem que o diagnóstico da infecção pelo HIV está ocorrendo tardiamente no CTA, contrariando as políticas de prevenção e diagnóstico precoce propostas para esse serviço

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Palavras-chave

Infecções por HIV, HIV (Vírus), Diagnóstico, Comportamento sexual, HIV infections, HIV (Viruses), Diagnosis

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