Avaliação da fungemia, resposta imune celular/humoral e citocinas na infecção experimental de camundongos com isolado clínico Candida parapsilosis (Cp 1)

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Leonello, Paula Cesar

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Resumo

Resumo: Em pacientes imunocomprometidos é comum a infecção concomitante por diversos patógenos O presente trabalho identificou um isolado fúngico como Candida parapsilosis proveniente de paciente com histoplasmose Considerando que estudos sobre a virulência e a patogenicidade experimental desta espécie são poucos, o objetivo do trabalho foi caracterizar o fungo, inicialmente confirmando como C parapsilosis por biologia molecular (PCR) e avaliar a fungemia pela contagem de unidade formadora de colônia (CFU) no baço, fígado e cérebro, as respostas imune celular e humoral específicas, nível de citocinas plasmáticas (INF-?, TNF-a, IL-4 e IL-1) e no macerado do cérebro (IL-17) no decorrer de infecção experimental em camundongos Swiss Adicionalmente foi realizada a análise de nível plasmático de anticorpos anti-mielina, considerando os dados preliminares de alterações comportamentais em camundongos infectados pelo referido isolado A identificação do fungo foi realizada por PCR utilizando primer ITS-5 e ITS-4, seguida de outro PCR com os primers: ITS-5, ITS-4, ITS-2 e ITS-3 Esse fungo, confirmado como C parapsilosis, foi inoculado em camundongos por via endovenosa (1x18 leveduras/animal) e divididos em grupos de 7, 14, 28 e 56 dias de infecção Como controle, inoculou-se PBS estéril A resposta imune celular foi avaliada por teste intradérmico (DTH) e a resposta imune humoral por ELISA, utilizando como antígeno preparado livres de células (CFAg) de C parapsilosis Os resultados obtidos demonstraram aumento significativo de CFU apenas no grupo de camundongos com 7 dias de infecção em relação aos demais grupos (p<5) e aumento de resposta de DTH no grupo de 56 dias em relação ao controle (p<5) e nível elevado de IgG total anti-CFAg nos grupos de 28 e 56 dias em relação aos demais (p<5) Foi observado aumento no nível de citocina INF-? no plasma em grupo de 28 e 56 dias pós-infecção em relação aos demais grupos (p<5) e níveis similares de demais citocinas entre os grupos (p>5) Após 28 e 56 dias de infecção, foi confirmada a alteração comportamental Todavia a contagem do CFU no cérebro foi significativamente maior somente no grupo de 7 dias, sendo negativo após 14 dias de infecção, mas com presença de lesões teciduais no cérebro dos grupos de camundongos com 28 e 56 dias pós-infecção Não foram observadas alterações no nível plasmático de IgG anti-mielina Concluímos pelos resultados que o referido isolado por si só apresenta baixa virulência e que a resposta imune induzida possivelmente controle a infecção Todavia as respostas imunes específicas devem participar nas lesões do cérebro, alterando o comportamento dos camundongos infectados, o que requer estudos adicionais

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Palavras-chave

Citocinas, Resposta imune, Candida parapsilosis, Fungos patogênicos, Teste imunoenzimático, Imune response, Pathogenic fungi

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