Incidência de infecções em um centro de referência no tratamento de queimaduras

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Zampar, Elisangela Flauzino

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Resumo

Resumo: Objetivo: Descrever as infecções de pacientes admitidos na Unidade de Terapia Intensiva de um centro de referência no tratamento de queimaduras de um hospital terciário, universitário, público, no estado do Paraná, no sul do BrasilMétodos: Estudo longitudinal retrospectivo de pacientes admitidos nos leitos de terapia intensiva de queimados, no período de janeiro de 29 a dezembro de 213 Os pacientes que preencheram os critérios de inclusão foram acompanhados diariamente até a alta hospitalar ou óbito Na admissão foram coletados dados demográficos, profundidade e dimensão da queimadura, agente causal e dados relativos à queimadura Foram utilizadas as fichas de acompanhamento da Comissão Intrahospitalar de infecções para a coleta de dados das colonizações e infecções A pesquisadora registrou no formulário todos os resultados das culturas analisadas (uroculturas, hemoculturas, culturas biopsia de tecido e pele, culturas de lavado brônquico e de secreção traqueal), e dos antibiogramas dos microrganismos isolados Foram também coletados os dados para o cálculo dos escores prognósticos APACHE II e ABSI, o escore de disfunção orgânica (SOFA) e de intervenções terapêuticas (TISS 28) para caracterização da população do estudo Resultados: Foram incluídos e analisados 44 pacientes divididos em dois grupos Um grupo considerado sem infecção com 142 pacientes e o outro paciente com Infecção Relacionado a Assistência à Saúde (IRAS) (262) Houve predominância do sexo masculino nos dois grupos respectivamente, no grupo sem infecção 16 (74,5%) e no grupo com IRAS com 167 (63,7%) A idade média dos pacientes sem infecção foi de 37 anos (DP 14,89) e os com IRAS foi de 38 anos (DP 15,78) A superfície corporal queimada média foi 25% para os com e de 16% para os sem IRAS Das 523 IRAS levantadas neste estudo, os sítios mais frequentes de infecção foram as pneumonias com 216 (41%) casos, as infecções do trato urinário com 137 (26%) episódios e as infecções de pele/partes moles com 111 (21%) Os patógenos mais frequentes resistentes aos antimicrobianos foram: os Acinetobacter baumannii 93 (4%), as Pseudomonas aeruginosa 5 (21%) e as Klebsiella (pneumoniae/oxytoca) 23 (1%) e todos eles tiveram resistência com mais de três antibióticos Os Enterococcus faecalis apresentaram menor frequência 9 (4%), e destes patógenos (11%) foram resistentes as Estreptomicina e Tetraciclinas, seguidas dos Staphylococcus aureus com 14 (6%), sendo que destes microrganismos (36%) foram consideradas MRSA (Staphylococcus aureus resistente à meticilina) Não foram encontrados na população de estudos nenhum patógeno resistente à vancomicina As classes dos antibióticos mais utilizados nos episódios de IRAS (523) foram: os Carbapenêmicos com 224 (43 %), os Glicopeptídeos com 219 (42%) ocorrências, as Polimixinas 166 (32%) e os Antifúngicos 14 (2% das infecções identificadas) Conclusão: A taxa de infecção neste estudo pode ser considerada alta comparada com outros estudos As infecções mais frequentes foram as pneumonias, seguidas pelas infecções de trato urinário causadas por Acinetobacter baumannii e a Pseudomonas aeruginosa com alta frequência de resistência aos antimicrobianos

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Palavras-chave

Infecção hospitalar, Infecção, Epidemiologia, Burn care units, Hospital-infections

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