Crenças e atitudes linguísticas : tendências de reação de falantes curitibanos e londrinenses
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Lourenço, Dayse de Souza
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Resumo: O estudo de Crenças e Atitudes Linguísticas se apoia na Psicologia Social e na Sociolinguística Segundo Moreno Fernández (1998), trata-se da manifestação da atitude social do indivíduo em relação à sua variedade e a outras Dessa forma, compreende o fenômeno da variação linguística segundo a consciência que o usuário da língua tem diante de seu idioma ou de sua variante e revela que a forma como vê as diferentes realizações da língua atua diretamente nas relações com os seus usuários Baseado na técnica Matched-Guises, ou falsos pares, desenvolvida por Lambert (1975), este estudo objetiva compreender as atitudes valorativas no que tange às crenças e atitudes linguísticas nos falantes; à percepção dos falantes em relação a sua variedade e à do outro; à presença de estereótipos; à influência da percepção linguística na atribuição de características físicas e pessoais O corpus desta pesquisa é formado por 24 informantes - 12 naturais de Curitiba e 12 de Londrina - cidades com cenários linguísticos bastante diversos, uma vez que Londrina, cidade interiorana, é mais influenciada pelo sul do estado de São Paulo em detrimento de sua própria capital, Curitiba Para tanto, foi realizada a gravação da leitura de um texto de cunho científico, expositivo e descritivo, para que seu conteúdo não influenciasse na atribuição de valores, mas apresentasse as principais marcas diferenciadoras dos dois dialetos A leitura foi realizada por dois falantes (um natural de Curitiba e outro de Londrina) e foi submetida a 24 julgadores, sendo 12 de Curitiba e 12 de Londrina, estratificados segundo o sexo, faixa etária e escolaridade Após a audição, transcrição e revisão, os dados foram processados com auxílio de um software desenvolvido por Mendez Batista (212) que oferece percentuais e número de ocorrências Os dados mostram que houve mais avaliações positivas que negativas e não respostas somadas, as avaliações positivas foram ligeiramente mais direcionadas ao dialeto curitibano em comparação ao dialeto londrinense, tanto por parte dos julgadores de Curitiba quanto de Londrina As mulheres se posicionam mais que os homens ao fazer julgamentos e reagem de forma mais positiva frente às diferenças Os informantes com escolaridade de nível fundamental atribuem mais prestígio aos falares que os de nível médio e superior Os julgadores da faixa etária de 51 a 7 se posicionam menos que os da faixa etária de 18 a 3 anos
Descrição
Palavras-chave
Sociolinguística, Atitudes linguísticas, Língua portuguesa, Variação, Curitiba (PR), Portuguese language, Variation