Perfil de citocinas pró e anti-inflamatórias e adiponectina em pacientes com esclerose sistêmica
Arquivos
Data
Autores
Ferreira, Meline Angélica Cunha Rotter
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
Resumo: INTRODUÇÃO: A Esclerose Sistêmica (ES) é uma doença autoimune rara caracterizada por fibrose de múltiplos órgãos, envolvimento vascular e produção de autoanticorpos Apresenta um prognóstico grave, mortalidade prematura, podendo ser considerada como uma doença de difícil controle terapêutico A desregulação imune é um processo central na patogênese da ES Linfócitos e macrófagos produzem citocinas que induzem dano tecidual, recrutam células inflamatórias adicionais e promovem a produção de matriz extracelular e fibrose Os linfócitos T helper (Th) são provenientes de linfócitos Th CD4+ precursores (Th), que podem diferenciar-se em fenótipos diferentes e exclusivos - Th1, Th2, Th17 e células T reguladoras (Treg) dependendo do ambiente de citocinas, imunógeno e células envolvidas OBJETIVO: Avaliar os perfis de citocinas pró-inflamatórias, anti-inflamatórias e adiponectina e determinar modelos preditores que auxiliem no diagnóstico da ES SUJEITOS E MÉTODOS: Foram selecionados 117 participantes, sendo 42 pacientes com diagnóstico de ES (ES difusa, n=7 e ES limitada, n=35) e 75 indivíduos saudáveis (grupo controle) Todos os participantes foram avaliados quanto a sexo, etnia, índice de massa corporal (IMC), uso de medicamentos, entre outros dados Os níveis plasmáticos das citocinas pró-inflamatórias: interferon-gama (IFN-?), fator de necrose tumoral–alfa (TNF-a), interleucina (IL)-1ß, IL-2, IL-6 e das anti-inflamatórias IL-4, fator transformador de crescimento-beta (TGF-ß) e adiponectina foram determinados por imunofluorimetria (plataforma Luminex) As citocinas foram avaliadas individualmente e em perfis: pró-inflamatórios M1: (IL-1ß+IL-6+TNF-a) e Th1: (IL-2+IFN-?) As citocinas anti-inflamatórias formaram os perfis Th2+Treg: (IL-4+TGF-ß) e o sistema anti-inflamatório e imuno-regulatório (IL-4+TGF-ß+Adiponectina) RESULTADOS: O diagnóstico de ES foi fortemente associado à alteração dos níveis de citocinas sendo responsável por 67,6% de sua variância, com um forte impacto na variação nos níveis de IL-2 (43,7%), IL-4 (26,%) e adiponectina (24,2%) e moderado impacto na variação dos níveis de TGF-ß (19,3%) e IL-6 (12,7%) Os resultados também demonstraram que o diagnóstico está envolvido, principalmente no perfil Th2 e Treg, explicando 37,9% de sua variação Quando a adiponectina foi adicionada ao perfil anti-inflamatório, a variação aumentou para 45,7% Além disso, foi proposto um modelo estatístico utilizando citocinas pró (IL-2, IFN-?) e anti-inflamatórias (TGF-ß e adiponectina) para predizer a ES com alta sensibilidade (1%) e especificidade (91,7%) CONCLUSÃO: Pacientes com ES apresentaram um predomínio da resposta anti-inflamatória (Th2, Treg e adiponectina) e esses achados podem ser responsáveis pela característica fibrótica da doença Além disso, este é o primeiro estudo a demonstrar níveis mais altos de adiponectina em pacientes com ES Mais estudos são necessários para confirmar os resultados presentes, bem como investigar os achados contraditórios sobre a adiponectina
Descrição
Palavras-chave
Esclerose sistêmica, Citocinas, Adiponectina, Fisiopatologia, Systemic sclerosis, Cytokines