Geografia da saúde nos municípios lindeiros das margens paranaense e sul-mato-grossense do alto do rio Paraná e a hidrogeoquímica das ilhas Japonesa e Floresta (PR-MS)
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Duarte, Douglas Ambiel Barros Gil
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Resumo
Resumo: O presente trabalho objetiva estudar a relação da saúde coletiva dos municípios lindeiros no Alto Rio Paraná com as características da geoquímica das águas Inicialmente realizados em pesquisas anteriores nas Ilhas Mutum e Porto Rico (29) e no entorno do Arquipélago Carioca (212) o estudo hidrogeoquímico tem grande relevância, pois o Alto Rio Paraná é uma área que se modificou ao longo de anos por um processo natural e também por estar situado à jusante e a montante de usinas hidrelétricas que através de sua construção modificaram a dinâmica fluvial e a qualidade da água e, além disto, sabe-se que outros fatores podem ter influenciado toda qualidade hidrogeoquímica como descarga de efluentes sanitários e contaminação por agrotóxicos em locais onde existem áreas de agricultura Os dados de saúde foram coletados através do sistema de informação de saúde do Datasus; enquanto a organização para os trabalhos de campo de coletas de água iniciou-se com o georreferenciamento e análise da área de estudo para os determinados pontos de coleta que ocorreram efetivamente em novembro (212) e em março (213) Nos municípios lindeiros os indíces maiores de mortalidade proporcional por grupos de causa, foram as doenças do aparelho circulatório (35,2%), neoplasias (14,8%), doenças do aparelho respiratório (9,4%), doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (7,%), doenças do aparelho digestivo (5,7%), doenças infecciosas e parasitárias (3,9%), doenças do aparelho geniturinário (2,2%) e doenças do sistema nervoso (1,5%) Nas coletas de água “in situ” alguns parâmetros foram analisados como temperatura da água, potencial hidrogeniônico e condutividade elétrica Após coleta, adicionou-se ácido nítrico nas amostras mantidas em refrigeração, para posterior preparo e análise laboratorial para metais, através da técnica de Espectrometria de Emissão Atômica com Fonte de Plasma e Argônio Indutivo (ICP – AES) Os elementos químicos analisados foram Fe (,3 – 2,23 mg/L), Mg (,96 – 3,45 mg/L), K (1,6 – 4,1 mg/L), Na (1,6 – 3,6 mg/L), Si (3,71 – 18,95 mg/L), Ca (2,21 – 7,64 mg/L), Sr (,19 – ,38 mg/L), Mn (,1 – ,226 mg/L), Cu (,1 – ,13 mg/L), Al (,5 – ,174 mg/L), Ba (,27 – ,249 mg/L), P (,4 – ,61 mg/L), e Zn (,1 – ,25 mg/L) Fatores climáticos podem variar as concentrações dos elementos químicos, por isso as coletas foram realizadas em condições climáticas diferenciadas para possíveis comparações e alterações hidrogeoquimicas Sendo assim, ao avaliar os índices dos grupos de doenças nos municípios lindeiros do Alto Rio Paraná, há indícios de que eles podem estar relacionados a presença de elementos químicos oriundos de ações naturais e antropogenéticas Expondo a população local a riscos ambientais, pois Al, Cu, Fe, P e Mn encontram-se acima do valor máximo permitido (VMP) segundo CONAMA 357/25 nas ilhas investigadas Além desses, as ilhas a montante assinalam Zn, Cd e Pb acima do VMP Tais elementos estão ligados a doenças do aparelho circulatório, neoplasias, doenças do sistema nervoso e do aparelho digestivo, bem como evidenciam uma constância espacial e temporal no âmbito do Alto Rio Paraná
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Palavras-chave
Água, Análise, Hidrogeoquímica, Geografia médica, Saúde pública, Medical geography, Hydrogeochemistry, Mato Grosso do Sul, Paraná, Boundaries, Public health, Geography, Water, Analysis