Síndrome coronariana aguda : avaliação da qualidade no atendimento a pacientes admitidos em um hospital público terciário

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Maier, Gláucia de Souza Omori

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Resumo

Resumo: O primeiro passo para a melhoria de um serviço de saúde é avaliar a qualidade da assistência com base em indicadores de qualidade, tema deste estudo de abordagem quantitativa, com delineamento longitudinal, realizado em um hospital público terciário A população foi composta por 94 pacientes com Síndrome Coronariana Aguda (SCA), maiores de 18 anos, com diagnóstico confirmado em prontuário e consentimento em participar do estudo A coleta de dados ocorreu entre os meses de novembro de 212 e março de 213, por meio de entrevista, prontuários e sistema informatizado do hospital O objetivo foi avaliar a qualidade da assistência prestada aos pacientes com SCA admitidos em hospital público terciário Dos participantes, 52,1% eram do sexo masculino; 55,3% da cor branca; 55,3% casados; 59,5% não trabalham atualmente, e 74,4% possuem renda de até dois salários mínimos; 46,9% estudaram até a quarta série, 14,9%, nunca frequentaram a escola; 39,4% tiveram angina instável, 34,% apresentaram infarto agudo do miocárdio (IAM) com supradesnivelamento do segmento ST, e 26,6%, IAM sem supra de ST A estratificação de risco na admissão identificou que 8,9% dos pacientes tinham TIMI de a 4 pontos e 74,5%, GRACE até 14 pontos O desfecho óbito relacionou-se aos escores com maior pontuação, (p <,5) Os fatores de risco mais prevalentes foram sedentarismo (85,2%), hipertensão (72,3%), história familiar (53,2%), dislipidemia (52,1%) e estresse (5,%); os sintomas mais apresentados foram: dor no peito em repouso (63,8%), dispneia (3,7%) e sudorese (28,7%) Em 52,1% dos pacientes, a procura pelo serviço de saúde foi após 6 minutos do início dos sintomas associada à história de IAM ou cateterismo cardíaco prévios (p<,5) No período pré-hospitalar, obtiveram-se os indicadores: “tempo entre o início dos sintomas e a decisão de procurar ajuda” com média de 122 minutos ± 343,13; “primeiro atendimento médico até chegada ao hospital” (porta–porta) de 85 minutos ±181,78; “atendimento no hospital em estudo” de 27 minutos ±11,61, e “tempo de reperfusão” de 455 minutos ±364,8 No período intra-hospitalar, obteve-se o tempo porta–eletrocardiograma média de 68,3 minutos±14,3; o tempo porta–balão com 122 minutos ±54,5, o tempo de internamento 7,3 dias±5,2, sendo o tempo de permanência no pronto-socorro (PS) de 5,2 dias±4,6, superior no sexo feminino (p=,) Como característica do atendimento no PS, 92,6% atendidos fora da sala de emergência, 44,7% por internos do sexto ano de medicina, 41,5% monitorizados e 36,2% em oxigenioterapia Indicadores de qualidade intra-hospitalares analisados: avaliação da fração de ejeção (VE) (83,%), AAS em até 24 horas de admissão (77,8%), estatinas (78,7%) e IECA (62,8%) Tratados com ICP primária 21,3% dos pacientes, com estratégia invasiva 53,2% e conservadora 25,5% Submetidos a estratégia invasiva precoce em até 24 horas, 12,% dos pacientes, enquanto 5,% deles esperaram mais de 72 horas para o exame O aconselhamento antitabágico foi de 53,3%, e a taxa de reperfusão oportuna de 62,5% Os desfechos analisados foram alta (88,2%) e óbito (11,7%) Os indicadores tempo porta–balão, tempo de internamento e avaliação da fração de ejeção do VE foram os que mais se aproximaram das taxas recomendadas Entre os demais indicadores, o tempo entre o início dos sintomas e decisão de procurar ajuda, tempo porta–porta, tempo de reperfusão, admissão em UTI, tempo porta–ECG e o tempo para realização de estratégias invasivas precoces foram os indicadores que apresentaram resultados mais distantes das recomendações sobre o assunto

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Palavras-chave

Coronariopatias, Hospitais, Serviço de emergência, Indicadores de qualidade em assistência à saúde, Qualidade, Coronary heart disease, Quality, Emergency services in hospitals

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