O percurso da cidade em romances de Ignácio de Loyola Brandão

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Bortolotto, Ana Paula Sversuti Gongora

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Resumo

Resumo: Esta Dissertação tem como objetivo observar o percurso da cidade nos romances Bebel que a cidade comeu (1968), Zero (1975) e Não verás país nenhum (1981), de Ignácio de Loyola Brandão, tendo em vista a força que o espaço urbano exerce na obra do escritor A partir de conceitos como legibilidade da cidade, definido por Kevin Lynch (21), subjetividade das personagens e distopia, busco analisar a representação desse espaço e o modo como ele regula a postura dos indivíduos No decorrer das narrativas, é possível perceber que a cidade se torna cada vez menos legível para seus habitantes, o que resulta na anulação da subjetividade e no sentimento de estar perdido, uma vez que a necessidade de reconhecer o ambiente é essencial para o ser humano sentir-se seguro A falta de legibilidade se acentua nos romances analisados ao mesmo tempo em que a cidade faz um trajeto que a aproxima do caos, o que revela uma progressão distópica, na medida em que o espaço urbano passa a figurar como um lugar de distorção Desse modo, o espaço citadino configura uma distopia, onde não há liberdade, os indivíduos vivem sob um regime autoritário e há pouca ou nenhuma esperança de futuro Com isso, a cidade se distancia de um sentido positivo – o de lugar acolhedor e de oportunidades – e se transforma em um espaço ameaçador para os indivíduos que nela vivem

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Palavras-chave

Ficção brasileira, Espaço urbano, Vida urbana na literatura, Brazilian fiction, History and criticism, City and town life in literature

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