Tratamento e pós-tratamento de lixiviado de aterro sanitário por coagulação - floculação - sedimentação com diferentes coagulantes e auxiliares de floculação e avaliação ecotoxicológica

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Batista, Aline Domingues

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Resumo

Resumo: A forma mais comum de disposição final dos resíduos sólidos no Brasil é em aterros sanitários, com consequente geração de lixiviado que possui composição complexa, contendo altas concentrações de nitrogênio amoniacal, matéria orgânica e inorgânica, metais e compostos tóxicos Assim, este efluente requer tratamento adequado de forma a atender às legislações pertinentes e minimizar os impactos ao ambiente Este trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência da coagulação-floculação-sedimentação - CFS, utilizando diferentes coagulantes e auxiliares de floculação para tratamento e pós-tratamento de lixiviado de aterro sanitário, em relação à remoção de matéria orgânica recalcitrante e a avaliação ecotoxicológica para organismos aquáticos O tratamento por CFS do lixiviado de estudo LIX A (bruto) apresentou eficiências em ordem decrescente de remoção em relação à cor verdadeira e DQO, para os coagulantes a base de Fe (cloreto férrico e sulfato férrico), Al (hidróxi-cloreto de polialumínio e sulfato de alumínio) e Tanfloc SG No entanto, nenhum dos coagulantes e condições testadas no tratamento foi suficiente para produção de efluente com qualidade compatível às legislações pertinentes especialmente em relação à cor verdadeira e série nitrogenada o que comprovou a necessidade de tratamento específico complementar O tratamento biológico por lodos ativados (nitrificação/desnitrificação por via curta) precedido de stripping de amônia em bateladas sequenciais e instalação piloto apresentou elevada remoção da série nitrogenada (com 96,8% para NKT, 97,2% para N-amoniacal, 84,8% para nitrito e 7,6% para nitrato) e remoções consideráveis de matéria orgânica (com 5,1% para cor verdadeira, 31,2% para DQO e 55,6% para COD), porém insuficientes para atender as legislações pertinentes, indicando a necessidade de pós-tratamento complementar como os físico-químicos O pós-tratamento do lixiviado de estudo LIX B (tratado biológico) por CFS apresentou comportamento similar ao observado no tratamento do LIX A, em relação à remoção de matéria orgânica recalcitrante Para todas as condições testadas, parâmetros físico-químicos analisados e ensaios de ecotoxicidade realizados pode-se constatar que: a condição de maior eficiência do pós-tratamento por CFS do LIX B para remoção de matéria orgânica recalcitrante, redução volume do lodo e aumento da velocidade de sedimentação foi obtida para a combinação de cloreto férrico com o auxiliar de floculação PC1 com dosagens de 4 mg L-1 de Fe em pH 4, e 2 mg L-1 de polímero, tendo resultado em valores residuais de 116 uH de cor verdadeira, 21 mg L-1 de DQO, 43 mg L-1 de COD Para o mesmo volume de lodo formado sem adição de polímero (51,9% em relação ao volume inicial de lixiviado), a velocidade de sedimentação foi aumentada de aproximadamente 1 vezes (de ,117 para 1,4 cm min-1) com volume final de lodo após 6 min de 28,6% (redução do volume do lodo 45%) Por outro lado, a condição de maior eficiência do pós-tratamento por CFS do LIX B para remoção de toxicidade para todos os organismos-teste ocorreu para a combinação de sulfato de alumínio com o auxiliar de floculação PC2 com dosagens de 4 mg L-1 de Al em pH 5, e 2 mg L-1 de polímero, tendo resultado em CI5 72h de 39 (% v v-1) para Pseudokirchneriella subcapitata, CE5 48h de 16,6 (% v v-1) para Ceriodaphnia dubia e CL5 24h de 69,9 (% v v-1) para Artemia salina

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Palavras-chave

Lixiviação, Aterro sanitário, Ecotoxidade, Floculação, Leaching, Sanitary fills, Flocculation

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