Enterococcus faecium resistentes a vancomicina isolados no Hospital Universitário de Londrina-PR : perfil de sensibilidade aos antimicrobianos, virulência e genotipagem
Arquivos
Data
Autores
Gomes, Ludmila Vilela Pereira
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
Resumo: Enterococcus faecium resistente à vancomicina (VRE) é um importante agente de infecções associadas aos serviços de assistência à saúde humana E faecium pertencente a linhagem genética denominada CC17 [clonal complex 17] tem sido descrito mundialmente Este complexo é um exemplo de processo evolutivo cumulativo no qual a resistência adquirida à ampicilina é seguida pela aquisição de elementos adaptativos como genes de resistência e virulência, contribuindo para a permanência destas bactérias em humanos e em ambientes hospitalares Várias moléculas contribuem para a virulência de cepas adaptadas ao hospedeiro e dentre elas destacam-se efaA - antígeno a de Enterococcus faecalis associado a endocardite (gene efaA: enterococcus faecalis antigen a); acm - adesina que se liga ao colágeno (gene acm: adhesin of collagen from enterococcus faecium); gelatinase (gene gelE); citolisina (gene cyl); hialuronidase (gene hyl); proteína de superfície (gene esp); fator de agregação (gene asa1) Assim, o objetivo deste trabalho foi caracterizar Enterococcus faecium resistentes à vancomicina isolados no Hospital Universitário de Londrina (PR) quanto ao perfil de sensibilidade aos antimicrobianos, potencial de virulência e genótipo O perfil de sensibilidade antimicrobiana foi analisado pelo método de difusão em disco, e todos os isolados mostraram-se resistentes à vancomicina, teicoplanina, ampicilina, eritromicina e ciprofloxacina Apenas os genes efaA, esp, e gelE foram comumente encontrados em isolados de E faecium, e a prevalência foi a seguinte: efaA, 1%; esp 75% e gelE 41,7% A presença dos genes asa, acm, hyl e o genótipo de resistência a eritromicina (ermB) foi detectada por PCR O gene asa1 estava presente em quatro (4%) isolados, enquanto que os genes acm e hyl não foram detectados nos isolados A atividade de hialuronidase em meio BHI contendo hialuronato de sódio não foi observada para nenhum isolado Alta diversidade genética foi observada entre os isolados pela metodologia de REP-PCR, no qual os isolados foram divididos em 7 grupos Através da genotipagem por meio da metodologia MLST foi possível agrupar os isolados em 6 STs (“sequence types”) distintos (ST-23, ST-412, ST-596, ST-658, ST-73, ST-742) O ST-412 foi o mais frequente entre os isolados VREs analisados neste estudo, que pertence ao Complexo Clonal 17 (CC17) A presença desse complexo clonal corrobora a importância de medidas para identificação e controle desse microrganismo em serviços relacionados à assistência à saúde O complexo clonal CC17 foi detectado no Hospital Universitário de Londrina, assim como em outros hospitais do Brasil É importante ressaltar que os sistemas de controle de infecções relacionadas aos serviços de saúde devem ser capazes de identificar esse micro-organismo para que medidas adequadas de controle sejam implantadas
Descrição
Palavras-chave
Enterococcus, Bactérias gram-positivas, Genética bacteriana, Virulência (Microbiologia), Drogas, Gram-positive bacteria, Bacterial genetics, Virulence (Microbiology), Drug resistance in micro-organisms