Neoliberalismo, crime organizado e milícia nos morros cariocas nos anos 1990 e 2000

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Piccelli, Aline Maria

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Resumo

Resumo: No decorrer deste trabalho, analisamos o crime organizado carioca sob as políticas neoliberais nos anos 199 e 2 Como pano de fundo temos as milícias que, no seu surgimento, não eram consideradas como integrantes do crime organizado, muito pelo contrário, as milícias tiveram sua aceitação tanto pela população em geral quanto pelos governantes, ao menos em princípio Para que consigamos demonstrar que a atuação miliciana faz parte da criminalidade, analisamos também as características econômicas e sociais do crime organizado em geral, a partir das quais esclarecemos que, no fundo, se trata da produção e da circulação de mercadorias praticamente nos mesmos moldes das consideradas lícitas Desse modo, procuramos compreender a inserção do crime organizado dentro do capitalismo brasileiro, ao mesmo tempo em que voltamos nossas atenções para a atuação dos governos federal e estadual no que diz respeito às questões sociais, ao problema da segurança pública e ao combate à criminalidade Não desconsideramos, ainda, o impacto social da atuação das milícias para a população dos morros quanto para as estruturas institucionais Com o intuito de contextualizar o cenário brasileiro, iniciamos nosso trabalho a partir da implantação da politica neoliberal na Inglaterra e Estados Unidos e posterior disseminação para a América Latina, suas políticas e consequências, principalmente as sociais A partir dos anos 199 – e estendendo-se aos anos 2 –, pretende-se discutir as principais mudanças políticas, sociais e econômicas advindas das eleições de Fernando Collor de Mello (199-1992) e Fernando Henrique Cardoso (1995-23), ao mesmo tempo em que se procurará detectar alguns elementos que propiciaram o aumento da criminalidade, a expansão do crime organizado, abordando o tráfico de drogas, tráfico de armas e a atuação das milícias, como contribuem na composição do crime organizado nacional, e a consequente “lavagem de dinheiro” no país oriunda das operações ligadas ao tráfico de drogas e armas E por fim, não deixamos de lado a reação do Estado à criminalidade atual, a intervenção nos morros cariocas e a instalação das chamadas UPPs, Unidades de Polícia Pacificadora

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Palavras-chave

Neoliberalismo, Crime organizado, Rio de Janeiro (Estado), Milícia, Comunidade, Militia, Community, Social sciences

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