Avaliação de fatores de virulência em morfotipos de Candida tropicalis

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Moralez, Alane Tatiana Pereira

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Resumo

Resumo: Candida tropicalis tem surgido como uma das principais espécies de Candida não-albicans Switching fenotípico tem sido considerado como um possível fator de virulência em Candida spp, além de promover a expressão diferencial de outros fatores de virulência em algumas espécies O objetivo do presente estudo foi obter e caracterizar variantes morfológicos de colônia (morfotipos) estáveis resultantes do evento de switching fenotípico obtidos a partir de 5 isolados clínicos de C tropicalis e realizar uma análise comparativa entre morfotipos variantes e seus respectivos morfotipos parentais quanto à expressão dos seguintes fatores de virulência: atividades hemolítica e proteolítica; capacidade de produzir biofilme; produção de formas filamentosas; potencial de invasão; perfil de formas celulares no processo de invasão do ágar, pela técnica de fratura e avaliação ultraestrutural e perfil de suscetibilidade fúngica Morfotipos estáveis foram caracterizados e identificados como liso, flor e rugoso (isolado 497); liso, cratera e centro irregular (isolado 3357); felpudo e miceliado (isolado 461); liso, crepe e flocado (isolado 11) e semi-liso e difuso (isolado 2361) Diferenças significativas (p<,5) foram encontradas quanto à produção de fator hemolítico entre os morfotipos dos isolados 497, 3357 e 11 Nenhum dos isolados apresentou diferenças quanto à atividade proteolítica em seus morfotipos Dados da produção de biofilme revelaram diferenças significativas entre morfotipos liso e flor e liso e rugoso (isolado 497) e entre os morfotipos liso e crepe (isolado 11) Morfotipos variantes apresentaram maiores porcentagens de formas filamentosas em relação aos respectivos morfotipos parentais A técnica de footprint revelou que morfotipos de colônias mais estruturadas foram mais invasivos A microscopia eletrônica de varredura revelou que morfotipos variantes apresentaram maior densidade de células filamentosas no momento da invasão comparados a seus respectivos morfotipos parentais em cada isolado Segundo o Etest®, não houve alteração no perfil de suscetibilidade entre morfotipos parentais e variantes para os antifúngicos anfotericina B, fluconazol e cetoconazol Quanto ao itraconazol, o morfotipo variante flor apresentou resistência enquanto o seu respectivo parental apresentou suscetibilidade (isolado 497) Já o morfotipo variante flocado foi sensível e seu respectivo parental foi resistente Os dados sugerem que switching fenotípico em C tropicalis pode promover a expressão diferencial de alguns fatores de virulência, podendo também afetar a suscetibilidade antifúngica nesta espécie

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Palavras-chave

Fungos patogênicos, Virulência (Microbiologia), Micoses fungóides, Candida, Virulence (Microbiology), Fungoid mycosis

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