O campo semântico da alimentação e cozinha no atlas linguístico do Brasil - ALIB : um estudo lexical nas capitais

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Yida, Vanessa

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Resumo

Resumo: Este trabalho tem por objetivo a descrição linguística da realidade do português no Brasil, com base em corpus elaborado sobre o campo semântico da Alimentação e Cozinha, a partir dos dados das vinte e cinco capitais do projeto Atlas Linguístico do Brasil-ALiB, identificando as possíveis diferenças diatópicas, diagenéricas e diageracionais, como forma de fotografar e registrar aspectos da influência da cultura e da vivência do falante na composição e diversificação do léxico Para tanto, buscamos, nos pressupostos teóricos da Sociolinguística, da Geolinguística e da Etnolinguística, a relação entre cultura, sociedade e fala, por meio de: i) análise dos dados coletados mediante entrevistas para verificar a frequência e a distribuição das variantes no campo pesquisado; ii) elaboração de quadros para comparação da produtividade das diversas variantes e sua distribuição nas 25 capitais brasileiras; (iii) registro das variantes em 12 cartas pluridimensionais, levando em conta a idade, o sexo e a escolaridade dos informantes, para verificar as diferenças diastráticas; iv) elaboração de 11 cartas fenotípicas, a partir da análise das cartas pluridimensionais a fim de compará-las aos estudos de Nascentes (1953) sobre a divisão dialetal brasileira; (v) verificação das variantes lexicais nos dicionários de Morais Silva (1945), Houaiss (21) e Ferreira (24), dentre outros, buscando compará-las quanto à acepção e à etimologia; (vi) análise semântico-lexical das formas mais frequentes, com a finalidade de apurar possíveis influências diatópicas e/ou sociais A pesquisa revelou que: i) 41% das 2 variantes encontradas não estão dicionarizadas, indicando a necessidade de uma atualização dos dicionários tendo como fonte de dados pesquisas geolinguísticas; ii) as não-respostas a algumas questões (177, 179, 18) constitui fator indicativo da cultura regional, bem como da nacional; iii) os empréstimos linguísticos configuram-se como indicativos da etnicidade e da cultura, presentes nas capitais; iv) o informante cria e recria expressões para denominar referentes que não fazem parte de seu universo cognitivo; v) as capitais Salvador, Vitória e Porto Alegre possuem uma identidade linguística diversa à das outras capitais analisadas; vi) a proposta de Nascentes (1953) acerca da divisão dialetal brasileira apresenta-se, em alguns aspectos, condizente com a pesquisa empreendida, embora haja a dificuldade em delimitar limites precisos das áreas dialetais

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Palavras-chave

Língua portuguesa, Variação, Brasil, Geografia linguística, Antropolinguística, Brazil, Anthropological linguistics, Variation, Portuguese language

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