Obtenção de derivados do bio-óleo de serragem de eucalipto para avaliação como aditivo oxigenado em mistura com a gasolina

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Quessada, Talita Pedroso

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Resumo

Resumo: A produção de energia no século 2 foi dominada por combustíveis fósseis que representam ainda no início do século 21, cerca de 8% de toda a energia produzida no mundo No entanto, esses combustíveis não apresentam caráter renovável, como o uso de processos para produção de combustíveis líquidos alternativos a partir de biomassa lignocelulósica O bio-óleo é uma mistura complexa de substâncias aromáticas, mono e polinucleares, de natureza fenólica e ácida, podendo ser fonte de fenol petroquímico, bem como um aditivo para combustíveis fósseis ou substitutivos do óleo combustível Este trabalho tem como objetivo agregar valor ao bio-óleo obtido por pirólise rápida (Processo Bioware) a partir de resíduos agroindustriais (serragem da madeira de eucalipto), avaliando as possibilidades técnicas do uso de seus derivados como aditivo oxigenado para gasolina O bio-óleo obtido pelo processo Bioware foi dissolvido em álcool etílico, filtrado e submetido a esterificação de Fischer O produto foi destilado e denominado Bioflex 2 Foram preparadas misturas contendo gasolina A, bioflex 2 e álcool etílico anidro combustível (AEAC) em diferentes proporções O Bioflex 2 foi adicionado a gasolina A nas proporções de 1, 2, 5, 1, 15 e 2 % (v/v) em mistura com o álcool etílico anidro combustível (AEAC) na proporção de 24, 23, 2, 15, 1 e 5%, respectivamente De acordo com os resultados dos ensaios físico-químicos estabelecidos pela ANP, o Bioflex 2 apresentou características semelhantes ao álcool etílico hidratado combustível (AEHC) Não foram detectadas alterações no teor alcoólico das amostras de gasolina contendo AEAC e Bioflex 2 As curvas de destilação assim como os parâmetros da destilação das amostras de gasolina contendo Bioflex 2 e AEAC, apresentaram valores dentro dos limites especificados pela ANP Quanto a corrosividade ao cobre, apenas a amostra de gasolina contendo 2% de Bioflex 2 e 5% de AEAC não atendem a especificação para a gasolina comercial A octanagem da gasolina com 15 e 2% de Bioflex 2 em mistura com 1 e 5% de AEAC apresentaram valores MON abaixo do requerido para comercialização da gasolina, porém, as demais misturas se enquadram na legislação brasileira A adição do Bioflex 2 na gasolina não aumenta a geração de resíduos da combustão

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Palavras-chave

Química orgânica, Biocombustíveis, Resíduos como combustível, Biomassa, Abastecimento de combustível, Organic chemistry, Biomass energy, Waste as fuel, Biomass, Additives, Gasoline supply

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