Pode ter brotado, pode ter vindo andando e se espalhou : configurações socioculturais, práticas e representações do câncer

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Redon, Silvano Aparecido

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Resumo

Resumo: O presente estudo tem como objeto de análise as práticas e as representações sobre o câncer elaboradas por doentes em tratamento ambulatorial de quimioterapia e radioterapia do Hospital do Câncer de Londrina A partir do referencial teórico da Antropologia da Saúde, voltado à interpretação dos significados e das configurações de sentido como chave analítica para o conhecimento dos fenômenos sociais, objetiva-se mostrar a importância de se analisar as mediações simbólicas em torno do câncer, pois elas apontam para as condições nas quais os doentes vivem tal enfermidade A pesquisa focalizou a maneira como eles reelaboram o episódio da doença, representam a possibilidade da morte acionada pelo diagnóstico médico e percebem as transformações corporais pelas quais passam Os relatos, apresentados ao longo do texto, foram obtidos através da etnografia realizada no hospital e nas casas de apoio aos doentes Através do levantamento bibliográfico e da interpretação do material de campo, a pesquisa sugere que a doença não se esgota nos determinismos biomédicos, uma vez que ela se insere no contexto mais amplo daqueles que sofrem da enfermidade, e aciona configurações diversas próprias dos universos socioculturais que elaboram trajetórias ao longo do processo do adoecimento

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Palavras-chave

Antropologia médica, Câncer, Representações sociais, Etnologia, Medical anthropology, Cancer, Poverty, Ethnography

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