Adesão ao tratamento anti-hipertensivo e fatores associados na área de abrangência de uma unidade de saúde da família, Londrina, PR
Arquivos
Data
Autores
Girotto, Edmarlon
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
Resumo: A hipertensão arterial é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares Para o seu controle são necessárias medidas farmacológicas e não-farmacológicas, como alimentação e atividade física Contudo, a adesão ao tratamento é o grande desafio dos profissionais e serviços de saúde, especialmente na atenção básica Nesse sentido, este estudo teve por objetivo determinar a adesão ao tratamento anti-hipertensivo e identificar fatores associados a esta condição A população de estudo foi composta por hipertensos de 2 a 79 anos, cadastrados na Unidade de Saúde da Família Vila Ricardo, no município de Londrina, Paraná A coleta de dados ocorreu de janeiro a junho de 27, com amostra sistemática e aleatória de hipertensos Foram colhidas informações auto-referidas, além das medidas de pressão arterial e das circunferências abdominal e do quadril Foram entrevistados 385 hipertensos, sendo 62,6% mulheres e 37,4% homens, com idade média de 58,9 anos Cerca de 5,% dos entrevistados tinham no máximo 3ª série do ensino fundamental completa, 46,% pertenciam à classificação econômica D ou E e 57,4% referiram não possuir trabalho remunerado Entre os entrevistados, 84,2% relataram utilizar medicamentos para controle da hipertensão, 8,3% abandonaram o tratamento e 7,5% alegaram que não houve prescrição de medicamentos A adesão ao tratamento farmacológico foi encontrada em 59,% dos hipertensos O esquecimento (32,2%), a normalização da pressão arterial (21,2%) e os efeitos adversos (13,7%) foram os principais motivos alegados para a não-adesão Com relação ao tratamento não-farmacológico, 17,7% e 69,1% dos hipertensos referiram ser aderentes à atividade física regular e a mudanças na alimentação, respectivamente A adesão à atividade física regular associou-se ao sexo masculino, à maior escolaridade, à presença de diabetes, à ausência de colesterol elevado, à relação cintura-quadril e circunferência abdominal normais, ao índice de massa corporal < 25 kg/m2, ao mínimo de uma consulta ao ano e a uma medida da pressão arterial ao mês A adesão a modificações na alimentação esteve associada ao sexo feminino, à menor escolaridade, ao acesso a plano de saúde, ao não-tabagismo ou ex-tabagismo, ao não-consumo ou consumo irregular de bebidas alcoólicas, ao não-abandono do tratamento medicamentoso, ao mínimo de uma consulta ao ano e a uma medida da pressão arterial ao mês Na análise multivariada, os fatores independentemente associados à adesão ao tratamento farmacológico foram: a faixa etária de 5 a 79 anos (Razão de Chances [OR]=4,673), o não-consumo ou consumo irregular de bebidas alcoólicas (OR=4,68), a realização de consultas médicas em intervalos máximos de um ano (OR=1,98) e a ausência de trabalho remunerado (OR=1,792) Os resultados indicam uma baixa adesão ao tratamento anti-hipertensivo, especialmente à atividade física regular, e sugerem a implantação de estratégias que visem estimular a adesão às medidas de controle da hipertensão arterial
Descrição
Palavras-chave
Saúde pública, Periódicos, Hipertensão, Sistema cardiovascular, Doenças, Public health, Hypertension