Percepção de bem-estar, qualidade de vida e esperança para cuidadores familiares de pessoas com esquizofrenia
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Francisquini, Patricia Dias
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Resumo
Resumo: INTRODUÇÃO: No Brasil, a partir de 198, passou-se a adotar um tratamento psiquiátrico extra-hospitalar, tornando o familiar o principal fornecedor de cuidados a esses indivíduos mentalmente enfermos, favorecendo a humanização e a reabilitação psicossocial Tendo em vista a falta de preparo e as dificuldades encontradas por esses familiares em prestar o cuidado diário às pessoas com esquizofrenia, observou--se um aumento nos sentimentos de sobrecarga e estresse, gerando uma preocupação em relação à qualidade de vida, bem-estar e esperança desses cuidadores familiares OBJETIVOS: Mensurar e avaliar a relação entre bem-estar, qualidade de vida e esperança dos cuidadores familiares de pessoas com esquizofrenia MATERIAL E MÉTODO: Estudo descritivo transversal, realizado com 117 familiares de pessoas esquizofrênicas atendidas no Centro de Atenção Psicossocial III em uma cidade de grande porte do norte do Paraná Os dados foram coletados entre dezembro de 217 e junho de 218, por meio da aplicação dos instrumentos World Health Organization 5-Item Well-Being (WHO-5), World Health Organization Quality of Life Abreviado (WHOQOL-Bref) e Escala de Esperança Disposicional Os dados foram submetidos a análise exploratória descritiva, comparação entre medianas, teste de tendência e análise de correlação, utilizando o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 25 A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa, pelo parecer de número: 27724/ CAAE: 568756165231 RESULTADOS: Os pais foram identificados como os principais cuidadores (53,8%), sendo 74,4% representados pelo sexo feminino; 73,5% eram casados e com a média de idade de 56,7 anos; 35% dos cuidadores apresentavam entre 4 e 7 anos de estudo, com renda familiar entre 1 e 2 salários mínimos (53,8%); 97,4% dos cuidadores mantinham contato diário com o familiar esquizofrênico, e a média de tempo atuando como cuidador foi 13,4 anos Em relação à pontuação obtida no WHO-5, 94,9% apresentaram abaixo de 2 pontos Na escala WHOQOL-Bref, observou-se que o domínio psicológico e o domínio de relações sociais foram os que obtiveram menor escore, m=3,2 e m=2,8, respectivamente No instrumento Escala de Esperança Disposicional, 77,8% da amostra apresentou pontuação abaixo de 32 pontos Foi encontrado significância estatística (p<,5) quando comparada a escolaridade e a faixa etária com a Esperança Disposicional, e observou-se significância estatística (p<,1 e p<,5) quando comparadas as escalas utilizadas CONCLUSÃO: O estudo trouxe avanços significativos para o conhecimento sobre os construtos subjetivos em torno do cuidador familiar de pessoas com esquizofrenia e suas principais apreensões em relação a qualidade de vida, bem-estar e esperança, bem como o subsídio para a reformulação dos serviços e políticas de saúde mental
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Palavras-chave
Esquizofrenia, Qualidade de vida, Cuidadores, Enfermagem, Schizophrenia, Quality of life, Care givers, Nursing