02 - Mestrado - Ciências Fisiológicas

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    Avaliação de parâmetros hormonais e da esteroidogênese em ratos peripúberesexpostos maternalmente à fluoxetina
    Barbosa, Matheus Azevedo; Moreira, Estefânia Gastaldello [Orientador]; Uchôa, Ernane Torres; Filgueiras, Guilherme Bracarense
    Resumo: Antidepressivos são usados amplamente ao redor do mundo, principalmente para o tratamento de desordens do humor, transtornos de ansiedade e síndrome álgica Mulheres que fazem uso destes fármacos, costumam continuar a sua utilização durante a gravidez A classe de antidepressivos mais prescrita a grávidas é a dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina, que inclui a fluoxetina Sabe-se que a fluoxetina pode atravessar a barreira hematoplacentária e ser excretada no leite materno Consequentemente, ocorre a exposição indireta do infante por meio dessas vias Sabendo que a fluoxetina altera o balanço de neurotransmissores no sistema nervoso central, vários estudos experimentais mostram que a exposição maternal a essa droga induz efeitos adversos no sistema nervoso, reprodutor e cardíaco O presente estudo teve como objetivo avaliar, em filhotes machos e fêmeas pré-púberes e/ou púberes, o efeito da exposição à fluoxetina durante a gestação e amamentação em parâmetros relacionados aos hormônios esteroidais: data da instauração da puberdade, concentração plasmática de testosterona, estrógeno, progesterona e corticosterona, expressão da proteína StAR (proteína regulatória aguda da esteroidogênese) e da enzima 3ß-HSD (3ß-hidroxiesteroide desidrogenase) em ovário, testículo e adrenal O único parâmetro que diferiu de maneira estatisticamente significativa entre os grupos foi a concentração plasmática de progesterona, a qual se mostrou aumentada nas ratas expostas maternalmente à fluoxetina (t15=-3,34, p=,4) Frente aos resultados obtidos, a exposição maternal à fluoxetina parece não impactar de maneira generalizada a esteroidogênese, tendo impacto somente a síntese/liberação da progesterona Acredita-se que esse efeito se deve à inervação serotoninérgica no hipotálamo, pituitária e ovários, responsáveis pela regulação e síntese do hormônio Estudos futuros são necessários para investigar o mecanismo envolvido no aumento da concentração plasmática de progesterona em ratas pré-púberes expostas à FLX
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    Efeitos da exposição materna à Metformina nos aspectos reprodutivos da prolemasculina de ratas
    Ferreira, Simone Forcato; Gerardin, Daniela Cristina Ceccatto [Orientador]; Ceravolo, Graziela Scalianti; Kiss, Ana Carolina Inhasz
    Resumo: Metformina (MET) é prescrita no manejo terapêutico do diabetes mellitus tipo 2 e diabetes gestacional Embora a MET atravesse a placenta sendo detectada no cordão umbilical em concentrações terapêuticas iguais à materna, seu uso tem sido considerado seguro durante a gestação No entanto, foi demonstrado que a exposição materna à MET aumenta as concentrações de globulinas ligadoras de hormônios sexuais em neonatos, o que influencia os efeitos biológicos dos andrógenos e estrógenos, resultando em fatores de risco para baixa contagem espermática e desenvolvimento de câncer testicular na idade adulta Mediante a isso, esse estudo investigou se exposição materna à MET interfere nos parâmetros reprodutivos da prole masculina Ratas Wistar foram tratadas com MET 293mg/kg/dia, por gavagem, do dia gestacional (DG) ao DG 21 (METG) ou do DG ao dia lactacional (DL) 21 (METGL) Os grupos controles receberam água por gavagem pelo mesmo período (CTRG e CTRGL) O comportamento sexual da prole masculina foi afetado em ambos os grupos No grupo METGL foi observado um aumento no comprimento total dos túbulos seminíferos nos animais com 21 dias e uma diminuição na contagem espermática nos testículos dos animais adultos Esses resultados sugerem que a exposição à MET durante o início do desenvolvimento induziu alterações em alguns parâmetros reprodutivos da prole masculina na infância e na vida adulta, sendo mais frequente no grupo que foi exposto durante a gestação e lactação No entanto, mais estudos são necessários para investigar os mecanismos relacionados a essas alterações
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    Envolvimento das vias glutamatérgicas no núcleo paraventricular do hipotálamo (PVN) nas respostas cardiovasculares e autonômicas à endotoxemia por LPS em ratos acordados
    Peras, Vivian Rossi; Pinge, Marli Cardoso Martins [Orientador]; Gomes, Gislaine Garcia Pelosi; Fazan Junior, Rubens
    Resumo: Durante a endotoxemia ou sepse tem-se uma grande liberação de vasopressina e óxido nítrico e que provavelmente envolvendo o núcleo paraventricular do hipotálamo (PVN) Um trabalho da literatura demonstrou que no PVN os receptores NMDA estão envolvidos com a atividade simpática ao passo que o subtipo não- NMDA parece ativar uma via vasopressinérgica Nosso objetivo foi avaliar a participação dos receptores NMDA e não-NMDA do PVN nas respostas cardiovasculares e na concentração plasmática de vasopressina à administração endovenosa de LPS em ratos acordados Foram utilizados ratos Wistar entre 28-32g que através de estereotaxia foi realizado o implante crônico bilateral de cânulas direcionadas ao PVN Após 3 dias de recuperação esses animais foram submetidos a canulação de artéria e veia femoral para posterior registroda pressão arterial média Após 3 minutos de registro basal foi realizada a microinjeção bilateral de Ly 235959, Salina ,9%, ou NBQX e após 5 minutos seguiu-se a administração endovenosa de LPS (5mg/kg/ml) e registro por 2 horas No final dos experimentos foi coletado sangue e em seguida os animais foram eutanasiados com uma sobre dose de anestésico e marcação dos sítios de microinjeção com Azul de Evans 2% Na microinjeção bilateral de salina e Ly, após LPS foi observada hipotensão e taquicardia respectivamente (DPAM=-19±7,DFC=15±17),(?PAM=13,±6,8mmHg, DFC =7±18bpm) Nos animais tratados com NBQX, após o LPS observou-se hipertensão e taquicardia (?PAM= 14,6±7mmHg;DFC=76,4±19bpm) O aumento da concentração plasmática de vasopressina foi observado nos grupos salina (39,9pg ±9,4pg/ml) e NBQX (12,5±2 pg/ml) O LPS reduziu o ganho barorreflexo dos controle e dos animais tratados com LYNossos dados sugerem que os efeitos hipotensores provocados pela endotoxemia são em parte devido à ativação dos receptores não-NMDA no PVN e, a liberação de vasopressina estimulada por LPS se deve em parte por ativação do receptor NMDA no PVN
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    Efeitos do tratamento repetido com Metilfenidato sobre parâmetros reprodutivos em ratos machos e fêmeas
    Montagnini, Bruno Garcia; Gerardin, Daniela Cristina Ceccatto [Orientador]; Moreira, Estefânia Gastaldello; Dalsenter, Paulo Roberto
    Resumo: O Metilfenidato (MFD) é um estimulante do sistema nervoso central que atua pelo bloqueio da recaptação de dopamina e noradrenalina, sendo o principal fármaco utilizado no tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade em crianças e adolescentes Durante a puberdade, mudanças nos sistemas de neurotransmissores (incluindo o sistema dopaminérgico) influenciam a liberação de hormônios gonadais e no desenvolvimento de estruturas encefálicas que serão responsáveis pela função reprodutiva O objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos do tratamento repetido com MFD durante o desenvolvimento sobre parâmetros reprodutivos em ratos machos e fêmeas adultos Ratos Wistar receberam MFD, via gavage, nas doses de 2,5 mg/kg/dia e 5, mg/kg/dia, a partir do dia pós-natal (DPN) 21 ao DPN 6, além do grupo controle que recebeu água destilada nos mesmos períodos Ao longo do tratamento, foram observados nos animais: peso corporal, distância anogenital e instalação da puberdade Após o tratamento foi observado nas fêmeas: ciclo estral, concentração plasmática de estradiol, peso dos órgãos reprodutivos, comportamento sexual, comportamento materno e teste de fertilidade; enquanto que nos machos adultos, foram observados: concentração plasmática de testosterona, peso dos órgãos reprodutivos, motilidade, viabilidade e morfologia espermática, histomorfometria testicular, comportamento copulatório e de preferencia sexual O tratamento com MFD não afetou nenhum dos parâmetros analisados nas fêmeas No entanto, nos machos adultos (DPN 1), ocorreu um aumento no porcentual de espermatozoides com anormalidades de cauda e no volume do tecido intersticial no testículo, além de mudanças na população de células germinativas Este trabalho demonstrou que a administração repetida de MFD, durante períodos correspondentes a infância até início da vida adulta, interferiu na espermatogênese em ratos
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    Efeitos do glifosato e Roundup® em alguns parâmetros metabólicos e na ingestão alimentar de ratos
    Zilli, Renato Marcilio; Zaia, Cássia Thais Bussamra Vieira [Orientador]; Martinez, Cláudia Bueno dos Reis; Nunes, Maria Tereza
    Resumo: O glifosato é o ingrediente ativo do Roundup®, um herbicida usado mundialmente na agricultura no combate às plantas daninhas anuais e perenes Por mecanismo exclusivo em plantas, o herbicida inibe seu crescimento por interferência na produção de aminoácidos aromáticos essenciais Há vários estudos, em diferentes espécies de seres vivos, sobre os efeitos tóxicos de glifosato e Roundup®, mas poucos estudos indicando efeitos no metabolismo periférico O presente trabalho avaliou as alterações resultantes da ação do glifosato e da formulação comercial Roundup® sobre o metabolismo periférico e a ingestão alimentar de ratos machos ou fêmeas Os ratos foram tratados por gavagem diariamente com água de torneira (grupo controle) ou 15, 3 e 6 mg/kg de glifosato ou Roundup® por 15 dias O peso corpóreo e ingestão alimentar foram mensurados diariamente, mas não foram encontradas diferenças entre os grupos experimentais e controle Nas fêmeas foram efetuados esfregaços vaginais a cada 5 dias com início no primeiro e término no último dia do protocolo experimental, onde o ciclo estral não foi alterado pelo tratamento com glifosato ou Roundup® Valores plasmáticos de glicose, ácidos graxos livres, proteína total e parâmetros hematológicos não se alteraram quando grupos glifosato e Roundup® foram comparados aos grupos controles Alterações normais de corticosterona plasmática foram encontradas sendo compatível com as fases do ciclo estral A observação mais importante desse trabalho é que houve um aumento significativo (p < ,5) na concentração plasmática de colesterol total em todas as fêmeas tratadas com Roundup® No entanto, apenas uma tendência de alteração nas concentrações plasmáticas de colesterol total foi observada no grupo de fêmeas tratadas com doses elevadas de glifosato Estes resultados podem ser devido à hepatotoxicidade resultante da associação do surfactante e glifosato no produto formulado Alterações presentes apenas nas fêmeas podem ser pela maior susceptibilidade de fêmeas em comparação com ratos machos na exposição ao herbicida
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    Efeito do celecoxibe e do ibuprofeno no desenvolvimento tumoral e em várias alterações metabólicas induzidas pelo tumor Walker-256 em ratos
    Souza, Camila Oliveira de; Souza, Helenir Medri de [Orientador]; Silva, Francemilson Goulart da; Curi, Rui
    Resumo: Alguns anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) reduzem o crescimento tumoral e algumas alterações metabólicas da caquexia do câncer O efeito antitumoral dos AINES são atribuídos a inibição da ciclooxigenase 2 (COX2) e prostaglandina E2 (PGE2) ou a mecanismos independentes da inibição desta via Já os efeitos benéficos dos AINES nas alterações metabólicas da caquexia do câncer parecem ser decorrentes da redução do crescimento tumoral e/ou da síntese de prostaglandinas O propósito deste trabalho foi investigar o efeito dos AINES, celecoxibe (inibidor seletivo da COX2) ou ibuprofeno (inibidor da COX1 e COX2), no desenvolvimento tumoral e em várias alterações metabólicas induzidas pelo tumor Walker-256 em ratos O celecoxibe (25 mg/Kg) ou ibuprofeno (25 mg/Kg) foi administrado por via oral, uma vez ao dia, iniciando no mesmo dia em que as células tumorais Walker-256 foram inoculadas nos ratos Após 12 dias de tratamento, o crescimento tumoral, a área de necrose do tumor, os sinais de apoptose das células Walker-256, a ingestão alimentar, massa corporal, massa do tecido adiposo retroperitoneal, massa do músculo gastrocnêmio e extensor digital longo, as concentrações plasmáticas de triacilglicerol, lactato, ureia e glicose, a resposta periférica a insulina, a glicólise e neoglicogênese hepática, o infiltrado leucocitário no fígado e a concentração hepática de adenosina trifosfato (ATP) foram investigados A resposta periférica à insulina foi avaliada pelo teste de tolerância a insulina, a glicólise e neoglicogênese em perfusão de fígado in situ O tratamento com celecoxibe reduziu o crescimento do tumor Walker 256, aumentou a área de necrose do tumor e os sinais de apoptose das células Walker-256 O tratamento com celecoxibe também reduziu a perda de massa corporal, tecido adiposo retroperitoneal, músculo gastrocnêmio e extensor digital longo, os níveis plasmáticos elevados de triacilglicerol, ureia e lactato, a inibição da resposta periférica a insulina e da glicólise hepática e o aumento do infiltrado leucocitário no fígado de ratos portadores de tumor, mas não teve efeito na redução da ingestão alimentar e glicemia induzida pelo tumor Walker-256 Em contraste, o tratamento com ibuprofeno não reduziu o crescimento tumoral e nem melhorou nenhum destes parâmetros afetados pelo tumor Walker-256 Além disso, tanto o celecoxibe como o ibuprofeno reverteram a inibição da neoglicogênese a partir da alanina, piruvato e lactato e aumentaram a concentração de ATP no fígado de ratos portadores de tumor Walker-256 Pode ser concluído que o celecoxibe, mas não o ibuprofeno, reduziu o crescimento tumoral e melhorou vários parâmetros metabólicos afetados pelo tumor Walker-256, sugerindo que o efeito antitumoral do celecoxibe foi mediado por mecanismos independentes da inibição de COX2 e PGE2, e seu efeito nas alterações metabólicas ocorreram por redução do crescimento tumoral e não por inibição da síntese de PGE2 Além disso, o celecoxibe e ibuprofeno reverteram a inibição da neoglicogênese hepática, independente de seus efeitos no crescimento tumoral, demonstrando o papel central das prostaglandinas na inibição da neoglicogênese em ratos portadores de tumor Walker-256
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    Avaliação temporal da microinfusão do peptídeo intestinal vasoativo no núcleo paraventricular do hipotálamo de ratos sobre parâmetros metabólicos e hormonais
    Batista, Ana Carolina Seidel; Zaia, Cássia Thais Bussamra Vieira [Orientador]; Souza, Helenir Medri de; Lima, Fábio Bessa
    Resumo: O núcleo paraventricular do hipotálamo (PVN) desempenha papel de integração dos sinais nutricionais atuando sobre o metabolismo periférico O peptídeo intestinal vasoativo (VIP) está presente nesse núcleo e participa das vias metabólicas ativando respostas simpáticas O presente trabalho avaliou, em diferentes tempos, as alterações resultantes da ação do VIP microinfundido no PVN de ratos acordados, em jejum de 24 horas, sobre a concentração plasmática de glicose, colesterol, ácidos graxos livres, corticosterona, leptina e insulina Os animais foram submetidos à implantação estereotáxica de cânula-guia no PVN por onde receberam microinfusão (5 ?l/1 min) de VIP (4 ng/g de peso corpóreo) ou salina (,9%), no período matutino, entre 8 e 12h Após 1, 3 ou 9 minutos da microinfusão de VIP ou salina foram eutanasiados Os grupos experimentais compreendem: animais que receberam VIP (grupos VIP1, VIP3 e VIP9), ou salina (grupos SAL1, SAL3, SAL9), organizados de acordo com o tempo transcorrido desde o término das microinfusões até o momento da decapitação Na comparação com os controles salina, nota-se aumento significativo (p<,5) na concentração plasmática de glicose (VIP1: 149,72 ± 4,49 mg/dL, n=11; SAL1: 17,79 ± 2,38 mg/dL, n=12), AGL (VIP1: 11,48 ± 7,67 µmoles/dL, n=11; SAL1: 82,96 ± 4,49 µmoles/dL, n=11) e corticosterona (VIP1: 12,78 ± ,62 µg/dL, n=9; SAL1: 8,42 ± ,83 µg/dL, n=12) após 1 minutos da microinfusão de VIP; constatou-se retorno aos valores basais após 3 minutos para glicose (VIP3: 1,23 ± 2,31 mg/dL, n=8; SAL3: 95,9 ± 3,12 mg/dL, n= 7), AGL (VIP3: 78,29 ± 4,83 µmoles/dL; SAL3: 64,88 ± 2,61 µmoles/dL, n=7) e corticosterona (VIP3: 5,48 ± 1,4 µg/dL, n=8; SAL3: 5,98 ± ,83, n= 7) e 9 minutos para glicose (VIP9: 12,69 ± 2,4 mg/dL, n=9; SAL9: 95,9 ± 3,12 mg/dL, n=5), AGL (VIP9: 79,85 ± 4,34 µmoles/dL, n=9; SAL9: 67,6 ± 4,32 µmoles/dL, n=5) e corticosterona (VIP9: 5,76 ± 1,2 µg/dL, n=9; SAL9: 7,1 ± ,56 µg/dL, n=5) A insulina apresenta uma tendência de aumento no grupo VIP1 (1,15 ± ,26 ng/mL, n= 5; SAL1: ,7 ± ,11 ng/mL, n= 5) Tanto o colesterol como a insulina e a leptina não demonstraram alterações resultantes da microinfusão do VIP Com estes resultados concluímos que o VIP promove aumento da glicose, AGL e corticosterona plasmáticos a curto prazo (1 minutos) Sugerimos que haja uma provável ativação simpática pelo peptídeo promovendo lipólise (aumentando os AGL) e alterações hormonais que favorecem o aumento da glicemia O retorno destas variáveis aos valores basais ocorre por uma provável resposta contra-regulatória para homeostase energética
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    Alterações cardiovasculares, autonômicas e comportamentais derivadas da obesidade induzida por glutamato monossódico em ratos
    Mattos, Alexandro Marcio da Silva; Pinge, Marli Cardoso Martins [Orientador]; Michelini, Lisete Compagno; Souza, Helenir Medri de; Fontes, Marco Antônio Peliky [Coorientador]
    Resumo: A hipertensão arterial faz parte do grupo de doenças cardiovasculares que representa o maior percentual de causas de mortalidade no mundo e atualmente tem sido demonstrada a relação entre hipertensão arterial e obesidade A obesidade é considerada uma epidemia mundial, apresentando-se como importante fator de risco para uma série de doenças crônicas O modelo de obesidade induzido por glutamato monossódico tem sido estudado do ponto de vista metabólico, e muito tem-se a investigar na fisiopatologia cardiovascular e a modulação autonômica envolvidas na relação obesidade e hipertensão A indução deste modelo, resulta além da obesidade em anormalidades endócrinas, comportamentais, distúrbios no crescimento, hipogonadismo, hipoatividade motora O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência das vias gabaérgicas no PVN nas respostas cardiovasculares, analisar o balanço autonômico na variabilidade da frequência cardíaca (FC) e da pressão arterial (PA), avaliar a atividade simpática renal e o comportamento dos animais com obesidade A obesidade foi induzida pela administração intradérmica de 4 mg/g de peso corporal de glutamato monossódico (MSG) ou salina equimolar (controle) nos cinco primeiros dias de vida em ratos Wistar Aos 9 dias os animais foram anestesiados, para implantação de cânulas-guia ao PVN e cateterização da artéria e veia femural Depois de 24 horas foi realizado o registro da pressão arterial média (PAM) e da FC antes e após a microinjeção de bicuculina ou muscimol em animais acordados Após muscimol houve maior queda na PAM no animal obeso MSG quando comparado com o controle O aumento da PAM e FC após bicuculina não foi diferente entre controle e obesos A atividade simpática renal e PAM no animal obeso MSG anestesiado apresentaram-se aumentados comparado com os controles A avaliação comportamental indicou aumento de ansiedade nos animais tratados com MSG, mas, devido à hipoatividade e à apatia também observadas nestes animais, a interpretação dos dados comportamentais ficou comprometida Os resultados sugerem que o sistema nervoso simpático, periférico e central, parece ser alvo de modulação cardiovascular na obesidade induzida por glutamato monossódico
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    Participação da neurotransmissão noradrenérgica na Substância Cinzenta Periaquedutal Dorsal na modulação da ansiedade em ratos expostos ao labirinto em T-Elevado
    Estrada, Viviane Batista; Gomes, Gislaine Garcia Pelosi [Orientador]; Aguiar, Daniele Cristina de; Fernandes, Karen Barros Parron
    Resumo: Dentre os transtornos de ansiedade, o pânico e a ansiedade generalizada têm alta prevalência ao longo da vida A Substância Cinzenta Periaquedutal Dorsal (SCPd) está envolvida na modulação de respostas comportamentais e, embora apresente terminais noradrenérgicos, poucos estudos têm investigado o papel da noradrenalina (NA) nessa estrutura frente a modulação da ansiedade Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da microinjeção de NA e antagonistas não seletivo ß-adrenérgico e seletivos a1 e a2-adrenérgico (propranolol , WB411 ou RX8212, respectivamente) na SCPd de ratos submetidos ao Labirinto em T Elevado (LTE) Ratos Wistar foram submetidos à implantação de cânula-guia na SCPd destinada a microinjeções de NA (3, 15, ou 45 nmol/5nl), dos antagonistas noradrenérgicos nas doses de 4, 8, 12nmol/5nl ou de líquido cefalorraquidiano artificial A administração de NA e dos antagonistas de receptores a2 e ß-adrenérgicos intra SCPD diminuiu o comportamento de esquiva inibitória no LTE sugerindo um efeito ansiolítico, sem alterar a fuga Além disso, a microinjeção de NA e dos antagonistas não modificaram a atividade exploratória geral dos animais submetidos ao teste de campo aberto, indicando que o resultado ansiolítico não é decorrente de um aumento da atividade exploratória Os resultados sugerem o envolvimento da neurotransmissão noradrenérgica na SCPd com a modulação do comportamento de ansiedade em animais submetidos ao LTE
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    Avaliação de parâmetros comportamentais e reprodutivos em ratos expostos à Passiflora incarnata durante a gestação e amamentação
    Bacchi, André Demambre; Moreira, Estefânia Gastaldello [Orientador]; Lucion, Aldo Bolten; Gerardin, Daniela Cristina Ceccatto
    Resumo: A Passiflora incarnata é comercializada em muitos países como fitoterápico e é prescrita principalmente como sedativa e ansiolítica Ainda que as diretrizes de prescrição médica para a maioria dos fitoterápicos comercializados recomendem sua utilização sob supervisão médica durante a gestação, estudos reprodutivos e de desenvolvimento são escassos e não obrigatórios para fins regulatórios Para avaliar a toxicidade reprodutiva e do desenvolvimento da Pincarnata, administramos, por gavage, a ratas Wistar, 3 ou 3 mg/kg deste fitoterápico, do dia gestacional (DG) ao dia pós-natal (DPN) 21 O tratamento com P incarnata não influenciou o ganho de peso corpóreo e o consumo de ração, bem como não alterou o desempenho reprodutivo (perda pós-implantação, tamanho da ninhada, peso da ninhada) das mães O desenvolvimento físico dos filhotes (ganho de peso corporal, dia da abertura vaginal ou separação prepucial), bem como o comportamento no teste de campo aberto nos DPN 22, 35 e 75 também não foram influenciados por este tratamento A avaliação comportamental de filhotes no labirinto em cruz elevado indicou um aumento da porcentagem de entradas nos braços abertos em filhotes machos expostos à dose de 3 mg/kg, mas esse efeito foi restrito ao DPN 22 O comportamento copulatório foi prejudicado nos filhotes machos adultos expostos à dose de 3 mg/kg de P incarnata Neste grupo, apenas 3 dos 11 filhotes foram considerados sexualmente competentes, ou seja, apresentaram intromissão e ejaculação quando expostos a uma fêmea em fase de estro Este prejuízo comportamental não foi acompanhado por alterações nos níveis plasmáticos de testosterona, peso de glândulas e órgãos relacionados ao sistema reprodutor e contagem espermática e distância anogenital A hipótese de que a alteração da aromatização durante o período perinatal e/ou de longa duração pode estar associada com o efeito observado merece investigação mais aprofundada
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    Avaliação da toxicidade reprodutiva do Triclosan em ratos
    Pernoncini, Karine Vandressa; Gerardin, Daniela Cristina Ceccatto [Orientador]; Uchôa, Ernane Torres; Martinez, Cláudia Bueno dos Reis
    Resumo: Triclosan (TCS) é um agente antibacteriano extensivamente utilizado em uma variedade de produtos, tais como: sabonete, desodorante, pasta de dente, óleos corporais, entre outros Estudos indicam que o TCS é um desregulador endócrino (DE), pois possui efeito antiandrogênico ao reduzir a atividade de enzimas esteroidogênicas em culturas de células de Leydig de ratos, e ao reduzir a produção espermática diária de ratos Wistar em estudo in vivo, além disso, in vitro possui atividade androgênica ao competir com a [3H] testosterona pela ligação ao receptor androgênico de ratos Mediante a isso, este é o primeiro estudo ao utilizar o Teste de Hershberger para avaliar um possível efeito (anti)androgênico do TCS em ratos Wistar com 52 dias de vida Além disso, utilizou-se métodos inéditos como: comportamento sexual, motilidade espermática, viabilidade espermática e histomorfometria testicular para avaliar a toxicidade reprodutiva do TCS em ratos Wistar com 49 dias de vida, por um período de tratamento de aproximadamente 9 dias a fim de abranger um ciclo espermático completo, como sugerido pelo guideline OECD/OCDE 416 Ambos os testes utilizaram a menor dose de TCS (,8 mg/kg) baseada na ingestão diária aceitável de TCS para humanos, sugerida pela Agência de Proteção Ambiental, além de doses 3 e 1 vezes maiores que a menor dose (2,4 e 8, mg/kg), sendo por gavagem o meio de administração do TCS Os resultados do Teste de Hershberger demonstraram que o TCS não teve efeito (anti)androgênico nas doses avaliadas, pois não houve alterações no peso dos órgãos hormônio-dependentes dos animais tratados com TCS Além disso, a avaliação da toxicidade reprodutiva do TCS não apresentou alterações no comportamento sexual, dosagem hormonal, ganho de peso corporal, peso de órgãos, parâmetros espermáticos e histomorfometria testicular, sugerindo que o período de tratamento e as doses utilizadas não comprometeram os parâmetros reprodutivos e portanto, nessa situação o TCS não apresentou efeito como desregulador endócrino
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    A exposição de ratas wistar ao topiramato durante a adolescência não causa alterações cardiovasculares e biométricas a curto e a longo prazo
    Silva, Deborah Gomes da; Ceravolo, Graziela Scalianti [Orientador]; Gerardin, Daniela Cristina Ceccatto; Franco, Maria do Carmo Pinho
    Resumo: Atualmente, é reconhecido que as condições ambientais no início da vida contribuem para o desenvolvimento de doenças na vida adulta A exposição a fármacos, por exemplo, em estágios iniciais do desenvolvimento biológico, como a adolescência, pode favorecer o estabelecimento de doenças Nesse contexto, o topiramato (TOP) é um agente terapêutico aprovado para o tratamento de epilepsia e profilaxia da enxaqueca em adolescentes Recentemente, tem sido descrito que o tratamento com esse fármaco pode contribuir com o desenvolvimento de doenças vasculares por aumentar fatores de risco vascular O aumento desses fatores está associado com disfunção endotelial Entretanto, pelo menos em fêmeas, os efeitos do tratamento com TOP durante a adolescência sobre a função do endotélio vascular ainda não foram investigados Além disso, os poucos dados sobre este tratamento na literatura não fazem distinção entre os sexos e desconsideram que os hormônios sexuais femininos, como os estrógenos, possuem papel modulador sobre o sistema cardiovascular Assim, este estudo objetivou avaliar a função do endotélio vascular, o papel dos receptores estrogênicos a (ERa) e ß (ERß) em modular a resposta contrátil e relaxante e parâmetros biométricos e cardiovasculares de ratas adolescentes e adultas tratadas com TOP durante a adolescência Para isso, ratas Wistar foram tratadas com TOP (41 mg/kg) ou veículo (grupo CTR) por gavagem do dia pós-natal (DPN) 28 ao 5 (adolescência em roedores) No final do tratamento, os grupos TOP e CTR foram distribuídos e avaliados no DPN 51 ou 9 (na fase estro) A massa corporal e o consumo de ração foram monitorados diariamente durante o tratamento (DPN 28-5) e semanalmente (DPN 57, 64, 71, 78 e 85) até o DPN 9 Em ambos os períodos, DPN 51 e 9, as ratas foram avaliadas quanto: reatividade da aorta torácica para fenilefrina (Fenil), acetilcolina (ACh) e nitroprussiato de sódio (NPS), reatividade de anéis de aorta com endotélio para Fenil e ACh após antagonismo dos ERa e ERß, índice de Lee (IL), depósitos de tecido adiposo branco (TAB) e marrom (TAM), pressão arterial (PA) e frequência cardíaca (FC) Como resultado, não houve diferença na massa corporal e consumo de ração monitorados diariamente durante o tratamento ou semanalmente até o DPN 9 A resposta vascular para Fenil, ACh e NPS também foi similar entre os grupos TOP e CTR no DPN 51 e 9 Ainda, o antagonismo dos ERa ERß não alterou a resposta para Fenil e ACh a curto e longo prazo Entretanto, o tratamento com TOP aumentou o depósito de TAM no DPN 51 – o que não se manteve no DPN 9, sem interferir no TAB, IL, PA e FC a curto e longo prazo Em conclusão, o tratamento com TOP durante a adolescência não causa disfunção do endotélio vascular ou altera a modulação estrogênica via ERa e ERß em ratas Wistar adolescentes e adultas Entretanto, ele aumenta apenas o depósito de TAM a curto prazo, sem alterar outros parâmetros biométricos e cardiovasculares Esses resultados sugerem que o TOP não afeta o padrão saúde-doença, em relação aos parâmetros avaliados, no período e dose utilizado
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    Tratamento materno com paracetamol : avaliação da toxicidade reprodutiva na prole feminina de ratas
    Aleixo, Jeberson Fernando; Gerardin, Daniela Cristina Ceccatto [Orientador]; Vieira, Milene Leivas; Leite, Cristiane Mota
    Resumo: O paracetamol (PAR) é um fármaco de venda livre utilizado no mundo todo para o tratamento de dor e febre, sendo também um dos mais utilizados pelas gestantes por ser considerado seguro para a mãe e para o feto durante toda a gestação e lactação No entanto, o PAR é transferido para o leite materno e atravessa livremente a membrana hemato-placentária, podendo estar presente durante fases importantes do desenvolvimento fetal A literatura mostra que o tratamento materno com PAR pode causar diminuição da distância anogenital (DAG) e reserva de folículos na prole feminina de roedores O presente estudo teve como objetivo avaliar se o tratamento materno com PAR pode alterar comportamentos reprodutivos e parâmetros relacionados ao desenvolvimento sexual da prole feminina Ratas Wistar prenhes foram tratadas diariamente por gavagem com PAR 35 mg/kg/dia (Grupos PARG: Paracetamol Gestacional e PARGL: Paracetamol Gestacional-Lactacional) ou água (Grupos CTRG: Controle Gestacional e CTRGL: Controle Gestacional-Lactacional) durante a gestação (grupos CTRG e PARG - do DG 6 até o parto) ou gestação e lactação (grupos CTRGL e PARGL: do DG 6 até o desmame) No presente estudo, o tratamento materno com PAR alterou parâmetros reprodutivos da prole feminina, uma vez que provocou diminuição da reserva folicular, aumento na concentração plasmática de estradiol e comprometimento do comportamento sexual, este último, possivelmente relacionado ao aumento do comportamento de limpeza dos filhotes apresentado pelas mães
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    Avaliação dos efeitos do tratamento materno com paracetamol sobre parâmetros reprodutivos em diferentes idades da prole masculina de ratas
    Pereira, Marina Rangel Ferro; Gerardin, Daniela Cristina Ceccatto [Orientador]; Ceravolo, Graziela Scalianti; Fernandes, Glaura Scantamburlo Alves
    Resumo: O paracetamol (acetaminofeno) é um medicamento amplamente usado durante os períodos de gestação e lactação no tratamento de dor e febre visto que é considerado seguro para o desenvolvimento dos fetos Sabe-se que o feto é exposto a esse fármaco, pois este é capaz de atravessar a barreira hematoplacentária, e cerca de 2% da dose administrada na mãe é transferida ao bebê pelo leite materno de mulheres lactantes Dados epidemiológicos indicam que o tratamento materno com paracetamol durante a gestação aumenta a incidência de criptorquidismo, além de diminuir a distância anogenital e a produção de testosterona, podendo agir como um desregulador endócrino Portanto, o presente estudo teve como objetivo avaliar se o tratamento materno com paracetamol durante os períodos gestacionais e gestacionais/lactacionais pode alterar parâmetros reprodutivos e comportamentais na prole masculina de ratas Ratas Wistar foram diariamente tratadas por meio de gavagem com água e paracetamol 35 mg/kg/dia durante o período de gestação (CTRG e PARG) ou período de gestação/lactação (CTRGL and PARGL) Foram observadas diferenças estatísticas significativa na histomorfometria testicular (aumento do volume e comprimento total dos túbulos seminíferos) e aumento do peso dos testículos no grupo PARG, comparado ao seu grupo de controle O paracetamol também afetou o comportamento copulatório e aumentou os níveis de testosterona plasmática no DPN 12 (grupos PARG e PARGL) A prostaglandina E2 é responsável pela masculinização do hipotálamo no período intrauterino de desenvolvimento Considerando que o paracetamol é um inibidor da produção dessa prostaglandina no sistema nervoso central, sugere-se que esse fármaco possa ter impactado a diferenciação sexual hipotalâmica, alterando o comportamento sexual masculino na vida adulta Esse processo também é responsável pela produção adequada de hormônios a partir da puberdade Com isso, sugere-se que o paracetamol tenha prejudicado núcleos hipotalâmicos responsáveis pela produção de hormônios e que, portanto, não tenha ocorrido um mecanismo de feedback adequado produzido pela testosterona na hipófise e hipotálamo, levando às alterações vistas na histomorfometria testicular e aumento da testosterona plasmática
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    Avaliação do estresse agudo de restrição no recrutamento de neutrófilos para a cavidade peritoneal na vigência do processo inflamatório induzido por carragenina
    (2020-02-27) Scacco, Gustavo; Dionisio, Andressa de Freitas Mendes; Gomes, Gislaine Garcia Pelosi; Pinge Filho, Phileno; Gerardin, Daniela Cristina Ceccatto; Pavanelli, Wander Rogerio
    Resumo: O estresse representa um dos maiores problemas de saúde e produtividade. Eventos estressantes causam alterações autonômicas e neuroendócrinas, promovendo inúmeras consequências emocionais, comportamentais, cardiovasculares e imunológicas. Um número crescente de estudos tem focado na importância da ativação de receptores beta-adrenérgicos no controle da resposta imunológica, uma vez que a ativação desses receptores presentes em células do sistema imune inato está relacionada à ações anti-inflamatórias. Contudo, a relação entre estresse agudo de restrição e recrutamento de neutrófilos para o foco inflamatório não está totalmente elucidada. Desta maneira, o presente estudo objetivou determinar o efeito do estresse agudo de restrição na migração de neutrófilos para a cavidade peritoneal induzida pela administração de carragenina e o envolvimento dos receptores beta-adrenérgicos neste processo. Foram utilizados camundongos machos adultos Swiss com oito semanas. Os animais foram pré-tratados com propranolol 5 mg/kg por via subcutânea (s.c.), antagonista dos receptores ß1 e ß2-adrenérgicos, ou Atenolol 20 mg/kg/s.c., antagonista dos receptores ß1-adrenérgicos, 30 minutos antes da restrição. Para induzir o estresse agudo de restrição, os animais foram colocados em tubo cônico de centrífuga de 50 mL com ventilação por 2 horas. Após, essas 2 horas, o processo inflamatório foi induzido pela administração intraperitoneal de carragenina 500 µg/cavidade. Após 4 horas de administração de carragenina, a migração de leucócitos, neutrófilos e células mononucleares, a produção de ânion superóxido e óxido nítrico foi determinada a partir do lavado peritoneal. Os resultados foram apresentados como média ± erro padrão da média (EPM). Diferenças entre os grupos foram avaliadas pela análise de variância de uma via (One-Way ANOVA) seguido do teste de Tukey. Foram consideradas diferenças significativas para p<0,05. Todos os experimentos foram realizados após aprovação da comissão de ética no uso de animais sob o número 14993.2018.74/2018. Nossos resultados demonstram que o estresse agudo de restrição promoveu efeito modulador no sistema imunológico inato, pois houve redução da produção de ânion superóxido, migração de leucócitos totais, neutrófilos, células mononucleares para a cavidade peritoneal induzida por carragenina e aumento de óxido nítrico. Além disso, verificamos também que o tratamento com propranolol antes dos camundongos serem submetidos ao estresse agudo de restrição preveniu a alteração desses parâmetros. Por outro lado, o atenolol não foi capaz de promover o mesmo efeito. Desta forma, nossos dados sugerem que o estresse agudo por restrição reduz a produção de ânion superóxido e induz aumento de óxido nítrico promovendo a redução do recrutamento neutrófilos para o foco inflamatório e consequentemente aumento da suscetibilidade a infecções e esse efeito é mediado pela ativação de receptores ß2 – adrenérgicos, pois o pré tratamento com propranolol evitou a redução do recrutamento dos neutrófilos.
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    Efeito da cafeína no desempenho e cortisol em exercícios físicos: Uma revisão sistemática e meta-análise
    (Universidade Estadual de Londrina, 2022-03-29) Rohloff, Giovanna; Polito, Marcos Doederlein; Zaia, Cássia Thais Bussamra Vieira; Chimin, Patricia
    Resumo: Introdução: A cafeína é um dos suplementos ergogênicos mais utilizados nos diferentes tipos de exercícios físicos e há evidências de que ela pode aumentar a concentração de cortisol, no entanto, não se sabe a relação com o desempenho. Objetivo: Realizar uma revisão sistemática da literatura do efeito agudo da suplementação de cafeína sobre o cortisol e desempenho em diferentes exercícios físicos, aplicar o modelo meta-analítico para identificar as variáveis associadas e relacionar o desempenho com os valores de cortisol. Métodos: Foram realizadas buscas nas bases PubMed, SPORTDiscus, Web of Science e Scopus and Scielo, resultando em 309 publicações. Após os critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 12 estudos experimentais controlados por placebo, entre 1995-2021, com medidas de desempenho e cortisol para compor a revisão sistemática e meta-análise. Resultados: A cafeína apresentou efeito no cortisol (P= 0,011) e desempenho para esforço aeróbio (P=0,046; Q=2,57; I2=0,0) e potência/força (P=0,001; Q=7,86; I2=36,38). A meta-regressão não mostrou associação significativa entre a dose de cafeína e valores de cortisol (Slope= 0,08; P= 0,77), mas houve para o desempenho (Slope= -0,10; P= 0,02) e entre o desempenho e valores do cortisol (Slope= 0,06; P= 0,005). Dessa forma, para cada aumento de 1mg.kg-1 de cafeína, o tamanho do efeito sobre o desempenho reduz 0,10. E para cada unidade de aumento do desempenho, o tamanho do efeito do cortisol aumenta 0,06. Conclusão: A meta-análise mostrou que a ingestão de cafeína pré-exercício possui efeito nos valores de cortisol pós-exercício e parece prejudicar o desempenho em doses mais altas. Além disso, valores maiores de cortisol são encontrados quanto maior o desempenho. Contudo, há respostas interindividuais à ingestão de cafeína que precisam ser levadas em consideração para suplementação. Abstract: Introduction: Caffeine is one of the most used ergogenic supplements in different types of physical exercises and there is evidence that it can increase cortisol levels, however, the relationship with performance is not known. Objective: To perform a systematic review of the literature on the acute effect of caffeine supplementation on cortisol and performance in different types of exercise, to apply a meta-analytic model to identify associated variables and to relate performance with cortisol values. Methods: PubMed, SPORTDiscus, Web of Science e Scopus and Scielo, were used, resulting in 309 publications. After inclusion and exclusion criteria, 12 placebo-controlled experimental studies from 1995-2021 with performance and cortisol measures were selected to compose the systematic review and meta-analysis. Results: Caffeine showed an effect on cortisol (P= 0.011) and performance for aerobic effort (P=0.046; Q=2.57; I2=0.0) and power/strength (P=0.001; Q=7.86; I2=36.38). The meta-regression showed no significant association between caffeine dose and cortisol values (Slope= 0.08; P= 0.77), but there was for performance (Slope= -0.10; P= 0.02) and between performance and cortisol values (Slope= 0.06; P= 0.005). Thus, for each 1 mg.kg-1 increase in caffeine, the effect size on performance reduces by 0.10. And for each unit increase in performance, the effect size of cortisol increases by 0.06. Conclusion: Meta-analysis showed that pre-exercise caffeine ingestion has an effect on post-exercise cortisol values and seems to impair performance at higher doses. Furthermore, higher cortisol values are found the higher the performance. However, there are inter-individual responses to caffeine intake that need to be taken into consideration for supplementation.