Dimorfismo sexual nos parâmetros metabólicos e reprodutivos de proles (F2) de ratas subnutridas por expansão do tamanho da ninhada

Data

2022-08-23

Autores

Guergolette, Rhauany Pelisson

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Resumo

Os estudos das Origens desenvolvimentistas da Saúde e da Doença (DOHAD) abordam métodos de estudo e pesquisa, diferentes perspectivas, conceitos e aspectos éticos para essa área do conhecimento, e a expansão do tamanho da ninhada é um modelo DOHaD utilizado para estudar a subnutrição no período lactacional e seus possíveis efeitos na vida adulta e das futuras gerações. O modelo experimental utilizado neste estudo consistiu em ratas Wistar provenientes de ninhada normal (normal litter - 10 filhotes) e ninhada expandida (large litter - 16 filhotes). Fêmeas LL (F1) possuíram menor disponibilidade ao leite materno, considerando a maior competição entre os filhotes para o aleitamento e, consequentemente, foi gerada subnutrição nestas ratas. Após o desmame, foi oferecida dieta nutricional adequada e ad libitum até o fim do protocolo. O presente estudo avaliou as possíveis alterações metabólicas e reprodutivas na prole masculina e feminina F2 de F1 (fêmeas) submetidas à subnutrição pós-natal induzida pela expansão do tamanho da ninhada, onde os pais (machos) não passaram por manipulação de ninhada. Para isso, foram avaliados parâmetros metabólicos e reprodutivos das proles dessas fêmeas LL. As proles receberam acesso considerado normal ao leite materno e, após o desmame, dieta nutricional padrão e ad libitum até o DPN 90. Os resultados mostraram que as proles masculina e feminina de mães LL apresentaram maior ingestão alimentar. A prole masculina de fêmeas subnutridas apresentou peso corporal reduzido desde a lactação até a idade adulta, distância nasoanal reduzida na infância e aumentada na vida adulta, índice de Lee diminuído na idade adulta, e a prole feminina apresentou distância nasoanal diminuída na infância e catch-up na idade adulta. A prole masculina de mães LL apresentou maior insulinemia e tolerância à glicose, concentrações plasmáticas de triacilglicerol reduzidas, sem alterações na prole feminina. Estes dados indicam que a subnutrição neonatal em fêmeas predispõe sua prole masculina e feminina a desenvolver alterações metabólicas, mas não reprodutivas. A prole masculina é mais suscetível a alterações metabólicas do que a feminina. Assim, há um dimorfismo sexual nas respostas metabólicas de proles oriundas de mães com subnutrição pré-concepcional.

Descrição

Palavras-chave

Subnutrição lactacional, Ninhada expandida, Pré-concepcão, Desenvolvimento da prole, Homeostase energética, Dimorfismo sexual, Reprodução, Metabolismo - Fisiologia

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