01 - Doutorado - Geografia
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Navegando 01 - Doutorado - Geografia por Assunto "Análise espacial (Estatística)"
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Item A COVID-19 na conurbação Paranaense Cambé – Londrina – Ibiporã: análises geoespaciais para o início da pandemia de SARS-COV-2 (2020)(2023-06-30) Santos, Willian da Silva; Pinese, José Paulo Peccinini; Pereira, Adriana Castreghini F.; Pieri, Flávia Meneguetti; Faria, Rivaldo Mauro de; Cunha, Lúcio José Sobral da; Caldarelli, Pablo G.A partir de 2020, as pesquisas ligadas à Covid-19 e sua disseminação têm sido impulsionadas por colaborações interdisciplinares. Nesse âmbito, a Geografia respaldada pelas geotecnologias, análises socioambientais e representações cartográficas, emerge como uma aliada nos esforços de investigação nas pesquisas em saúde. O propósito desta pesquisa é somar a este movimento buscando examinar a associação geoespacial entre a Covid-19 e os fatores sociais determinantes de saúde na conurbação paranaense Cambé – Londrina – Ibiporã (CCLI) durante o estágio inicial da pandemia em 2020. Neste recorte foram analisados n=27.087 casos e n=366 óbitos numa série temporal de 41 semanas epidemiológicas. Para atingir o objetivo, empregou-se uma variedade de técnicas de análise e representação cartográfica exploratória, bem como investigação geoespacial e estatística. Esse processo iniciou-se a partir da geocodificação de endereços dos casos confirmados com a doença. Os principais resultados desta pesquisa revelaram que a propagação da doença alcançou todas as áreas habitadas da CCLI, com uma notável concentração, correlação e prevalência observadas principalmente no eixo Centro-Sudoeste. Essa concentração foi mais pronunciada em bairros com alta verticalização, renda mais elevada e melhores padrões construtivos de habitação. Por outro lado, os óbitos estiveram associados a padrões construtivos mais simples, localizados em bairros periféricos, e apresentaram uma mortalidade mais acentuada no extremo norte da CCLI. Especificamente, identificou-se que a doença teve um impacto significativo em vendedores do comércio varejista, profissionais de saúde e na população idosa. A pesquisa conclui que a pandemia de Covid-19 na CCLI foi impactada por fatores socioeconômicos, nos quais apresentaram correlações significativas com a dinâmica espacial da doença e os indicadores de saúde. Essa constatação desempenha um papel relevante ao aprofundar a compreensão das características iniciais da doença na população, oferecendo um potencial estratégico para lidar com outras doenças emergentes e futuras pandemiasItem Índice de risco para infecção à leishmaniose tegumentar americana (LTA) em áreas urbanasMarques, Américo José; Barros, Mirian Vizintim Fernandes [Orientador]Resumo: A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) constitui um grave problema de saúde pública no Brasil e é notificada em todos os estados brasileiros Essa doença apresenta diversidade de agentes, hospedeiros, reservatórios, situação epidemiológica e vetores e ocorre em diferentes ecossistemas, resultando em distintos e complexos padrões de transmissão que dificultam seu controle O objetivo principal deste trabalho é identificar as condições geográficas que constituem, potencialmente, fatores de risco associados aos casos autóctones de LTA Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde mostram as ocorrências autóctones nos municípios brasileiros e foi constatado que surgiram 181767 novos casos autóctones da LTA, com maior concentração nos estados do Norte e Nordeste e, à medida que se distancia dessas regiões em direção às demais, o número de casos diminui O limiar entre o maior e menor número de ocorrências ocorre na transição do clima tropical para o subtropical, onde o Trópico de Capricórnio corta a região Sul do Brasil, mais especificamente no estado do Paraná Verificou-se que na região sul do Brasil foram registradas 3287 novas ocorrências, das quais 2927 foram notificadas somente no Paraná, que corresponde a 89% das ocorrências da região Sul do Brasil Ainda, desses 2927 casos 1896 foram registradas nas áreas urbanas, ou seja, mais de 57% Esse número de origem paranaense fez com que a região Sul, proporcionalmente, superasse às demais regiões do Brasil em relação às ocorrências da LTA em ambientes urbanos Nesta tese se optou por estudar as ocorrências autóctones da doença nas áreas urbanas paranaenses A seleção das sete cidades, entre as 399 possíveis, foi feita com base no número de ocorrências autóctones Levou-se em consideração as cidades com maior número de casos As cidades selecionadas foram, em ordem decrescente de casos: Cianorte (156), Bandeirantes (18), Londrina (9), Terra Boa (62), Umuarama (59), Foz do Iguaçu (52) e Maringá (44), totalizando 571 ocorrências, o que representa 35% de todos os casos autóctones nas áreas urbanas das cidades do Paraná Para elaborar um modelo que explique o comportamento da distribuição espacial da doença, cada caso foi mapeado e georreferenciado e computados valores distâncias radiais entre o caso e o provável local de origem da infecção A superfície de risco foi modelada pelo Método dos Mínimos Quadrados e a validação dos modelos gerados foi feita pelo Coeficiente de Correlação de Pearson para garantir a aplicação do Fator de Risco A utilização de modelos matemáticos para se definir o Fator de Risco permitiu relacionar os casos da doença com as regiões de matas e o resultado alcançado permite reproduzir um cenário bem próximo da realidade, mesmo sem considerar outras variáveis relacionadas com o processo de transmissão da LTA Posteriormente, foi realizado o cálculo do Índice de Risco para Infecção à LTA pelo cruzamento dos valores dos Fatores de Risco obtidos e da população residente nos setores censitários A partir da análise dos mapas de risco gerados, verificou-se um comportamento padrão para as cidades pesquisadas Com algumas exceções referentes à localização das áreas de maior risco nas cidades de Bandeirantes, que apresentou uma área com Muito Alto risco próximo a região central, e Foz do Iguaçu, que também apresentou igual classe de risco próximo ao centro, as áreas periféricas foram as que tiveram os cenários mais preocupantes