02 - Mestrado - Biotecnologia
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Navegando 02 - Mestrado - Biotecnologia por Assunto "Aflatoxina"
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Item Avaliação da presença de fungos e micotoxinas na tecnologia de pós-colheita do milhoSilva, Marcelo da; Ono, Elisabete Yurie Sataque [Orientador]; Wosiacki, Gilvan; Hirooka, Elisa YokoResumo: O milho, cereal importante no Brasil, como componente de rações animais e como matéria-prima incluída em mais de 5 produtos derivados, devido a sua qualidade nutricional torna-se substrato para contaminação por fungos toxigênicos Com o objetivo de avaliar o efeito do intervalo de tempo entre a colheita e a pré-secagem sobre a contaminação de milho por fungos e fumonisinas, 49 amostras foram coletadas em três pontos da cadeia produtiva, campo (n=1), recepção da cooperativa (n=1) e pré-secagem (n=45) de duas safras consecutivas (23 e 24) da Região Norte do Estado do Paraná Fusarium spp foi o gênero prevalente (1%), seguido por Penicillium spp que foi detectado em 98%, 95% e 97% das amostras de campo, recepção e etapa de pré-secagem (safra 23), respectivamente As fumonisinas foram detectadas em todas as amostras de ambas as safras, com níveis variando de ,11 a 15,32 mg/g em amostras de campo, de ,16 a 15,9 mg/g em amostras de recepção e de ,2 a 18,78 mg/g em amostras de présecagem para safra de 23 As amostras de 24 apresentaram menor nível de contaminação, com teores variando de ,7 a 4,78 mg/g em amostras de campo, de ,3 a 4,9 mg/g em amostras de recepção e de ,11 a 11,21 mg/g em amostras de pré-secagem Os níveis médios de fumonisinas aumentaram gradualmente de £ 5, mg/g para 18,78 mg/g quando o intervalo de tempo entre a colheita e a pré-secagem aumentou de 3,2 para 8,9 horas (safra 23) O mesmo perfil foi apresentado pelas amostras da safra de 24 Os níveis de fumonisinas e o intervalo de tempo entre colheita e pré-secagem apresentaram correlação positiva (=,96) (p<,5), sugerindo que o retardo da secagem contribui para o aumento na contaminação por fumonisinas em milho A qualidade do milho foi avaliada em 87 amostras recém colhidas (safras 23 e 24) utilizadas por indústrias processadoras de milho da Região Norte do Paraná A amostragem foi realizada na recepção da indústria (n=3) e etapa de pré-secagem (n=135) de cada safra Fusarium spp apresentou 1% de freqüência em ambas as safras, Penicillium spp 9 e 95%, enquanto que Aspergillus spp 6 e 15%, para 23 e 24, respectivamente Fumonisina B1 (FB1) foi detectada em todas as amostras, com níveis variando de ,2 a 11,83 mg/g em amostras de recepção e de ,2 a 1,98 mg/g em amostras de pré-secagem Fumonisina B2 (FB2) foi detectada em níveis variando de ,2 a 5,25 mg/g em amostras de recepção e de ,1 a 7,89 mg/g em amostras de pré-secagem (safra 23) As amostras da safra de 24 apresentaram níveis de FB1 variando de ,3 a 12,4 mg/g em amostras de recepção da cooperativa e de ,6 a 7,74 mg/g em amostras de pré-secagem FB2 foi detectada em níveis variando de ,2 a 6,12 mg/g em amostras de recepção e de ,5 a 3,47 mg/g em amostras de pré-secagem Considerando 4, mg/g como nível máximo recomendado para consumo humano, 351 amostras (8,7%) da safra de 23 e 43 amostras (98,8%) da safra de 24 estariam adequadas ao processamento de massas Níveis baixos de contaminação foram detectados em amostras de milho utilizadas como matéria-prima pelas empresas processadoras da Região Norte do Estado do Paraná, ratificando que o constante monitoramento é essencial para produzir milho com qualidade fitossanitária adequada às recomendações comerciais Paralelamente, foram comparadas as metodologias de análise por contagem de pontos de fluorescência, cromatografia em camada delgada (CCD) e espectrofluorimetria por meio da análise de 4 amostras de milho naturalmente contaminadas por aflatoxinas e positivas para Aspergillus do grupo flavus As aflatoxinas foram detectadas por CCD em 16 amostras (4%), enquanto que por espectrofluorimetria 24 amostras foram positivas (6%) Os resultados de CCD e espectrofluorimetria apresentaram boa correlação (=,97) A análise segundo contagem de pontos de fluorescência apresentou 2% de resultados falso-negativos, sugerindo seu emprego como triagem para seleção de lotes com possível contaminação por aflatoxinasItem Avaliação do risco de exposição de frangos de corte e galinhas poedeiras à contaminação natural por fumonisinas e aflatoxinasRossi, Carolina Nachi; Ono, Elisabete Yurie Sataque [Orientador]; Corrêa, Benedito; Hirooka, Elisa YokoResumo: O Brasil é o terceiro produtor mundial de aves e o líder em exportações No entanto, a contaminação de milho e rações por micotoxinas pode acarretar grandes perdas econômicas à indústria avícola As micotoxinas estão associadas a problemas de saúde humana e animal e, ao serem metabolizadas pelos animais podem ocorrer em carne, ovos e leite Dentre elas, destacam-se as aflatoxinas, devido à elevada toxicidade e as fumonisinas, por serem as micotoxinas de maior ocorrência em milho e derivados Portanto, é necessário o desenvolvimento de métodos sensíveis e rápidos de detecção de micotoxinas, visando o controle de qualidade dos produtos destinados ao consumo humano e animal Os métodos imunoenzimáticos como os enzyme-linked immunosorbent assays (ELISAs) destacam-se por serem rápidos, específicos e permitirem a análise de várias amostras por ensaio Entretanto, no Brasil, há a dependência de importação de kits de ELISA comerciais Assim, investimentos na produção de imunoreagentes constituem uma alternativa para redução de tempo e custos Este estudo teve como objetivos padronizar e validar intra-laboriatorialmente um ELISA competitivo indireto (ic-ELISA) para detecção de aflatoxinas em rações destinadas a aves, assim como avaliar o risco de exposição de frangos de corte e galinhas poedeiras a fumonisinas e aflatoxinas Um ic-ELISA baseado em anticorpo monoclonal anti-aflatoxina B1 (AcM anti-AFB1) foi padronizado, validado e seu desempenho foi comparado com a cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) e kit de ELISA comercial O ic-ELISA apresentou linearidade adequada (R2 = ,994) e limites de detecção e quantificação de, respectivamente, 1,25 e 1,43 ng g-1 (ração para frangos de corte) e de 1,41 e 1,75 ng g-1 (ração para galinhas poedeiras) Os parâmetros de repetibilidade e precisão intermediária apresentaram desvios padrão relativos médios menores que os recomendados pela Commission of the European Communities (CEC), os quais foram de 8,3% e 11,58% (ração para frangos de corte) e 6,94% e 12,49% (ração para galinhas poedeiras) Quanto à exatidão, as taxas de recuperação de aflatoxinas variaram de 9% a 17% (ração para frangos de corte) e de 98% a 13% (ração para galinhas poedeiras) situando-se entre os valores recomendados pela CEC A análise por CLAE, ic-ELISA e ELISA comercial detectou aflatoxinas em 88,2%, 88,2% e 1% das amostras de ração para frangos de corte (n = 34) e em 92%, 92% e 97,2% das amostras de ração para galinhas poedeiras (n = 36) Os coeficientes de correlação linear entre CLAE-ic-ELISA foram de ,97 e ,98; entre CLAE-ELISA comercial de ,76 e ,93; e entre ELISA comercial-ic-ELISA de ,82 e ,95, considerando as análises de ração de frangos de corte e de galinhas poedeiras, respectivamente A maioria das rações destinadas a frangos de corte (52,9%) e a galinhas poedeiras (61,1%) apresentou razões ic-ELISA/CLAE entre ,81 e 1,8 Paralelamente, foram avaliados a contaminação fúngica e os níveis de fumonisinas (FB1 + FB2) e aflatoxinas em quatro tipos de rações (pré-inicial, inicial, engorda e abate) destinadas a frangos de corte (n = 158) coletadas em uma granja comercial na região norte do Estado do Paraná e em rações destinadas a galinhas poedeiras (n = 98) coletadas na granja experimental da Universidade Estadual de Londrina, nos períodos de junho a agosto e de janeiro a dezembro de 21, respectivamente A determinação da contaminação fúngica foi realizada pelo método “Pour plate” empregando Ágar Batata Dextrose (BDA), enquanto que os níveis de fumonisinas e aflatoxinas foram determinados por CLAE e por ic-ELISA, respectivamente Aspergillus spp e Penicillium spp foram os gêneros de maior prevalência (97 a 1%) nos quatro tipos de ração destinadas a frangos de corte, enquanto Fusarium spp foi detectado em menores frequencias que variaram de 11% para ração pré-inicial a 3,3% para ração de abate FB1 e FB2 foram detectadas em 1% das amostras de ração pré-inicial (médias de ,41 e ,27 µg g-1) e inicial (médias de ,45 e ,16 µg g-1); em 91,9% (média = ,48 µg g-1) e 81,1% (média = ,23 µg g-1) nas amostras de ração de engorda e em 91% (média = ,4 µg g-1) e 45,5% (média = ,23 µg g-1) nas amostras de ração de abate Não houve diferença significativa pelo teste de Tukey (p < ,5) nos níveis médios de fumonisinas entre os quatro tipos de ração, sendo que predominaram baixos níveis da micotoxina (,1 a 1, µg g-1) Aflatoxinas foram detectadas em 44% das amostras pré-inicial (média = 2,33 ng g-1), em 55% das amostras de ração inicial (média = 5,7 ng g-1), em 85% das amostras de engorda (média = 6,27 ng g-1) e em 82% das amostras de abate (média = 3,65 ng g-1), respectivamente Entretanto, a maioria das amostras (93%) apresentou níveis abaixo de 6, ng g-1 Não houve diferença significativa pelo teste de Tukey (p < ,5) nos níveis médios de aflatoxinas entre os quatro tipos de ração Considerando os maiores níveis de FB1 detectados nos quatro tipos de ração, foi calculado o consumo máximo diário provável desta toxina Para todos os tipos de ração estes valores foram inferiores ao LOAEL (lowest observed adverse effect level) tolerado para frangos de corte segundo a European Food Safety Authority (EFSA) Com relação às aflatoxinas, 97% das amostras apresentaram níveis abaixo do limite considerado seguro pela EFSA Nas amostras de ração destinadas a galinhas poedeiras, Fusarium spp foi o gênero de maior prevalência (99%), seguido por Penicillium spp (97%) e Aspergillus spp (9%) Os níveis de fumonisinas variaram de ,2 a 5,6 µg g-1 (média = 1,47 µg g-1), no entanto, a maioria das amostras (67,4%) apresentou baixos níveis de fumonisinas (,3 a 2, µg g-1) FB1 foi detectada em 89,8% das amostras (média = ,87 µg g-1), enquanto FB2 foi detectada em 78,6% das amostras (média = ,49 µg g-1) Aflatoxinas foram detectadas em 71,4% das amostras (média = 12,37 ng g-1), no entanto, a maioria das amostras positivas (53%) apresentou níveis abaixo de 5, ng g-1 Em 61,2% das amostras houve co-ocorrência de fumonisinas e aflatoxinas O maior nível de fumonisinas detectado neste estudo foi 12 vezes menor que o valor de LOAEL, enquanto que 84,3% das amostras apresentaram níveis de aflatoxinas abaixo do limite considerado seguro pela EFSA Considerando a alta frequencia de contaminação das amostras de ração por fumonisinas e aflatoxinas, torna-se essencial o monitoramento contínuo da contaminação de milho e rações por micotoxinas ao longo de toda a cadeia produtiva a fim de minimizar as perdas econômicas e os riscos à saúde humana e animal O ic-ELISA padronizado e validado demonstrou sensibilidade, confiabilidade e uma boa correlação com o HPLC, apresentando potencial para triagem de aflatoxinas em amostras de ração para aves