02 - Mestrado - Fisiopatologia Clínica e Laboratorial
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Navegando 02 - Mestrado - Fisiopatologia Clínica e Laboratorial por Assunto "Adiponectina"
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Item Associação entre marcadores inflamatórios, anti-inflamatórios e metabólicos com a doença carotídea aterosclerótica subclínica em pacientes vivendo com HIV/AIDS(2019-08-16) Bellinati, Philipe Quagliato; Reiche, Edna Maria Vissoci; Breganó, José Wander; Capobiango, Jaqueline DarioIntrodução: O uso da terapia antirretroviral combinada (cART) pelas pessoas infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (HIV-1) tem proporcionado maior sobrevida destes indivíduos. Com isto, são expostos aos efeitos da idade e a outros fatores de risco relacionados à doença cardiovascular (DCV). A espessura da camada íntima-média da carótida interna (cIMT) tem sido associada com marcadores inflamatórios. No entanto, estudos da associação entre marcadores anti-inflamatórios com a cIMT são escassos e com resultados conflitantes. Objetivo: Determinar a associação entre marcadores da resposta inflamatória, anti-inflamatória e metabólica com a doença carotídea aterosclerótica subclínica em um grupo de pacientes infectados pelo HIV-1. Métodos: Foi realizado um estudo transversal em 49 pacientes com infecção pelo HIV-1 sem sintomas de doença aterosclerótica estabelecida, adultos, ambos os sexos e em tratamento com cART há, pelo menos, cinco anos, atendidos no Ambulatório de Especialidades do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina (AEHU/UEL). Foram inseridos, também 85 controles. A ultrassonografia doppler (USGD) de carótida foi realizada nos pacientes que foram, posteriormente, categorizados de acordo com a cIMT (<0,9 ou =0,9mm), grau de estenose (<50,0 ou = 50,0%) e presença de placa (=1,5 mm). Dados demográficos, fatores de estilo de vida e história médica foram coletados pela avaliação clínica e aplicação de um questionário padrão. Os marcadores avaliados foram leucócitos periféricos, níveis plasmáticos de fator de necrose tumoral (TNF)-a, interleucina (IL)-6, IL-10, adiponectina, proteína C reativa com método ultrassensível (usPCR), perfil lipídico, glicose, insulina e homocisteína. Além disso, foram avaliadas a contagem de linfócitos T CD4+ e a quantificação plasmática do RNA do HIV-1. As variáveis significativas obtidas no teste de análise de variância (ANOVA) entre os grupos com cIMT < 0,09 mm versus = 0,9 mm foram avaliadas usando três modelos diferentes de análise de regressão logística binária automática controlada por covariáveis que poderiam confundir a associação de interesse. Além disso, avaliamos a cIMT em dados contínuos por regressão linear em duas etapas e em 5 modelos, com os dados sociodemográficos (modelo #1), a presença de comorbidades (modelo #2), metabólicas (modelo #3), biomarcadores inflamatórios (modelo # 4) e dados associados à infecção pelo HIV-1 (modelo #5). Posteriormente, avaliamos as variáveis significativas na primeira etapa, os demais dados sociodemográficos e variáveis relacionadas ao HIV-1. Correlação de Spearman foi empregada para verificar a correlação entre cIMT, biomarcadores inflamatórios, anti-inflamatórios e metabólicos e variáveis relacionadas ao HIV-1. Odds ratio (OR) e intervalo de confiança de 95% (IC) também foram determinados. Resultados: Pacientes com HIV-1 apresentaram níveis mais elevados de usPCR (p=0,032), TNF-a (p<0,001), IL-6 (p=0,006), IL-10 (p=0,003), triglicerídeos (p=0,001) e insulina (p<0,001), e baixos níveis de adiponectina (p<0,001), colesterol total (p=0,015) e colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL-C) (p=0,024) do que os controles, após ajuste por idade, sexo, etnia, circunferência abdominal e uso de hipolipemiantes. A cIMT = 0,9 mm ou placa aterosclerótica nas artérias carótidas foi observada em 24 (48,9%) pacientes. Níveis diminuídos de adiponectina foram independentemente associados com cIMT = 0,9 mm, após ajustados por covariáveis de interesse [OR: 0,267, intervalo de confiança (IC) 95%: 0,089-0,801, p=0,019] e explicaram 18,7% dos resultados da variância da cIMT. A idade e tabagismo foram positivamente associados com cIMT (p=0,033 e p=0,028, respectivamente) e os níveis de adiponectina foram negativamente associados com cIMT (p=0,008); estas três variáveis explicaram 27,3% da variância dos valores da cIMT. As variáveis cART, contagem de LT CD4+ e a carga viral de HIV-1 não apresentaram associação com a cIMT, estenose e presença de placa. Além disso, os níveis plasmáticos de adiponectina foram negativamente correlacionados com cIMT (r=-0,319, p=0,026), tempo de diagnóstico do HIV-1 (r=-327, p=0,009), leucócitos periféricos (r=-0,442 , p=0,002), IL-6 (r=-0,370, p=0,009), IL-10 (r=-0,394, p=0,005), triglicerídeos (r=-0,564, p <0,001) e insulina (r=-0,487, p <0,001) em pacientes infectados pelo HIV-1. Ademais, a adiponectina foi correlacionada positivamente com o HDL-colesterol (r=0,573, p <0,001). Conclusão: Os resultados mostraram a elevada frequência de aterosclerose subclínica nos pacientes com infecção pelo HIV-1, bem como a associação entre os níveis reduzidos de adiponectina com a aterosclerose subclínica. Juntamente com a idade e tabagismo, a diminuição de adiponectina pode contribuir para o aumento do risco de DCV nestes pacientes. Portanto, os níveis de adiponectina podem ser um bom candidato para a previsão de aterosclerose subclínica. É um teste de baixo custo, fácil de usar em larga escala, mais acessível e pode ser útil para o manejo de pacientes com HIV-1 nos cuidados de saúde pública, principalmente onde o USGD não está disponível.Item Perfil de citocinas pró e anti-inflamatórias e adiponectina em pacientes com esclerose sistêmicaFerreira, Meline Angélica Cunha Rotter; Simão, Andréa Name Colado [Orientador]; Reiche, Edna Maria Vissoci; Oliveira, Karen Brajão deResumo: INTRODUÇÃO: A Esclerose Sistêmica (ES) é uma doença autoimune rara caracterizada por fibrose de múltiplos órgãos, envolvimento vascular e produção de autoanticorpos Apresenta um prognóstico grave, mortalidade prematura, podendo ser considerada como uma doença de difícil controle terapêutico A desregulação imune é um processo central na patogênese da ES Linfócitos e macrófagos produzem citocinas que induzem dano tecidual, recrutam células inflamatórias adicionais e promovem a produção de matriz extracelular e fibrose Os linfócitos T helper (Th) são provenientes de linfócitos Th CD4+ precursores (Th), que podem diferenciar-se em fenótipos diferentes e exclusivos - Th1, Th2, Th17 e células T reguladoras (Treg) dependendo do ambiente de citocinas, imunógeno e células envolvidas OBJETIVO: Avaliar os perfis de citocinas pró-inflamatórias, anti-inflamatórias e adiponectina e determinar modelos preditores que auxiliem no diagnóstico da ES SUJEITOS E MÉTODOS: Foram selecionados 117 participantes, sendo 42 pacientes com diagnóstico de ES (ES difusa, n=7 e ES limitada, n=35) e 75 indivíduos saudáveis (grupo controle) Todos os participantes foram avaliados quanto a sexo, etnia, índice de massa corporal (IMC), uso de medicamentos, entre outros dados Os níveis plasmáticos das citocinas pró-inflamatórias: interferon-gama (IFN-?), fator de necrose tumoral–alfa (TNF-a), interleucina (IL)-1ß, IL-2, IL-6 e das anti-inflamatórias IL-4, fator transformador de crescimento-beta (TGF-ß) e adiponectina foram determinados por imunofluorimetria (plataforma Luminex) As citocinas foram avaliadas individualmente e em perfis: pró-inflamatórios M1: (IL-1ß+IL-6+TNF-a) e Th1: (IL-2+IFN-?) As citocinas anti-inflamatórias formaram os perfis Th2+Treg: (IL-4+TGF-ß) e o sistema anti-inflamatório e imuno-regulatório (IL-4+TGF-ß+Adiponectina) RESULTADOS: O diagnóstico de ES foi fortemente associado à alteração dos níveis de citocinas sendo responsável por 67,6% de sua variância, com um forte impacto na variação nos níveis de IL-2 (43,7%), IL-4 (26,%) e adiponectina (24,2%) e moderado impacto na variação dos níveis de TGF-ß (19,3%) e IL-6 (12,7%) Os resultados também demonstraram que o diagnóstico está envolvido, principalmente no perfil Th2 e Treg, explicando 37,9% de sua variação Quando a adiponectina foi adicionada ao perfil anti-inflamatório, a variação aumentou para 45,7% Além disso, foi proposto um modelo estatístico utilizando citocinas pró (IL-2, IFN-?) e anti-inflamatórias (TGF-ß e adiponectina) para predizer a ES com alta sensibilidade (1%) e especificidade (91,7%) CONCLUSÃO: Pacientes com ES apresentaram um predomínio da resposta anti-inflamatória (Th2, Treg e adiponectina) e esses achados podem ser responsáveis pela característica fibrótica da doença Além disso, este é o primeiro estudo a demonstrar níveis mais altos de adiponectina em pacientes com ES Mais estudos são necessários para confirmar os resultados presentes, bem como investigar os achados contraditórios sobre a adiponectina