01 - Doutorado - Enfermagem
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Navegando 01 - Doutorado - Enfermagem por Assunto "Análise Espacial"
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Item Análise espacial e tendência temporal da infecção por HIV no estado do Paraná(2024-04-03) Montanha, Rafaela Marioto; Pieri, Flávia Meneguetti; Vasques, Christiane Inocêncio; Arcêncio, Ricardo Alexandre; Scholze, Alessandro Rolim; Kerbauy, GilselenaIntrodução: inovações tecnológicas têm expandido a abrangência e a eficácia dos serviços de saúde em termos de prevenção, de tratamento e de cuidados relacionados ao Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) em grupos específicos e em diversas regiões do mundo. No entanto, apesar desses progressos, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) persiste como uma urgente crise global de saúde. Objetivo: analisar a evolução temporal e a distribuição espacial da infecção pelo HIV no estado do Paraná e mapear os Determinantes Sociais de Saúde (DSS) relativos ao agravo. Método: a tese foi dividida em três estudos. Os dois primeiros tratam de uma revisão de escopo, tendo como pergunta de pesquisa “Quais são os determinantes sociais da saúde relacionados aos indivíduos adultos com HIV descritos nos estudos ecológicos?” O terceiro é um estudo ecológico de séries temporais e espacial desenvolvido nos 399 municípios do estado do Paraná no período de 2007 a 2022. Os dados foram obtidos pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e disponibilizados pela Secretaria da Saúde do Paraná. Para avaliar a tendência, empregou-se o modelo de regressão linear generalizada de Prais-Winsten, utilizando a decomposição de séries temporais. Para a análise espacial, aplicou-se o Índice de Moran. Resultados: foram identificados na revisão de escopo 1221 estudos, e a amostra final foi composta de 51 deles, com maior número de publicações em 2017 e em 2020. Houve predomínio de pesquisas em inglês, de estudos de análise espacial e de estudos conduzidos na região da África Subsaariana. Os dados revelaram uma preponderância de determinantes sociais, com ênfase na escolaridade, seguidos de determinantes ambientais, como a urbanização, e dos serviços de saúde, com destaque para não ter cobertura de seguro saúde. O terceiro estudo abrange uma amostra de 50.676 casos de HIV/aids notificados no estado do Paraná em um período de 15 anos. A taxa de incidência demonstrou uma tendência crescente, com um aumento médio de 2,14% ao mês (IC95% = 1,16 – 3,13). No período de 2007 a 2014, a média de casos no estado foi de 105,64 a cada 100.000 habitantes, enquanto, de 2015 a 2022, essa média aumentou para 159,20, mostrando variações significativas entre os municípios. Agrupamentos espaciais de alto risco permaneceram na região metropolitana até a capital e no litoral, e um novo agrupamento foi identificado na região norte do estado. Conclusão: as evidências identificadas sobre a relação entre o HIV e os DSS indicam um comportamento dinâmico, apresentando notáveis variações entre continentes, países e regiões. No Paraná, as taxas de incidência do HIV demonstraram uma tendência temporal crescente, e a análise espacial apontou padrões geoespaciais de alto risco nas principais regiões metropolitanas do estado e no litoral, caracterizadas por elevado grau de urbanização e por constante desenvolvimento econômico. O estudo teve avanços significativos ao identificar regiões com maior incidência do agravo, desempenhando um papel crucial na gestão pública estadual ao oferecer uma compreensão da distribuição da infeção pelo HIV. Além disso, também possibilitou a produção de indicadores de saúde, contribuindo para um planejamento equitativo e uma alocação eficiente de recursos em regiões endêmicas.Item Hanseníase em crianças e adolescentes no Paraná, 2001-2021(2023-12-05) Ferreira, Natalia Marciano de Araujo; Pieri, Flávia Meneguetti; Ramos, Antônio Carlos Vieira; Popolin, Marcela Antunes Paschoal; Barreto, Maynara Fernanda Carvalho; Lopes, Gilselena KerbauyA hanseníase é uma patologia antiga, que ainda representa problema para a saúde pública. Sua ocorrência em crianças e adolescentes pode indicar endemia oculta e transmissão na comunidade, além de comprometer a qualidade de vida das pessoas infectadas. Objetivo: Analisar as características da hanseníase em menores de 15 anos, quanto às incapacidades físicas, formas clínicas e seu comportamento em um estado do Sul do Brasil. Método: A tese foi dividida em quatro estudos. Os dois primeiros tratam da revisão de escopo, que após protocolo instituído e registrado, constituiu-se de busca em bases de dados, bibliotecas digitais e repositórios, seleção, extração dos dados e apresentação das evidências encontradas nos 27 artigos elencados. Os dois últimos têm como amostra os 428 casos notificados e confirmados de hanseníase em menores de 15 anos no estado do Paraná entre 2001 e 2021. O terceiro estudo apresenta uma análise de série histórica e tendência temporal em estado do Sul do Brasil, com dados de 2001 a 2021, realizada por meio do modelo de regressão de Prais-Winsten. Já o quarto, aborda a análise espacial dos casos notificados na localidade em questão, pelas técnicas Getis-Ord General G e Getis-Ord Gi*, para verificar a formação de aglomerados de alto risco das taxas de detecção de hanseníase e a identificação de áreas de alta ocorrência (hot spots) e baixa ocorrência (cold spots) de casos. Resultados: Os dados da revisão de escopo demonstraram o predomínio das formas tuberculoides e dimorfas entre os menores de 15 anos em diversos países, bem como a ausência de incapacidades instaladas em uma maioria de estudos transversais. Os dois últimos estudos tiveram como amostra os 428 casos notificados e confirmados de hanseníase em menores de 15 anos no estado do Paraná no período estudado. A série temporal mensal da detecção de hanseníase apresentou tendência decrescente entre 2001 e 2021 (APC= -8,35; IC95% = -0,00049 – -0,0003) e a análise espacial um z-score de 2,58 com a não aleatoriedade dos clusters (p<0,01) confirmada, constatando que no estado há formação de aglomerados de alto risco para as taxas de detecção de hanseníase. Além disso, a análise identificou hot spots e cold spots heterogeneamente distribuídos pelo espaço, que puderam ser relacionadas com as condições geográficas, de atenção à saúde e de determinantes sociais da saúde. Conclusão: Apesar desse estudo e outros demonstrarem a queda na incidência da doença nessa faixa etária, conhecer suas características e localização geográfica pode subsidiar ações estratégicas por parte da equipe e gestores de saúde, com o propósito de interromper a cadeia de transmissão da doença, bem como vislumbrar uma melhor qualidade de vida aos pacientes acometidos, mediante diagnóstico oportuno e tratamento eficaz.Item Segurança do paciente: análise espacial, ocorrência e gravidade de eventos adversos no ciclo gravídico-puerperal(2023-04-25) Franchi, Juliana Vicente de Oliveira; Cardelli, Alexandrina Aparecida Maciel; Pelloso, Sandra Marisa; Maciel, Sandra Mara; Ferrari, Rosangela Aparecida Pimenta; Pieri, Flávia MeneguettiIntrodução: a segurança à saúde materna no ciclo gravídico-puerperal necessita de cuidado qualificado para evitar desfechos maternos desfavoráveis. Objetivo: analisar a segurança à saúde materna no seguimento da gestação, parto e puerpério por meio da distribuição socioespacial, ocorrência e gravidade de eventos adversos maternos (EAM). Método: coorte prospectiva, realizada em três regionais de saúde do Paraná, com 690 mulheres, entre 2017 e 2018. Como técnica de coleta utilizou-se os dados da carteira da gestante, prontuário materno, entrevista com a mulher durante internação e visita domiciliar 06 meses após o parto. Realizou-se para espacialidade dos casos de EAM a razão do vizinho mais próximo (NNI) e densidade de Kernel. Para avaliação da segurança da assistência no pré-natal utilizou-se o índice de Kessner modificado por Takeda e no puerpério utilizou-se o escore de Vilarinho, Nogueira e Naganhama, adaptados aos pressupostos da política materno-infantil do Paraná. Para análise estatística aplicou-se o teste qui-quadrado entre variáveis independentes (socioespaciais, clínico-obstétricos e assistenciais) e dependente (EAM), posteriormente, análise multivariada com regressão logística. Resultados: o indicador socioeconômico de renda familiar (p=0,050) apresentou associação com o EAM. A espacialidade indicou aglomeração acima do esperado e alta densidade de EAM em duas regiões de Londrina. A segurança no Pré-natal obteve classificação adequada para 58,8% das gestantes, sofrendo interferência estatística com o tempo de início do Pré-natal (p=0,040); encaminhamento para serviço especializado (p=<0,001); continuidade do atendimento na atenção primária (p=<0,001); exames laboratoriais de alto risco (p=<0,001); coleta de citologia oncótica (p=<0,001); consulta odontológica (p=<0,001) e informação sobre o risco gestacional (p=<0,001). No puerpério mais da metade das mulheres (53,8%) recebeu classificação de segurança inadequada, sendo influenciada pela consulta puerperal até 10 dias (p=<0,00); avaliação das mamas (p=<0,00), palpação uterina (p=0,02), incisão cirúrgica (p=0,01), loquiação (p=<0,00); orientação sobre contraceptivo (p=<0,00), atividade física (p=<0,00), aleitamento materno (p=<0,00) e prescrição de método anticonceptivo (p=<0,00). O EAM ocorreu em 39,4% das mulheres, classificado conforme gravidade do dano em categoria F – temporário com prolongamento da hospitalização (38,6%), G – permanente (35,7%), H – necessidade de intervenção para manutenção da vida (7,0%) e E – temporário com necessidade de intervenção (18,8%). A análise de regressão logística ajustada apresentou associação significante entre EAM e os pressupostos do parto: técnicas não farmacológicas para alívio da dor (p=0,033, OR=1,53), parto conduzido por ocitocina (p=0,006, OR=1,75), dispositivo de acesso venoso (p=0,002, OR=2,29), uso de antimicrobianos (p=<0,001, OR=3,19), parto normal (p=0,005, OR=1,61), realizado pelo enfermeiro (p=<0,001, OR= 12,28); do puerpério: consulta puerperal até 10 dias (p=0,011, OR=1,52), na unidade básica de saúde (p=0,002, OR=1,79), avaliação do acesso (p=0,003, OR=1,65) e pesquisa de satisfação (p=0,001, OR=2,00). Conclusão: a análise espacial mostrou áreas de maior risco para ocorrência de EAM. A segurança no seguimento Pré-natal foi insatisfatória, apontando necessidade de acesso oportuno aos cuidados de alto risco. No seguimento do parto evidenciaram-se medidas intervencionistas e parto normal com lesões de períneo significativas. A segurança no cuidado puerperal mostrou-se fragilizada, sinalizando uma descontinuidade assistencial. Desenvolver intervenções que minimizem o impacto dos indicadores socioespaciais, clínico-obstétricos e assistenciais são importantes contributos na prevenção dos riscos de eventos adversos maternos