01 - Doutorado - Educação Física
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Navegando 01 - Doutorado - Educação Física por Assunto "Adolescents"
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Item Efeitos da fotobiomodulação no desempenho de atletas de futebol em jogos de campo reduzido(2022-10-19) Souza, Edirley Guimarães de; Ramos, Solange de Paula; Dourado, Antônio Carlos; Gonçalves, Helcio Rossi; Buzzachera, Cosme Franklin; Gomes, Paulo Sergio Chagas; Milanez, Vinícius FlávioO treinamento de atletas de futebol com jogos de campo reduzido (JCR) promove adaptações aeróbias e anaeróbias, na capacidade de realizar sprints, bem como a habilidade em realizar mudanças de direção. Além disso, também permite o aprimoramento das habilidades técnicas, táticas e de tomada de decisão. Dependendo do número de jogadores, regras e dimensões do campo, as sessões de JCR podem impor grande carga externa e interna aos jogadores. O uso de métodos ergogênicos associados ao JCR podem promover aumento do desempenho na sessão, reduzindo a fadiga. A fotobiomodulação é uma modalidade de tratamento com aplicação de luz de baixa potência, com comprimento de onda do vermelho ao infravermelho longo, para indução de fenômenos biológicos nos tecidos vivos. Estudos demonstram que a FBM tem efeito ergogênico em algumas modalidades de exercício aeróbios e anaeróbios. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da FBM sobre a carga externa e interna de trabalho, e no desempenho em acelerações e desacelerações e redução da fadiga em uma sessão de treino com JCR. Esta tese foi dividida em dois estudos. O estudo 1 analisou o efeito da FBM sobre o impulso de treinamento baseado em zonas de FC (TRIMPEdwards) e na distância total e percorrida em cinco zonas de velocidade. O estudo 2 determinou o efeito da FBM em séries consecutivas de JCR nas variáveis de número, tempo e distância total percorrida em acelerações e desacelerações. Ambos os estudos contaram com a participação de dezesseis jogadores de futebol juvenil sub-17, do sexo masculino, que foram submetidos a duas sessões de treinamento utilizando protocolo de JCR (4 x 4; 8 x 4 min; 20 x 30 m; Stop Ball), com a aplicação de FBM (630 nm, 4,5 J/cm2, 6 J em 17 pontos de cada membro inferior) ou placebo (CON). No estudo 1, não foram encontrados efeitos significativos da FBM na TRIMPEdwards (F(1,30) = 0,01532; p = 0,90; ?2 = 0,03), distância total por JCR (F (1,15) = 0,35; p = 0,56; ?2 = 0,24) e distância por zonas de velocidade: zona 1 (F(1, 30) = 0,018; p = 0,89; ?2 =0,02), zona 2 (F (1, 30) = 0,3708; p = 0,54; ?2 = 0,47), zona 3 (F(1, 30) = 0,4537; p = 0,50; ?2 = 0,51) e zona 4 (F(1, 29) = 3,874; p = 0,99; ?2 = 3,40). Apenas houve efeito do tempo na distância por jogo (F (7, 105) = 0,3522; p = 0,56; ?2 = 10,28), na carga interna (F (3.861, 115.8) = 3,781; p = 0,006; ?2 = 3,54), e na distância nas zonas 2 (F (4.681, 140.4) = 5,468; p = 0,002; ?2 = 9,32) e zona 3 (F (4.368, 131,0) = 3,234; p = 0,01; ?2 = 6,23). Desta forma, concluímos que a aplicação da FBM na dosimetria utilizada, não foi capaz de promover efeito ergogênico sobre a carga interna e externa em séries de JCR. No estudo 2, as variáveis acelerações e desacelerações não apresentaram interação entre as séries de JCR e o tratamento. As variáveis de JCR apresentaram apenas diferença intragrupo para número total de acelerações (F (7, 105) = 6,808; p<0,0001; ?2= 11,68), aceleração de alta intensidade (F (7, 105) = 2,58; p = 0,01; ?2 = 5,03), desacelerações totais (F (7, 105) = 0,97; p= 0,006; ?2= 5,69) e de muito alta intensidade (F (7,105) = 2,14; p= 0,04; ?2= 4,07). Na sessão FBM, houve redução do número de acelerações entre o JCR 1 e o 2 (p=0,01), 4 (p=0,02), 5 (p=0,0003), 6 (p=0,002), 7 (p=0,01) e 8 (p=0,002). A sessão CON apresentou redução no JCR 5 (p=0,04), 6 (p=0,008) e 8 (p=0,003). Para acelerações de alta intensidade foram encontradas diferenças apenas no grupo CON no JCR 6 (p=0,01) e 8 (p=0,01) em relação a primeira série. A sessão CON também apresentou redução do número de desacelerações de alta intensidade no JCR 5 (p=0,006). Nas demais variáveis, incluindo tempo e distância total percorrida em diferentes zonas de aceleração, não foi observada efeitos das séries, FBM e interação entre ambas as variáveis. Concluímos que a FBM não apresentou efeitos sobre o desempenho em ações de alta intensidade e redução de fadiga nas sessões de treinamento JCR. Os resultados dos estudos da tese sugerem que o comprimento de onda e dosimetria empregadas neste estudo não conferem vantagens sobre o desempenho físico e carga interna e externa em sessões de treinamento com JCR em atletas juvenis de futebol.Item Efeitos de 24 semanas de um programa para promoção da atividade física nos indicadores de saúde mental de adolescentes(2025-05-24) Corrêa, Renan Camargo; Stabelini Neto, Antonio; Ulbrich, Anderson Zampier; Silva, Danilo Rodrigues Pereira da; Freitas Junior, Ismael Forte; Barbosa Filho, Valter CordeiroA saúde mental dos adolescentes é uma questão crítica a nível global, afetando substancialmente sua qualidade de vida, desempenho escolar e desenvolvimento social. Dados recentes indicam um aumento na prevalência de problemas de saúde mental entre jovens, destacando a necessidade de intervenções eficazes. Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos de um programa multicomponente de promoção da atividade física (AF) sobre indicadores de saúde mental em adolescentes (depressão, ansiedade, estresse e bem-estar psicológico), utilizando um ensaio clínico randomizado e controlado por conglomerados (Cluster RCT), com duração de 24 semanas. O estudo contou com a participação de 295 adolescentes, com idades entre 12 e 15 anos, recrutados de quatro escolas. Os participantes foram alocados randomicamente em um grupo de intervenção (n = 143) e um grupo controle (n = 152) para controlar variáveis de confusão e assegurar a comparabilidade entre grupos. A seleção aleatória e a alocação foram realizadas utilizando um software estatístico para garantir a imparcialidade e validade dos resultados. A intervenção consistiu em duas sessões semanais de exercícios focados em fortalecimento muscular e atividades cardiorrespiratórias, realizadas no ambiente escolar. Paralelamente, os participantes receberam mensagens mediante a plataforma digital WhatsApp para incentivar a prática de AF fora do ambiente escolar. Esse suporte, conhecido como M-Health, foi personalizado para motivar a adesão contínua às práticas de AF. Os principais desfechos para a saúde mental incluíram medidas de estresse, ansiedade e depressão, utilizando a Escala DASS-21, e bem-estar psicológico, através do Kidscreen-27. Para mensurar a AF, aplicou-se o questionário PAQ-A. Foram empregadas Equações de Estimativas Generalizadas (GEE) para analisar as mudanças ao longo do tempo nos indicadores de saúde mental. Embora os resultados gerais não tenham demonstrado diferenças significativas entre os grupos para depressão, ansiedade e estresse, a análise estratificada por sexo revelou nuances importantes. Os grupos não apresentavam diferença estatisticamente significantes em relação às características basais, como idade média (13,8 anos), distribuição de gênero (aproximadamente 48,5% feminino), peso, altura e índices de saúde mental iniciais, assegurando condições similares no início do estudo. Adolescentes do sexo masculino no grupo de intervenção apresentaram níveis de ansiedade significativamente menores em comparação com o grupo controle (p = 0,01), sugerindo um possível efeito protetor da intervenção contra o aumento da ansiedade. No entanto, no grupo feminino, não foram observadas diferenças significativas para a maioria dos desfechos, e o grupo controle apresentou um aumento significativo no bem-estar psicológico (p = 0,03). Embora as comparações intergrupais utilizando GEE não tenham revelado diferenças estatisticamente significativas robustas, as melhorias observadas dentro dos grupos reforçam que intervenções podem ser eficazes na promoção da saúde mental dos adolescentes. Destaca-se, ainda, que o sexo pode moderar essa relação, apontando para possíveis diferenças no impacto das intervenções entre meninas e meninos. Em conclusão, este estudo demonstra que a implementação de programas nas escolas, aliada ao uso de tecnologias digitais de apoio, pode aumentar a adesão à atividade física e impactar positivamente a saúde mental dos jovens.Item Efeitos de um programa de promoção de atividade física na prática de atividade física, indicadores de aptidão física e cardiometabólicos em adolescentes(2022-04-18) Santos, Géssika Castilho dos; Stabelini Neto, Antonio; Queiroga, Marcos Roberto; Greguol, Márcia; Fernandes, Rômulo Araújo; Campos, Wagner deObjetivo geral: Analisar os efeitos do programa multicomponente de atividade física na promoção da atividade física, aptidão física e indicadores cardiometabólicos em adolescentes. Objetivos específicos foram: 1) verificar o efeito do programa ActTeens sobre a prática de atividade física, aptidão muscular e cardiorrespiratória, e indicadores de saúde cardiometabólica em adolescentes, 2) avaliar a implementação de um programa de intervenção multicomponente de promoção da AF em adolescentes brasileiros. Métodos: A presente tese adotou o modelo escandinavo. Foi desenvolvido e implementado uma intervenção de AF multicomponente, o qual teve uma duração de 12 semanas e incluiu três componentes principais: (1) sessões estruturadas de atividade física nas aulas de Educação Física; (2) auto-monitoramento associado com estabelecimento de metas diárias de passas; (3) orientação sobre um estilo de vida saudável (mHealth) (artigos 1 e 2). Duas escolas com cinquenta e cinco adolescentes (37,5% do sexo feminino; média de idade de 13,84±0,62 anos) foram incluídos no estudo e divididos em grupo intervenção (GI) ou grupo controle (GC). As variáveis analisadas foram: atividade física, aptidão muscular e cardiorrespiratória, indicadores de saúde cardiometabólica (glicose em jejum, pressão arterial e circunferência de cintura) e construtos teóricos (motivação autônoma, auto-eficácia e suporte social dos pais). Para análise de dados foram utilizadas as equações de estimativas generalizadas (EEG) e ANCOVA para analisar o efeito da intervenção intra e intergrupos. A avalição do processo foi realizada por uma equipe de avaliação independente utilizando checklist, por meio de observações e questionário para os alunos. Resultados: Foi observado que os adolescentes do grupo intervenção apresentaram aumentos significativos no tempo de prática de AF de intensidade moderada (média da diferença: 11,2 minutos/dia; IC 95%: 2,9; 21,0) e moderada à vigorosa (média da diferença: 18,9 minutos/dia, IC 95%: 5,9; 32,1) em comparação ao grupo controle. O grupo intervenção apresentou aumento significativo na resistência muscular de membros inferiores, na aptidão cardiorrespiratória e redução da pressão arterial sistólica e diastólica após 12 semanas de intervenção. Em relação ao estudo de avaliação do processo, a intervenção ActTeens teve um o alcance de 73,3%, com alta taxa de retenção dos participantes (96,3%), a satisfação reportada pelos adolescentes do GI com os componentes da intervenção, sessão estruturada e auto-monitoramento foram classificadas como alta (escore 5 e 4), já para a estratégia mHealth, 48,2% dos adolescentes do GI e 25% do grupo controle relataram que as mensagens recebidas os auxiliaram na adoção de um comportamento saudável. Conclusão: o presente estudo demonstrou que a intervenção multicomponente apresentou resultados positivos para a atividade física, bem como para os indicadores de aptidão física e pressão arterial. Em relação a avaliação do processo, de maneira geral, a intervenção teve boa aceitabilidade e alta satisfação com as estratégias adotadas no ambiente escolar e do auto-monitoramento mais estabelecimento individual de metas. No entanto, o mesmo não se comprovou para a estratégia de aconselhamento para um estilo de vida saudável (mHealth) quando utilizada de maneira isolada.