CCS - CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
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Navegando CCS - CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE por Assunto "Acesso aos serviços de saúde"
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Item Acesso a medicamentos para tratamento de fatores de risco cardiovascularPetris, Airton José; Souza, Regina Kazue Tanno de [Orientador]; Cordoni Junior, Luiz; Oliveira, Rosângela Ziggiotti de; Zubioli, Arnaldo; Fernandes, Karen Barros ParronResumo: INTRODUÇÃO: O acesso a medicamentos para tratamento da hipertensão arterial, diabetes e dislipidemias é um aspecto relevante do controle das doenças cardiovasculares OBJETIVO: Analisar a prevalência e a utilização de medicamentos para tratamento da hipertensão arterial, diabetes e dislipidemias MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo epidemiológico de base populacional com delineamento transversal em indivíduos com idade igual ou superior a 4 anos, residentes na área urbana do município de Cambé/PR Foram realizadas entrevistas para preenchimento de Formulário Estruturado sobre utilização de medicamentos, aferição de pressão arterial (PA) e coleta de sangue para exames laboratoriais RESULTADOS: Foram entrevistados 118 indivíduos, dos quais 1162 tiveram PA aferidas e 967 realizaram exames laboratoriais A prevalência estimada de hipertensão arterial foi de 56,4%, a de diabetes 13,6% e a de dislipidemias 69,2% As prevalências de tratamento medicamentoso entre as pessoas com hipertensão arterial, diabetes e dislipidemias foram, respectivamente, 62,% 59,1%, e 16,1% Entre os indivíduos com hipertensão arterial que se tratavam com medicamentos, 39,5% apresentaram PA classificadas como ótima, normal ou limítrofe; entre os indivíduos com diabetes que utilizavam medicamentos antidiabéticos, 35,9% tinham valores de glicemia de jejum (GJ) compatíveis com as categorias GJ normal e GJ alterada, e entre os indivíduos com dislipidemias que faziam uso de hipolipemiantes 22,2% apresentaram valores de Colesterol total <2mg/dl e/ou LDL-C <16 mg/dl e/ou Triglicérides <15mg/dl e/ou HDL-C homens =4mg/dl e mulheres =5mg/dl Os fármacos anti-hipertensivos mais utilizados foram hidroclorotiazida, enalapril, captopril, atenolol, anlodipino e losartana, sendo suas principais fontes de obtenção os serviços próprios do SUS (56,%) e as farmácias e drogarias privadas, mediante pagamento direto pelo usuário (32,%) Os fármacos antidiabéticos mais utilizados foram os antidiabéticos orais metformina e glibenclamida e a insulina NPH, obtidos principalmente nos estabelecimentos vinculados ao SUS (68,8%) e por aquisição com custeio próprio em farmácias e drogarias privadas (21,6%) Os fármacos hipolipemiantes mais utilizados foram sinvastatina (81,5%) e bezafibrato (6,5%), obtidos principalmente por pagamento direto em farmácias e drogarias privadas (52,2%) e serviços próprios do SUS (33,6%) CONCLUSÃO: O tratamento medicamentoso da hipertensão arterial mostrou-se superior ao de outras regiões do Brasil, enquanto o da diabetes é similar As unidades próprias do SUS eram os principais locais de aquisição de medicamentos para o tratamento da hipertensão e diabetes, o que sugere que as políticas públicas de Assistência Farmacêutica em Cambé/PR proporcionam boas condições de acessibilidade aos mesmos Para as dislipidemias, entretanto, o alcance das políticas ainda é limitado O baixo nível de controle da hipertensão, diabetes e dislipidemias pode indicar que o acesso aos medicamentos circunscreve-se ao domínio restrito É recomendado que o planejamento de ações de atendimento integral às pessoas com hipertensão arterial, diabetes e dislipidemias baseie-se nos conceitos linha de cuidados e redes matriciais de atenção à saúdeItem Acesso aos serviços de atenção primária à saúde pelos imigrantes bengaleses sob a ótica dos trabalhadores de saúdeDelamuta, Karly Garcia; Mendonça, Fernanda de Freitas [Orientador]; Carvalho, Brígida Gimenez; Lanza, Líria Maria BettiolResumo: Em meio ao cenário de intenso movimento migratório mundial, foi observada no município de Rolândia no Paraná, presença constante de imigrantes de Bangladesh nos serviços de saúde Bangladesh é um país ao sul da Ásia, populoso, com baixo índice de desenvolvimento humano e que 9% de sua população é formada por muçulmanos Em 217, o Brasil se manteve como maior produtor e exportador mundial de frango halal, ou seja, produzido conforme os princípios do Islã Neste contexto, o estado do Paraná destaca-se como o maior produtor de carne de frango do Brasil Assim, Rolândia conta com dois grandes frigoríficos de frango, portanto, uma região atraente para este imigrante ao configurar potencial campo de trabalho Com uma população estimada de 7 pessoas, os imigrantes bengaleses em Rolândia demandam direitos sociais Assim, o objetivo deste trabalho é compreender como acontece o acesso desta população à atenção primária à saúde em Rolândia Esta pesquisa utiliza uma abordagem qualitativa de caráter exploratório e descritivo e foi realizada com trabalhadores da unidade básica de saúde localizada na região com maior concentração de bengaleses Para a coleta de dados, a princípio, foi realizada observação participante da rotina de trabalho desta unidade durante 1 mês, entre março e abril de 217 Em seguida, entre abril e julho de 217, foram entrevistados 13 trabalhadores que estão vinculados a este serviço há mais de dois anos Os entrevistados revelaram que a diferença cultural interfere nos encontros que envolvem trabalhador de saúde e imigrantes bengaleses e evidenciaram, dentre as barreiras culturais, o idioma como principal fator dificultador desta relação Esta condição desperta nos trabalhadores sentimentos e posturas diversos, alguns se sentem preparados e outros despreparados para o atendimento desta população Desta forma, situações de discriminação se evidenciaram, ainda que alguns trabalhadores não tenham essa clareza e afirmaram que os imigrantes são bem atendidos De modo geral, os participantes relatam que no início da migração era mais difícil a troca de informações, mas que vivenciaram, com o passar do tempo, melhora na relação dos bengaleses com a atenção primária à saúde, principalmente porque os imigrantes passaram a compreender melhor o funcionamento do serviço Assim, pode-se concluir que esta relação entre trabalhador e imigrante, bem como a forma de organização do serviço de saúde interferem diretamente no caminho percorrido pelo imigrante dentro da atenção primária Espera-se que este trabalho possa auxiliar na compreensão da complexidade dos diversos aspectos que envolvem a relação entre os imigrantes bengaleses e os trabalhadores da atenção primária, bem como ampliar o acesso desta populaçãoItem Avaliação da acessibilidade aos serviços de atenção primária e longitudinalidade do cuidado entre adultosRadigonda, Bárbara; Cordoni Junior, Luiz [Orientador]; Cunha, Elenice Machado da; Silva, Regina Lúcia Dalla Torre; Nicoletto, Sônia Cristina Stefano; Carvalho, Wladithe Organ de; Souza, Regina Kazue Tanno de [Coorientadora]Resumo: A atenção primária em saúde (APS) deve ser o contato preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e o centro de comunicação com toda a rede de atenção A acessibilidade e a longitudinalidade estão entre os atributos essenciais da APS e influenciam na efetividade do cuidado e satisfação do usuário Avaliações produzidas a partir de análises do cotidiano detectam carências e contribuem para o aperfeiçoamento da APS O presente estudo tem como objetivo analisar e avaliar a acessibilidade aos serviços de atenção primária e a longitudinalidade do cuidado em grupo populacional de adultos Trata-se de um estudo transversal composto por adultos de 4 anos ou mais, participantes de estudo de base populacional – VIGICARDIO - realizado no município de Cambé – Paraná, em 211 Em 215, foi realizado o segundo contato com a população entrevistada no baseline para verificar as alterações ocorridas no perfil de risco cardiovascular Para avaliação do presente estudo, utilizaram-se questões propostas no PCATooL-Brasil para usuários adultos sendo construída uma matriz de indicadores e calculado o escore individual, escore do indicador e índice composto das dimensões de análise – acessibilidade organizacional e longitudinalidade Os resultados foram julgados de acordo com os valores obtidos: 2,-1,8 (Excelente); 1,79-1,4 (Satisfatório); 1,39-1, (Regular); <1, (Crítico) Na análise descritiva e de associação foram incluídas variáveis sociodemográficas, econômica, uso de medicamento, hipertensão arterial e diabetes autorreferidas As análises foram realizadas por meio da regressão de Poisson com ajuste de variância robusta e nível de significância de 5% Foram entrevistados 885 adultos, entre os 118 participantes do baseline Entre os 92,5% dos indivíduos que mencionaram ter um serviço de referência, a Unidade Básica de Saúde (UBS) foi o serviço mais citado para o primeiro contato para um problema de saúde não urgente A acessibilidade organizacional à UBS mostrou-se inferior à dos demais serviços analisados – especializados do SUS e convênio/particular A maioria dos indicadores de acessibilidade à UBS apresentou resultados considerados críticos e a obtenção de aconselhamento pelo telefone foi o pior indicador da dimensão A proporção dos que conseguem atendimento pelo telefone foi significativamente mais elevada entre as mulheres (p=,1) e a facilidade para marcar consulta de revisão mais elevada entre os homens (p=,3) Ter vínculo com um médico e considerá-lo referência para o acompanhamento da saúde, foi citado por 55,2% dos entrevistados, sendo o médico da UBS o mais referido A maioria dos indicadores de relação interpessoal apresentou resultados satisfatórios ou excelentes Telefonar e falar com o médico foi o pior indicador dessa dimensão com resultado crítico nos serviços públicos Após análise ajustada, nenhum fator permaneceu associado à longitudinalidade do cuidado A pesquisa revelou vínculo entre a população atendida e o profissional médico, no entanto há problemas na acessibilidade organizacional que apontam para necessidade de estratégias que aprimorem esses atributos visando a acessibilidade e longitudinalidade do cuidado e, consequentemente, a orientação dos serviços para o fortalecimento da APSItem Caracterização dos processos de judicialização na saúdeBatistella, Paula Mestre Ferreira; Haddad, Maria do Carmo Fernandez Lourenço [Orientador]; Girotto, Edmarlon; Ferrari, Rosângela Aparecida PimentaResumo: A judicialização como fenômeno de garantia do direito social à saúde é crescente no Brasil, devido à definição constitucional de saúde no país, que contempla a integralidade Nesse contexto, foram desenvolvidos dois estudos, sendo uma revisão integrativa, com o objetivo de analisar as evidências científicas nacionais e internacionais sobre os tipos de ações de judicialização da saúde publicadas entre 27 e 217 Foram selecionados 3 estudos, sendo 27 nacionais e três internacionais No Brasil, os tipos de ações em sua maioria foram demandas por medicamentos Nos estudos internacionais foi encontrado ação por medicamento na Colômbia, cobertura de benefícios na Argentina e internação para tratamento psiquiátrico na Espanha O segundo estudo teve por objetivo caracterizar os processos de judicialização da saúde em um município de grande porte Estudo descritivo, quantitativo e documental Foram identificados 76 processos A maioria dos impetrantes tinha idade acima de 6 anos Em 55,3% dos processos a representação foi feita por advogados particulares e 44,7% pelo Ministério Público do Paraná A solicitação por medicamentos representou 88,1% dos pedidos, com destaque para o grupo terapêutico dos agentes antineoplásicos (41%) e terapia endócrina (8,4%) Dos medicamentos solicitados, 99,2% tinham registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária e 8,1% não estavam presentes na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais 71,7% das prescrições foram por emitidas por médicos que atuavam na rede pública de saúde O valor total gasto com judicialização no período estudado foi acima de 55 milhões de reais Os resultados indicam que as prescrições médicas de medicamentos não padronizados podem estar relacionadas a falta de informações do profissional prescritor ou indução por parte da própria indústria farmacêutica, fazendo com que o judiciário de forma irracional conceda o direito ao usuárioItem Condições de saúde bucal e utilização de serviços odontológicos entre adultos de 40 anos ou mais : estudo de base populacionalKasai, Maria Luiza Hiromi Iwakura; Souza, Regina Kazue Tanno de [Orientador]; Morita, Maria Celeste; Carvalho, Brígida Gimenez; Sakai, Márcia Hiromi; Hidalgo, Mirian MarubayashiResumo: O presente estudo teve por objetivo analisar as condições de saúde bucal e a utilização de serviços odontológicos entre adultos de 4 anos ou mais e fatores associados Realizou-se estudo transversal de base populacional, com amostra representativa de 118 indivíduos residentes na região urbana de Cambé, no período de fevereiro a junho de 211 Esta pesquisa faz parte de um estudo mais abrangente – Projeto VigiCardio Foram calculadas medidas de associação expressas pelas razões de prevalências (RP) brutas e ajustadas, estimadas por modelos de regressão de Poisson univariados e múltiplos, com estimadores robustos de variância A média de idade dos indivíduos foi de 54,6 anos e 54,4% eram mulheres O edentulismo total foi observado em 22,7% dos indivíduos, a prevalência de mais de doze dentes perdidos foi de 49,7% e a média de dentes perdidos foi igual a 15,6 (mediana de 12,) A necessidade de tratamento dentário atual foi citada por 67,6%, e 37,8% consultaram o dentista há três anos ou mais No modelo final, após análise ajustada pela regressão de Poisson os fatores que permaneceram significativamente associados aos desfechos foram: a) perda dentária superior a 12 dentes: ser do sexo feminino (RP=1,397; IC95%: 1,243;1,57); ter mais de 6 anos de idade (RP = 1,73; IC95%: 1,551;1,931); ter cursado até 7 anos de estudo (RP = 2,74; IC95%: 1,71;2,516); e ter realizado a última consulta com o dentista há três anos ou mais (RP = 1,297; IC95%: 1,161;1,449); b) consulta ao dentista há três anos ou mais: ser do sexo feminino (RP = ,71; IC95%: ,575;,877); ter cursado até 7 anos de estudo (RP = 2,76; IC95%: 1,627;2,648); possuir alguma prótese dentária (RP = ,72; IC95%: ,571;,862);e necessitar de tratamento dentário atual (RP = 2,155; IC95%: 1,52;3,56); c) necessidade de tratamento dentário atual: última consulta ao dentista há três anos ou mais (RP = 1,174; IC95%: 1,95;1,26); sangramento na gengiva (RP = 1,132; IC95%: 1,49;1,222); presença de dente amolecido (RP = 1,117; IC95%: 1,38;1,23); e insatisfação com os dentes/boca (RP = 1,517; IC95%: 1,381;1,666) Os resultados aqui apresentados apontam desigualdade no acesso aos serviços odontológicos e iniquidade na atenção, e indicam a necessidade de ampliação da oferta de serviços odontológicos e das opções de tratamento no âmbito do SUS à população adulta idosa e não idosaItem Mortalidade infantil : análise dos casos após alta das maternidades, entre 2000 e 2013Santos, Elieni Paula dos; Ferrari, Rosângela Aparecida Pimenta [Orientador]; Martins, Christine Baccarat de Godoy; Cardelli, Alexandrina Aparecida MacielResumo: A população infantil faz parte de um grupo vulnerável, pois a resolução de seus agravos depende daqueles que os cercam A associação dos fatores biológicos e do meio onde vivem, somada às falhas do sistema de saúde, pode aumentar o risco de morte deste grupo etário Com o intuito de elucidar os elementos que levam à mortalidade infantil, este estudo teve como objetivo analisar as mortes infantis após alta das maternidades e a trajetória percorrida nos serviços de saúde do adoecimento ao óbito Para isto, foram investigados os menores de um ano de idade que receberam alta hospitalar após o nascimento e morreram posteriormente, buscando traçar a trajetória da família em busca de assistência à saúde Foi realizado um estudo quantitativo retrospectivo descritivo transversal, de 2 a 213, em município localizado na região Norte do Paraná, sul do Brasil Os dados foram obtidos a partir das informações da Declaração de Nascido Vivo, Declaração de Óbito e das Fichas de Investigação do Óbito Infantil do Comitê Municipal de Prevenção de Mortalidade Materno-Infantil do Núcleo de Informação de Mortalidade da Secretaria de Saúde Municipal A população de estudo totalizou 249 óbitos infantis, sendo 1% (24) no período neonatal e 9% (225) no pós-neonatal A mortalidade nos 14 anos de estudo reduziu de 18,1% para 13,9% A idade média das crianças na ocasião do óbito foi de 137,4 dias, mínimo de três e máximo 355 Quanto à caracterização materna, 8% delas realizaram pré-natal em serviço público, 52,2% com mais de sete consultas O parto vaginal ocorreu em 52,6% do total de nascimentos O local do parto para 63,4% foi em hospitais que atendem gestação de baixo risco Houve associação estatisticamente significativa apenas entre o local do parto e o componente infantil (p=,2) Quanto às características das crianças, 58,6% eram do sexo masculino e 77,5% da raça branca, 78,2% nasceram sem asfixia no primeiro minuto, 63,8% com peso acima de =25 gramas e 71,5% com idade gestacional =37 semanas Após alta da maternidade, 8,7% foram acompanhadas em consultas de puericultura e 7,5% no serviço público A relação entre realizar ou não consulta de puericultura (p=,1) e fazer até duas consultas (p=,) demonstrou maior risco de morte O óbito ocorreu para 61,5% em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica Entre as 249 mortes infantis, 217 (87,1%) foram classificadas como causa básica evitável, sendo 28,6% por causas externas, 26,7% malformações congênitas, 11,5% doenças infecciosas e parasitárias e 11,1% afecções perinatais Aproximadamente 68% foram classificadas sendo Reduzíveis através de parcerias com outros setores, 23,9% Reduzíveis por ações de prevenção, diagnóstico e tratamento precoce e 7,9% Reduzíveis por adequada atenção à mulher na gestação, parto e ao recém-nascido As mães percorreram em média três serviços de saúde para resolução do agravo de seu filho, além das consultas regulares previamente agendadas Concluiu-se que ainda que a mortalidade infantil tenha reduzido neste município ao longo dos anos, ainda se faz necessária a organização de serviços de saúde que ofereçam atendimento integral e resolutivo àqueles que os procurarem