Mortalidade infantil : análise dos casos após alta das maternidades, entre 2000 e 2013

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Santos, Elieni Paula dos

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Resumo

Resumo: A população infantil faz parte de um grupo vulnerável, pois a resolução de seus agravos depende daqueles que os cercam A associação dos fatores biológicos e do meio onde vivem, somada às falhas do sistema de saúde, pode aumentar o risco de morte deste grupo etário Com o intuito de elucidar os elementos que levam à mortalidade infantil, este estudo teve como objetivo analisar as mortes infantis após alta das maternidades e a trajetória percorrida nos serviços de saúde do adoecimento ao óbito Para isto, foram investigados os menores de um ano de idade que receberam alta hospitalar após o nascimento e morreram posteriormente, buscando traçar a trajetória da família em busca de assistência à saúde Foi realizado um estudo quantitativo retrospectivo descritivo transversal, de 2 a 213, em município localizado na região Norte do Paraná, sul do Brasil Os dados foram obtidos a partir das informações da Declaração de Nascido Vivo, Declaração de Óbito e das Fichas de Investigação do Óbito Infantil do Comitê Municipal de Prevenção de Mortalidade Materno-Infantil do Núcleo de Informação de Mortalidade da Secretaria de Saúde Municipal A população de estudo totalizou 249 óbitos infantis, sendo 1% (24) no período neonatal e 9% (225) no pós-neonatal A mortalidade nos 14 anos de estudo reduziu de 18,1% para 13,9% A idade média das crianças na ocasião do óbito foi de 137,4 dias, mínimo de três e máximo 355 Quanto à caracterização materna, 8% delas realizaram pré-natal em serviço público, 52,2% com mais de sete consultas O parto vaginal ocorreu em 52,6% do total de nascimentos O local do parto para 63,4% foi em hospitais que atendem gestação de baixo risco Houve associação estatisticamente significativa apenas entre o local do parto e o componente infantil (p=,2) Quanto às características das crianças, 58,6% eram do sexo masculino e 77,5% da raça branca, 78,2% nasceram sem asfixia no primeiro minuto, 63,8% com peso acima de =25 gramas e 71,5% com idade gestacional =37 semanas Após alta da maternidade, 8,7% foram acompanhadas em consultas de puericultura e 7,5% no serviço público A relação entre realizar ou não consulta de puericultura (p=,1) e fazer até duas consultas (p=,) demonstrou maior risco de morte O óbito ocorreu para 61,5% em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica Entre as 249 mortes infantis, 217 (87,1%) foram classificadas como causa básica evitável, sendo 28,6% por causas externas, 26,7% malformações congênitas, 11,5% doenças infecciosas e parasitárias e 11,1% afecções perinatais Aproximadamente 68% foram classificadas sendo Reduzíveis através de parcerias com outros setores, 23,9% Reduzíveis por ações de prevenção, diagnóstico e tratamento precoce e 7,9% Reduzíveis por adequada atenção à mulher na gestação, parto e ao recém-nascido As mães percorreram em média três serviços de saúde para resolução do agravo de seu filho, além das consultas regulares previamente agendadas Concluiu-se que ainda que a mortalidade infantil tenha reduzido neste município ao longo dos anos, ainda se faz necessária a organização de serviços de saúde que ofereçam atendimento integral e resolutivo àqueles que os procurarem

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Palavras-chave

Enfermagem pediátrica, Mortalidade infantil, Acesso aos serviços de saúde, Recém-nascidos, Morte, Pediatric nursing, Infant mortality, Neonatal mortality

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