CCS - CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
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Navegando CCS - CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE por Assunto "Accidental falls"
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Item Efetividade da dupla tarefa associada ao treino de marcha e neuromodulação na qualidade de vida e preocupação em cair em indivíduos com doença de Parkinson : ensaio clínico controlado randomizado(2024-08-23) Melanda, Alessandra Cattaneo Estrada; Smaili, Suhaila Mahmoud; Machado, Daniel Gomes da Silva; Lavado, Edson LopesIntrodução: Estudos sobre qualidade de vida (QV) e preocupação com quedas na doença de Parkinson (DP) buscam, em geral, compreender como os sintomas motores e não motores impactam nesses desfechos. Por se tratar de desfechos complexos e multifatoriais, é necessário que a QV e a preocupação com quedas tenham protagonismo em estudos clínicos, bem como quais abordagens terapêuticas são mais efetivas e se há benefício adicional em terapias combinadas para o seu manejo. Objetivo: Verificar a efetividade do treino de dupla tarefa (DT) associada ao treino de marcha em esteira e eletroestimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) anódica na QV e preocupação em cair em indivíduos com DP. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado controlado, cego, composto por 37 indivíduos de ambos os sexos, com DP leve a moderada e sem declínio cognitivo, alocados em dois grupos: 1) Grupo Experimental (GE; n = 19) que realizou treino de DT + treino de marcha em esteira + ETCC anódica e 2) Grupo Controle (GC; n = 18) que realizou treino de marcha em esteira + ETCC anódica. Foram realizadas 12 sessões de intervenção, três vezes por semana. O treino de DT baseou-se na aplicação de um protocolo composto por 3 níveis, com 6 tarefas em cada nível e com evolução gradativa de complexidade, aplicadas durante 18 minutos do treino de marcha na esteira. A corrente foi aplicada no córtex pré-frontal dorsolateral esquerdo, com intensidade de 2 mA, concomitante ao treino de marcha. Para avaliação da qualidade de vida foi utilizado o Parkinson’s Disease Questionnaire (PDQ-39) e a preocupação em cair foi avaliada pela Escala Internacional de Eficácia de Quedas (FES-I). As avaliações foram realizadas em três momentos: pré-intervenção, pós-intervenção e após um período de follow up de 4 semanas. A ANOVA two way de medidas repetidas foi utilizada para comparação dos grupos de acordo com a intervenção, o tempo e a interação grupo vs tempo. Resultados: Um total de 37 indivíduos foram analisados. Houve melhora significante da QV no GE (efeito tempo) entre os momentos pré e pós-intervenção, nos domínios: mobilidade, bem-estar emocional e pontuação total da PDQ-39; e entre os momentos pré-intervenção e follow up no domínio cognição e na pontuação total da PDQ-39. Para o GC, houve melhora entre os momentos pré e pós-intervenção nos domínios desconforto corporal e pontuação total da PDQ-39. Não foram observadas diferenças entre os grupos. Entretanto, houve interação do tempo vs. grupo, apenas para o domínio cognição (p=0,015), com melhora entre os momentos pré e follow up, a favor do GE (d=-0,71). Com relação à preocupação em cair medida pela FES-I, não houve diferenças significantes quando considerado o fator tempo, grupo e a interação tempo vs. grupo. Conclusão: A adição da DT a um protocolo combinado de treino de marcha em esteira e ETCC anódica, não foi efetiva em melhorar a QV e preocupação em cair nos indivíduos com DP, com exceção do domínio cognição da PDQ-39.Item Percepção do medo de cair em pessoas idosas não institucionalizadasSilva, Carolina Kruleske da; Trelha, Celita Salmaso [Orientador]; Fujisawa, Dirce Shizuko; Teixeira, Denilson de CastroResumo: Introdução: O medo de cair nas pessoas idosas tem se destacado por sua relevância clínica Compreender a percepção da pessoa idosa em relação ao medo de cair por meio da associação de métodos quantitativos e qualitativos de pesquisa pode ser útil na construção de conhecimentos neste campo Objetivo: Verificar a prevalência do medo de cair em pessoas idosas não institucionalizadas e analisar sua percepção quanto ao medo e ao risco de quedas, considerando diferentes grupos Tipo de estudo: Estudo transversal analítico, quali-quantitativo Método: Cento e trinta e oito pessoas idosas, não institucionalizadas, de ambos os gêneros, participaram da primeira fase do estudo, foram avaliadas por meio Falls Efficacy Scale – International (FES-I) e responderam questões de caracterização da amostra, incluindo histórico de quedas e autopercepção da saúde A partir destes resultados, nove idosos foram selecionados para a segunda fase do estudo e participaram da entrevista semiestruturada abordando o histórico de quedas, presença de medo ou percepção do risco de cair em atividades funcionais e de vida diária, sendo os dados apresentados de forma simultânea Resultados: Quase 9% dos participantes relataram medo de cair em ao menos um item da FES-I, sendo observadas diferenças estatisticamente significantes na pontuação da escala em relação ao histórico de quedas (P=,4); autopercepção da saúde (P<,1); prática de atividade física regular (P=,5) e faixa etária (P=,4) Os itens “andando em superfície escorregadia”, “caminhando em superfície irregular” e “subindo ou descendo escadas” foram citados com maior frequência, indicando a preocupação dos participantes em cair durante a realização de atividades que envolvem mobilidade, associada a condições extrínsecas desfavoráveis As entrevistas apontaram situações que refletem a percepção das pessoas idosas quanto ao risco de quedas, incluindo fatores intrínsecos e ambientais Justificativas para alta pontuação em itens específicos da FES-I surgiram como experiências pessoais de quedas e reconhecimento dos fatores de risco No entanto, ressalta-se o fato de que pessoas com baixas pontuações na escala apresentaram relatos de maior exposição a situações de risco, independente do histórico de quedas Conclusões: Foi identificada elevada prevalência do medo de cair em pessoas idosas não institucionalizadas, sendo influenciada por diferentes variáveis, incluindo a autopercepção da saúde, histórico de quedas e prática de atividade física regular A análise dos relatos obtidos por meio da entrevista semiestruturada mostrou diferenças relacionadas ao medo de cair, que incluíram desde a restrição de atividades, até a exposição ao risco de quedas e acidentesItem Tradução, adaptação transcultural e avaliação das propriedades psicométricas do Falls Risk Awareness Questionnaire (FRAQ) : FRAQ-BrasilLopes, Anália Rosário; Trelha, Celita Salmaso [Orientador]; Fernandes, Karen Barros Parron; Dellaroza, Mara Solange GomesResumo: Contextualização: O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial Entretanto, a população brasileira de idosos vem aumentando em ritmo mais acelerado do que nos países desenvolvidos Nesse contexto, as quedas e as consequentes lesões resultantes constituem problema de saúde pública e de grande impacto social, não somente devido às altas prevalências a cada ano, mas também à morbidade e mortalidade daí advindas Objetivos: Traduzir e adaptar culturalmente o instrumento canadense Falls Risk Awareness Questionnaire (FRAQ) para a população idosa brasileira, além de avaliar as propriedades psicométricas deste instrumento Método: Foram utilizadas as diretrizes internacionais de Beaton e colaboradores, as quais incluem: tradução, retrotradução, revisão pelo comitê de especialistas, pré-teste e avaliação dos documentos pelos autores Em seguida, o questionário na versão final em português foi aplicado a 12 idosos a fim de se avaliar as propriedades de medida Os participantes foram entrevistados duas vezes na primeira avaliação (examinador 1 e 2 com intervalo de tempo de 3 a 6 minutos) e, novamente, entre 2 a 7 dias pelo examinador 1 A consistência interna foi estimada pelo coeficiente alfa de Cronbach Para avaliar a confiabilidade intra e interavaliadores utilizou-se o coeficiente Kappa para as variáveis categóricas, já para as variáveis numéricas utilizou-se o coeficiente de correlação intraclasse (modelo 2-way mixed) e seus respectivos intervalos de confiança de 95% e o teste de concordância de Bland e Altman que permite visualizar a diferença média entre as medidas e os limites extremos de concordância Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Londrina (9/212) Resultados: Após todo o processo de tradução e adaptação, modificações e ajustes foram realizados e a versão brasileira do FRAQ foi adquirida mantendo-se a equivalência semântica, idiomática, cultural e conceitual A consistência interna foi de a = ,95, já na confiabilidade intra-examinador obteve-se coeficiente de correlação intraclasse excelente (CCI-3,1) = ,91(IC95%: ,84 – ,94) e Kappa de ,89 demostrando muito boa concordância O Bland e Altman, por meio da diferença da média teve um viés = -,52 com os limites de concordância superior = 1,89 e inferior = -2,95, também demonstrando boa concordância Quanto à confiabilidade interexaminador obteve-se CCI = ,78(IC95%: ,69 – ,84), Kappa = ,76 e viés = ,12 (LCS = 4,4; LCI = -3,8) Conclusão: A tradução e adaptação transcultural do FRAQ para a população idosa brasileira foi realizada com sucesso O instrumento demonstrou excelente confiabilidade e consistência interna, tornando-se útil para avaliar a percepção do risco de queda entre os idosos brasileiros, assim como possibilitar comparações entre populações de idosos de diferentes países