02 - Mestrado - Ciências Fisiológicas
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Navegando 02 - Mestrado - Ciências Fisiológicas por Autor "Gerardin, Daniela Cristina Ceccatto"
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Item Avaliação de parâmetros comportamentais e reprodutivos em ratos expostos à Passiflora incarnata durante a gestação e amamentaçãoBacchi, André Demambre; Moreira, Estefânia Gastaldello [Orientador]; Lucion, Aldo Bolten; Gerardin, Daniela Cristina CeccattoResumo: A Passiflora incarnata é comercializada em muitos países como fitoterápico e é prescrita principalmente como sedativa e ansiolítica Ainda que as diretrizes de prescrição médica para a maioria dos fitoterápicos comercializados recomendem sua utilização sob supervisão médica durante a gestação, estudos reprodutivos e de desenvolvimento são escassos e não obrigatórios para fins regulatórios Para avaliar a toxicidade reprodutiva e do desenvolvimento da Pincarnata, administramos, por gavage, a ratas Wistar, 3 ou 3 mg/kg deste fitoterápico, do dia gestacional (DG) ao dia pós-natal (DPN) 21 O tratamento com P incarnata não influenciou o ganho de peso corpóreo e o consumo de ração, bem como não alterou o desempenho reprodutivo (perda pós-implantação, tamanho da ninhada, peso da ninhada) das mães O desenvolvimento físico dos filhotes (ganho de peso corporal, dia da abertura vaginal ou separação prepucial), bem como o comportamento no teste de campo aberto nos DPN 22, 35 e 75 também não foram influenciados por este tratamento A avaliação comportamental de filhotes no labirinto em cruz elevado indicou um aumento da porcentagem de entradas nos braços abertos em filhotes machos expostos à dose de 3 mg/kg, mas esse efeito foi restrito ao DPN 22 O comportamento copulatório foi prejudicado nos filhotes machos adultos expostos à dose de 3 mg/kg de P incarnata Neste grupo, apenas 3 dos 11 filhotes foram considerados sexualmente competentes, ou seja, apresentaram intromissão e ejaculação quando expostos a uma fêmea em fase de estro Este prejuízo comportamental não foi acompanhado por alterações nos níveis plasmáticos de testosterona, peso de glândulas e órgãos relacionados ao sistema reprodutor e contagem espermática e distância anogenital A hipótese de que a alteração da aromatização durante o período perinatal e/ou de longa duração pode estar associada com o efeito observado merece investigação mais aprofundadaItem Avaliação do estresse agudo de restrição no recrutamento de neutrófilos para a cavidade peritoneal na vigência do processo inflamatório induzido por carragenina(2020-02-27) Scacco, Gustavo; Dionisio, Andressa de Freitas Mendes; Gomes, Gislaine Garcia Pelosi; Pinge Filho, Phileno; Gerardin, Daniela Cristina Ceccatto; Pavanelli, Wander RogerioResumo: O estresse representa um dos maiores problemas de saúde e produtividade. Eventos estressantes causam alterações autonômicas e neuroendócrinas, promovendo inúmeras consequências emocionais, comportamentais, cardiovasculares e imunológicas. Um número crescente de estudos tem focado na importância da ativação de receptores beta-adrenérgicos no controle da resposta imunológica, uma vez que a ativação desses receptores presentes em células do sistema imune inato está relacionada à ações anti-inflamatórias. Contudo, a relação entre estresse agudo de restrição e recrutamento de neutrófilos para o foco inflamatório não está totalmente elucidada. Desta maneira, o presente estudo objetivou determinar o efeito do estresse agudo de restrição na migração de neutrófilos para a cavidade peritoneal induzida pela administração de carragenina e o envolvimento dos receptores beta-adrenérgicos neste processo. Foram utilizados camundongos machos adultos Swiss com oito semanas. Os animais foram pré-tratados com propranolol 5 mg/kg por via subcutânea (s.c.), antagonista dos receptores ß1 e ß2-adrenérgicos, ou Atenolol 20 mg/kg/s.c., antagonista dos receptores ß1-adrenérgicos, 30 minutos antes da restrição. Para induzir o estresse agudo de restrição, os animais foram colocados em tubo cônico de centrífuga de 50 mL com ventilação por 2 horas. Após, essas 2 horas, o processo inflamatório foi induzido pela administração intraperitoneal de carragenina 500 µg/cavidade. Após 4 horas de administração de carragenina, a migração de leucócitos, neutrófilos e células mononucleares, a produção de ânion superóxido e óxido nítrico foi determinada a partir do lavado peritoneal. Os resultados foram apresentados como média ± erro padrão da média (EPM). Diferenças entre os grupos foram avaliadas pela análise de variância de uma via (One-Way ANOVA) seguido do teste de Tukey. Foram consideradas diferenças significativas para p<0,05. Todos os experimentos foram realizados após aprovação da comissão de ética no uso de animais sob o número 14993.2018.74/2018. Nossos resultados demonstram que o estresse agudo de restrição promoveu efeito modulador no sistema imunológico inato, pois houve redução da produção de ânion superóxido, migração de leucócitos totais, neutrófilos, células mononucleares para a cavidade peritoneal induzida por carragenina e aumento de óxido nítrico. Além disso, verificamos também que o tratamento com propranolol antes dos camundongos serem submetidos ao estresse agudo de restrição preveniu a alteração desses parâmetros. Por outro lado, o atenolol não foi capaz de promover o mesmo efeito. Desta forma, nossos dados sugerem que o estresse agudo por restrição reduz a produção de ânion superóxido e induz aumento de óxido nítrico promovendo a redução do recrutamento neutrófilos para o foco inflamatório e consequentemente aumento da suscetibilidade a infecções e esse efeito é mediado pela ativação de receptores ß2 – adrenérgicos, pois o pré tratamento com propranolol evitou a redução do recrutamento dos neutrófilos.Item A exposição de ratas wistar ao topiramato durante a adolescência não causa alterações cardiovasculares e biométricas a curto e a longo prazoSilva, Deborah Gomes da; Ceravolo, Graziela Scalianti [Orientador]; Gerardin, Daniela Cristina Ceccatto; Franco, Maria do Carmo PinhoResumo: Atualmente, é reconhecido que as condições ambientais no início da vida contribuem para o desenvolvimento de doenças na vida adulta A exposição a fármacos, por exemplo, em estágios iniciais do desenvolvimento biológico, como a adolescência, pode favorecer o estabelecimento de doenças Nesse contexto, o topiramato (TOP) é um agente terapêutico aprovado para o tratamento de epilepsia e profilaxia da enxaqueca em adolescentes Recentemente, tem sido descrito que o tratamento com esse fármaco pode contribuir com o desenvolvimento de doenças vasculares por aumentar fatores de risco vascular O aumento desses fatores está associado com disfunção endotelial Entretanto, pelo menos em fêmeas, os efeitos do tratamento com TOP durante a adolescência sobre a função do endotélio vascular ainda não foram investigados Além disso, os poucos dados sobre este tratamento na literatura não fazem distinção entre os sexos e desconsideram que os hormônios sexuais femininos, como os estrógenos, possuem papel modulador sobre o sistema cardiovascular Assim, este estudo objetivou avaliar a função do endotélio vascular, o papel dos receptores estrogênicos a (ERa) e ß (ERß) em modular a resposta contrátil e relaxante e parâmetros biométricos e cardiovasculares de ratas adolescentes e adultas tratadas com TOP durante a adolescência Para isso, ratas Wistar foram tratadas com TOP (41 mg/kg) ou veículo (grupo CTR) por gavagem do dia pós-natal (DPN) 28 ao 5 (adolescência em roedores) No final do tratamento, os grupos TOP e CTR foram distribuídos e avaliados no DPN 51 ou 9 (na fase estro) A massa corporal e o consumo de ração foram monitorados diariamente durante o tratamento (DPN 28-5) e semanalmente (DPN 57, 64, 71, 78 e 85) até o DPN 9 Em ambos os períodos, DPN 51 e 9, as ratas foram avaliadas quanto: reatividade da aorta torácica para fenilefrina (Fenil), acetilcolina (ACh) e nitroprussiato de sódio (NPS), reatividade de anéis de aorta com endotélio para Fenil e ACh após antagonismo dos ERa e ERß, índice de Lee (IL), depósitos de tecido adiposo branco (TAB) e marrom (TAM), pressão arterial (PA) e frequência cardíaca (FC) Como resultado, não houve diferença na massa corporal e consumo de ração monitorados diariamente durante o tratamento ou semanalmente até o DPN 9 A resposta vascular para Fenil, ACh e NPS também foi similar entre os grupos TOP e CTR no DPN 51 e 9 Ainda, o antagonismo dos ERa ERß não alterou a resposta para Fenil e ACh a curto e longo prazo Entretanto, o tratamento com TOP aumentou o depósito de TAM no DPN 51 – o que não se manteve no DPN 9, sem interferir no TAB, IL, PA e FC a curto e longo prazo Em conclusão, o tratamento com TOP durante a adolescência não causa disfunção do endotélio vascular ou altera a modulação estrogênica via ERa e ERß em ratas Wistar adolescentes e adultas Entretanto, ele aumenta apenas o depósito de TAM a curto prazo, sem alterar outros parâmetros biométricos e cardiovasculares Esses resultados sugerem que o TOP não afeta o padrão saúde-doença, em relação aos parâmetros avaliados, no período e dose utilizado