CCB - CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
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Navegando CCB - CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS por Autor "Abib, José Antônio Damásio"
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Item Análise de efeitos indesejáveis do reforço positivoCampos, Anthônia de; Gongora, Maura Alves Nunes [Orientador]; Abib, José Antônio Damásio; Haydu, Verônica BenderResumo: O controle positivo do comportamento exerce um papel central na constituição do corpo teórico da Análise do Comportamento Na literatura comportamental, encontramos muitos estudos que discutem os efeitos desejáveis do reforço positivo Por outro lado, muito pouco se discute a respeito de seus possíveis subprodutos indesejáveis A teoria do reforço positivo fundamenta, de modo geral, as intervenções conduzidas pelos analistas do comportamento Se o objetivo do analista do comportamento é, além de prever, controlar o comportamento, então, defende-se que é pertinente conhecermos o maior número possível de efeitos, que possam ser produzidos pelo tipo de controle que usamos em nossas intervenções A presente pesquisa tem como objetivo levantar e analisar possíveis efeitos indesejáveis do reforço positivo Para isso, foram conduzidos dois estudos: Estudo I – Descrição das principais posições de B F Skinner sobre os efeitos indesejáveis do reforço positivo; Estudo II – Descrição de estudos no campo da Análise do Comportamento que apresentam discussões a respeito dos efeitos indesejáveis do reforço positivo No primeiro estudo foram selecionados textos nos quais Skinner abordava questões referentes à definição, aplicação e efeitos das contingências de reforçamento positivo As informações encontradas nesses textos foram organizadas em quatro temas: 1) a evolução do comportamento; 2) limites encontrados no processo de variação e de seleção; 3) seleção da suscetibilidade às conseqüências naturais e às conseqüências reforçadoras; 4) o sistema ético skinneriano e a sobrevivência das culturas No segundo estudo, foi realizado um levantamento bibliográfico, a fim de se verificar as posições de outros analistas do comportamento (além de Skinner) sobre os efeitos indesejáveis do reforço positivo A pesquisa bibliográfica foi realizada por meio de: a) levantamento em quatro bases de dados do Portal de Periódicos da CAPES através do cruzamento de palavras-chave; b) levantamento de estudos através da referência bibliográfica de três textos que apresentaram discussões relevantes a respeito dos efeitos indesejáveis do reforço positivo; c) levantamento de estudos na coleção „Sobre Comportamento e Cognição", em grupos de estudos cadastrados nos diretórios do CNPq e no banco de teses e dissertações do Portal de Periódicos da CAPES As informações obtidas no estudo II foram organizadas em quatro tópicos: 1) posições de Perone (23); 2) posições de Balsam e Bondy (1983); 3) principais efeitos indesejáveis do reforço positivo encontrados nos textos selecionados; 4) debate entre Epstein (1985) e Balsam e Bondy (1985) sobre os efeitos indesejáveis do reforço positivo Os resultados da busca bibliográfica mostraram que os efeitos indesejáveis do reforço positivo, examinados por Skinner, são muito pouco discutidos na literatura comportamental Verificou-se que, dos 26 textos recuperados, apenas quatro apresentavam quase que exclusivamente, discussões sobre os efeitos indesejáveis do reforço positivo Os demais textos apenas citavam a possibilidade de ocorrência de tais efeitos, mas tinham como objetivo principal discutir outros temas Além disso, foram constatadas diferenças importantes entre os efeitos indesejáveis do reforço positivo discutidos por Skinner, descritos no estudo I, e os efeitos indesejáveis encontrados no estudo II Após análise das posições de Skinner, observou-se que o autor demonstra uma preocupação com toda a teoria do reforço positivo, principalmente em relação à suscetibilidade evoluída ao reforço positivo e às conseqüências imediatas Já nos textos levantados no estudo II, verificou-se que os autores apresentam preocupações mais relacionadas aos efeitos indiretos da aplicação de procedimentos de reforço positivo No entanto, também foram observadas algumas semelhanças nos resultados dos dois estudos Foi observado que os autores, nos dois estudos, mostraram que alguns efeitos indesejáveis do reforço positivo são produzidos pelo próprio estímulo (e não pelo uso inadequado do procedimento) como o imediatismo e efeitos emocionais Também, nos dois estudos, os autores descrevem implicações dos efeitos indesejáveis do reforço positivo para alguns problemas sociais, que se mantém na atualidade, como por exemplo, o controle abusivo que pode ser imposto por certos governos e por outras agências de controle Discute-se, nesta pesquisa, a complexidade envolvida em qualquer tipo de controle comportamental e que o uso do reforço positivo, não é um procedimento simples para que o cuidado e os estudos relativos aos seus efeitos sejam negligenciados Por isso, defende-se que devemos compreender não somente os efeitos diretos do reforço positivo (a frequência da resposta), mas olhar além, procurando compreender seus efeitos indiretos, sejam eles desejáveis ou indesejáveisItem Duas definições comportamentais de punição : história, conceitos e implicaçõesMayer, Paulo César Morales; Gongora, Maura Alves Nunes [Orientador]; Abib, José Antônio Damásio; Costa, Carlos EduardoResumo: Atualmente as principais definições de punição em Análise do Comportamento são: a definição de Skinner (1953/23) e a definição de Azrin e Holz (1966/1975) O presente artigo tem como objetivo explicitar os aspectos mais relevantes de cada uma dessas definições Para atingir tal objetivo, estratégias variadas de busca bibliográfica foram realizadas, dentre elas, buscas com palavras-chave nas bases de dados PsycINFO e Scielo e recuperação de textos clássicos do assunto Com base na leitura dos textos recuperados realizou-se a descrição de alguns aspectos históricos destas duas formulações e discutiram-se algumas das implicações decorrentes de cada uma delas Constatou-se que essas definições implicam diferentes concepções de punição Para Skinner, punição é entendida como um “procedimento”, o qual ele define pela apresentação de um estímulo reforçador negativo ou retirada de um positivo Skinner considera que o efeito direto da punição (supressão de respostas) é, geralmente, temporário e que este procedimento apresenta efeitos indiretos (subprodutos emocionais e fortalecimento de respostas incompatíveis com a resposta punida), que são, na maioria das vezes, prejudiciais para o indivíduo punido e para a sociedade E para explicar punição Skinner estabelece que os seus efeitos são explicados pelo processo de reforçamento negativo Para Azrin e Holz punição, além de um procedimento, é também considerada um processo comportamental, caracterizado pela redução na probabilidade do comportamento Autores favoráveis a essa definição, geralmente argumentam que os subprodutos emocionais da punição, apontados por Skinner, são decorrentes do tipo de estimulação utilizada e não uma particularidade do procedimento Nessa concepção de punição, a eficácia em suprimir respostas é tida como resultante do arranjo adequado de contingências e a explicação de seus efeitos supressores se dá pela relação direta entre o comportamento e a conseqüência, assim como se supõe quanto ao reforço positivo, mas em direção oposta No campo aplicado essas distinções resultam em uma polaridade entre autores incondicionalmente contrários ao uso de punição e autores que defendem seu uso para situações críticas, com o uso de estímulos aversivos moderados No campo teórico cada definição tende a derivar linhas de pesquisa distintas Skinner parecia mais interessado no estudo dos efeitos do uso de estimulação aversiva Já Azrin e Holz pareciam buscar as condições e estímulos apropriados para se suprimir uma determinada classe de respostas Outro aspecto teórico, decorrente desses diferentes posicionamentos, que se destaca, diz respeito ao papel da punição na teoria operante: Punição deveria afigurar-se apenas como um procedimento ou deveria também ser considerada um princípio comportamental? Com os dados aqui apresentados e discutidos, pretendeu-se contribuir para uma melhor compreensão dos diferentes posicionamentos de analistas do comportamento a respeito deste complexo tema: a puniçãoItem Posicionamentos skinnerianos quanto ao uso do controle aversivo pelas agências de controleGodinho, Bruna Del Giudice Machado; Gongora, Maura Alves Nunes [Orientador]; Gon, Márcia Cristina Caserta; Abib, José Antônio DamásioResumo: O campo de estudo, denominado controle aversivo, é constituído pelas contingências de reforçamento negativo e de punição positiva e negativa O uso do controle aversivo tem sido alvo de muitas críticas dentro da comunidade científica As críticas às contingências aversivas, normalmente, são dirigidas aos subprodutos emocionais que se mostram prejudiciais às pessoas controladas e ao poder positivamente reforçador que essas contingências exercem sobre os controladores Por isso, Skinner normalmente recomenda o “controle intencional” de pessoas por meio de contingências de reforço positivo A justificativa do autor para tal recomendação se baseia no fato de que esse tipo de contingência, em geral, não acarreta subprodutos desfavoráveis ao controlado O controle intencional de grupos é comum e tratado por Skinner como necessário quando se trata de cultura e sobrevivência cultural As agências de controle, por ele analisadas (governo, religião, educação, economia e psicoterapia), envolvem um tipo de controle das pessoas mais poderoso do que o controle face a face, visto que manipulam conjuntos particulares de variáveis, operando assim com maior sucesso Os objetivos dessas agências normalmente envolvem o estabelecimento e manutenção de práticas culturais que beneficiem a cultura e ao grupo como um todo Como Skinner normalmente é conhecido tanto por defender posições desfavoráveis ao uso do controle aversivo quanto por defender posições favoráveis ao controle de grupos para benefício cultural, segue a seguinte pergunta: Skinner, quando trata do controle realizado pelas agências de controle [um tipo de prática cultural], mostra-se favorável ao uso de algum tipo de controle aversivo? Se o faz, em que situações isso ocorreria? Para responder a essas perguntas foi conduzida uma pesquisa teórico-conceitual, dividida em três passos: o primeiro consistiu de uma seleção de textos skinnerianos em que o autor apresentava conceitos e posicionamentos sobre controle aversivo e agências de controle; o segundo consistiu da leitura e transcrição das informações levantadas e o terceiro consistiu da organização das informações obtidas (resultados) em quatro temas: (1) descrições skinnerianas sobre o uso do controle aversivo pelas agências de controle, (2) posicionamentos de Skinner a favor do uso do controle aversivo pelas agências de controle, (3) controle aversivo e controle ético, e (4) efeitos ineficazes e eficazes do uso do controle aversivo quando utilizado pelas agências de controle Entre os resultados encontrados, destacam-se algumas posições skinnerianas favoráveis ao uso do controle aversivo pelas agências de controle, em situações específicas As situações específicas, em geral, são aquelas nas quais esse tipo de controle se mostrou útil para a sobrevivência da cultura Procedimentos para a aquisição e manutenção do comportamento de autocontrole e para o controle ético, por exemplo, são recomendados por Skinner e incluem o uso de contingências aversivas Todavia, não se pode afirmar que o autor é, então, absolutamente favorável ou contrário ao uso do controle aversivo pelas agências de controle Mesmo no contexto dessas agências, suas posições, a respeito do uso do controle aversivo, são variadas e precisam ser compreendidas em suas justificativas particulares para cada situação por ele analisada