Posicionamentos skinnerianos quanto ao uso do controle aversivo pelas agências de controle

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Resumo

Resumo: O campo de estudo, denominado controle aversivo, é constituído pelas contingências de reforçamento negativo e de punição positiva e negativa O uso do controle aversivo tem sido alvo de muitas críticas dentro da comunidade científica As críticas às contingências aversivas, normalmente, são dirigidas aos subprodutos emocionais que se mostram prejudiciais às pessoas controladas e ao poder positivamente reforçador que essas contingências exercem sobre os controladores Por isso, Skinner normalmente recomenda o “controle intencional” de pessoas por meio de contingências de reforço positivo A justificativa do autor para tal recomendação se baseia no fato de que esse tipo de contingência, em geral, não acarreta subprodutos desfavoráveis ao controlado O controle intencional de grupos é comum e tratado por Skinner como necessário quando se trata de cultura e sobrevivência cultural As agências de controle, por ele analisadas (governo, religião, educação, economia e psicoterapia), envolvem um tipo de controle das pessoas mais poderoso do que o controle face a face, visto que manipulam conjuntos particulares de variáveis, operando assim com maior sucesso Os objetivos dessas agências normalmente envolvem o estabelecimento e manutenção de práticas culturais que beneficiem a cultura e ao grupo como um todo Como Skinner normalmente é conhecido tanto por defender posições desfavoráveis ao uso do controle aversivo quanto por defender posições favoráveis ao controle de grupos para benefício cultural, segue a seguinte pergunta: Skinner, quando trata do controle realizado pelas agências de controle [um tipo de prática cultural], mostra-se favorável ao uso de algum tipo de controle aversivo? Se o faz, em que situações isso ocorreria? Para responder a essas perguntas foi conduzida uma pesquisa teórico-conceitual, dividida em três passos: o primeiro consistiu de uma seleção de textos skinnerianos em que o autor apresentava conceitos e posicionamentos sobre controle aversivo e agências de controle; o segundo consistiu da leitura e transcrição das informações levantadas e o terceiro consistiu da organização das informações obtidas (resultados) em quatro temas: (1) descrições skinnerianas sobre o uso do controle aversivo pelas agências de controle, (2) posicionamentos de Skinner a favor do uso do controle aversivo pelas agências de controle, (3) controle aversivo e controle ético, e (4) efeitos ineficazes e eficazes do uso do controle aversivo quando utilizado pelas agências de controle Entre os resultados encontrados, destacam-se algumas posições skinnerianas favoráveis ao uso do controle aversivo pelas agências de controle, em situações específicas As situações específicas, em geral, são aquelas nas quais esse tipo de controle se mostrou útil para a sobrevivência da cultura Procedimentos para a aquisição e manutenção do comportamento de autocontrole e para o controle ético, por exemplo, são recomendados por Skinner e incluem o uso de contingências aversivas Todavia, não se pode afirmar que o autor é, então, absolutamente favorável ou contrário ao uso do controle aversivo pelas agências de controle Mesmo no contexto dessas agências, suas posições, a respeito do uso do controle aversivo, são variadas e precisam ser compreendidas em suas justificativas particulares para cada situação por ele analisada

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Palavras-chave

Controle aversivo (Psicologia), Punição (Psicologia), Behaviorismo (Psicologia), Aversive control, Punishement (Psiychology)

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