01 - Doutorado - Saúde Coletiva
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Navegando 01 - Doutorado - Saúde Coletiva por Autor "Baduy, Rossana Staevie [Coorientadora]"
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Item Histórias e trajetórias de pessoas com úlcera de perna em busca de tratamentoTrincaus, Maria Regiane; Melchior, Regina [Orientador]; Baduy, Rossana Staevie; Carvalho, Brígida Gimenez; Haddad, Maria do Carmo Fernandez Lourenço; Ferraz, Maria Isabel Raimondo; Baduy, Rossana Staevie [Coorientadora]Resumo: As úlceras, mais especificamente as de perna, levam os indivíduos a passar por uma experiência de enfermidade que abrange múltiplos aspectos (físicos, sociais, cognitivos, culturais e psicológicos) necessitando de abordagens mais amplas para que o problema/aflição deles seja resolvido ou pelo menos amenizado A pessoa com úlcera de perna sofre estigmatização, dor intensa e tende a isolar-se socialmente com o intuito de autoproteger-se, além do longo período de evolução destas lesões O objetivo desta pesq uisa foi compreender como as pessoas com úlceras de perna constroem suas trajetórias na busca pelo tratamento destas feridas A metodologia escolhida foi a qualitativa Foi utilizada a história de vida como perspectiva de abordagem metodológica, a qual culminou na construção dos itinerários terapêuticos Foram realizadas entrevistas utilizando-se de uma questão norteadora: Conte-me a sua história com esta ferida Foram entrevistados nove pacientes, em tratamento no Ambulatório de Feridas do CEDETEG, e três itinerários foram analisados em profundidade A presença da úlcera foi utilizada como situação marcadora Para análise do itinerário terapêutico foram utilizados os conceitos de rizoma de Deleuze e Guatarri (211), redes vivas de Merhy (214) e redes de Feuerwerker A dor e o (auto)preconceito foram evidenciados nos relatos chegando a interferir no cotidiano familiar A análise do itinerário terapêutico nos leva a um movimento rizomático pelo qual as pessoas constroem suas trajetórias em busca de tratamento para estas feridas Ferramentas como acolhimento, escuta, vínculo, responsabilização, mostraram-se imprescindíveis para a relação profissional-usuário e a manutenção do paciente no serviço, dando-lhe assim oportunidade digna de tratamento Compreendemos que os itinerários terapêuticos foram construídos conforme novas entradas surgiam no rizoma, enquanto outras linhas mais frágeis eram rompidas A fragilização dos serviços de saúde e das condutas contribuíram para a cronicidade deste agravo A busca por melhor qualificação tende, além de melhorar a autoestima do profissional, melhorar também a assistência prestada à comunidade, mas necessita, contudo, do reconhecimento do gestor A proximidade dos serviços com Instituições de ensino pode ser uma alternativa para estimular a busca por qualificação A abertura do profissional para acolher e responsabilizar-se pelas pessoas com feridas crônicas ou outros agravos são imprescindíveis para que o cuidado ocorra Verificamos que na maioria dos serviços de atenção básica e especializada o modelo assistencial biomédico ainda é hegemônico A transformação das práticas em saúde passa pela formação dos profissionais, mas também pela gestão dos serviços, que carecem de um trabalho integrado e colaborativo em rede, onde Atenção Básica e Especializada se complementem e se apoiem mutuamente A reflexão pelos profissionais de saúde sobre essas práticas e a educação permanente são essenciais para esse processoItem O usuário-guia e as redes de cuidado : movimentos cartográficos de produção de vidaOliveira, Kátia Santos de; Melchior, Regina [Orientador]; Capozzolo, Angela Aparecida; Santos, Mara Lisiane de Moraes dos; Lima, Josiane Vívian Camargo de; Bortoletto, Maira Sayuri Sakay; Baduy, Rossana Staevie [Coorientadora]Resumo: Cuidar é mais que um ato, é uma atitude É tema da produção do humano e não é exclusivo da saúde Tem a ver com solidariedade, com suporte, com apoio e com produção de vida Mesmo com diferentes arranjos, ao longo do tempo e segundo os diferentes modos de viver, está relacionado com a construção da teia de relações e encontros que conformam a vida No que diz respeito à saúde, o cuidado pode ser produzido nos serviços que compõem a rede de atenção à saúde, por meio de encontros entre trabalhadores e usuários, ou de forma autônoma pelo próprio usuário que constrói redes vivas, na busca de atender as suas necessidades Os objetivos deste estudo foram: Analisar o cuidado produzido e compartilhado no sentido de atender às necessidades de saúde do usuário, buscando assim dar visibilidade aos movimentos produzidos, nos diferentes espaços/equipes cuidadoras e pelo próprio usuário e seus familiares, para articular redes e produzir cuidado Para isso, tomou-se como ponto de partida um usuário do Serviço de Atenção Domiciliar que guiou a pesquisadora por caminhos e processos percorridos por ele, na construção de um mapa cartográfico de cuidado, durante os meses de setembro de 216 a julho de 218 A aposta foram os encontros, inicialmente com trabalhadores do Serviço de Atenção Domiciliar e, posteriormente, encontros guiados pelo usuário, percorrendo com ele e sua família os pontos das redes de cuidado formais e as redes vivas que vinham sendo produzidas Ao iniciar o trabalho de campo, iniciou-se também o processo de produção da pesquisadora-cartógrafa, que precisou desconstruir o olhar armado do olho-retina e trazer para cena a vibratilidade do corpo e do olhar que passou a dar visibilidade e dizibilidade aos afetos dos encontros, e com isso colocar em análise suas próprias implicações Desse modo a cartografia foi sendo construída, e alguns analisadores foram elencados como produtos desta construção cartográfica: Vida Pulsante e Redes Vivas em Acontecimento; Cuidado para além do Protocolar: a tensão e a disputa entre as tecnologias do trabalho em saúde; A Dinamicidade nos Modos de Produção do Cuidado: qual projeto terapêutico? e As Redes de Atenção: idas e vindas do protocolo à singularização do cuidado