01 - Doutorado - Saúde Coletiva
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Navegando 01 - Doutorado - Saúde Coletiva por Autor "Baduy, Rossana Staevie"
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Item Ação coletiva e cooperação : por uma nova regionalização no SUSAndrade, Silvia Karla Azevedo Vieira; Mendonça, Fernanda de Freitas [Orientador]; Castro, Lumena Almeida; Lima, Luciana Dias de; Baduy, Rossana Staevie; Carvalho, Brígida GimenezResumo: O processo de regionalização no SUS encontra entraves para sua efetivação, considerando a diversidade e complexidade dos territórios regionais no país e as limitações nas relações federativas Essas limitações, embora percebidas pelos atores que participam dos espaços de discussão e de tomada de decisões, se cristalizam no cotidiano técnico-político da gestão e do planejamento em saúde Frente a esses pressupostos, esse estudo objetiva compreender como ocorre a ação coletiva e a cooperação no território regional com vistas à estruturação de um plano de ação para uma nova regionalização no SUS O embasamento do estudo contemplou os conceitos do federalismo, das relações de poder e da ação coletiva, que se entrelaçaram como referentes em um mapa teórico conceitual O caminho do estudo foi estruturado a partir da metodologia de pesquisa-ação, de abordagem qualitativa, envolvendo os sujeitos atuantes no território e percorrendo três etapas subsequentes: a etapa diagnóstica, que teve dois momentos de coleta, a etapa de imersão, que identificou e estruturou espaços de ação coletiva e, por fim, a etapa de interposição, que oportunizou a estruturação do plano de ação para a regionalização Como resultados do estudo, foram identificados os elementos da ação coletiva e do exercício do poder no âmbito da relação federativa, bem como aspectos limitadores da atuação dos entes frente às suas competências, além de fatores que limitam ou potencializam a ação coletiva no território, que se expressa por meio da cooperação e coordenação de políticas públicas no planejamento regional no SUS Foram também experimentadas estratégias em potencial para fortalecer a ação coletiva no cotidiano das relações federativas e das relações de poder neste local e, por fim, foi elaborado um plano de ação, como exercício de propositiva de caminhos para uma nova regionalização no SUS Esses caminhos apontaram para a necessidade de estruturação de espaços dialógicos horizontais no território regional e da pactuação de um contrato da ação pública entre os entes federativos, para o compartilhamento de responsabilidades melhor definidas entre esses entes, que preceda a contratualização de ações e serviços e sintetize o planejamento regional das políticas públicas de saúdeItem Cartografia do cuidado ao cuidador : encontros, resistências e produção de linhas de fugaGrandi, Ana Lúcia de; Melchior, Regina [Orientador]; Santos, Mara Lisiane de Moraes dos; Santos, Nereida Lúcia Palko dos; Bortoletto, Maira Sayuri Sakay; Baduy, Rossana Staevie; Lima, Josiane Vivian Camargo de [Coorientadora]Resumo: A partir do referencial da micropolítica do trabalho e cuidado em saúde, desejamos cartografar, neste trabalho, o cuidado do cuidador, vivenciar as experiências do cuidador na produção do seu cuidado e na produção do cuidado do outro, pensando o cuidado do cuidador como processo singular e necessário para o estabelecimento de relações com o outro e da afetividade Para isso, acompanhamos um Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) e, durante os encontros junto à cuidadora, nos impregnamos de sua existência e de sua trajetória para acompanhar como o cuidador vivencia seu cuidado Assim, nos construímos enquanto cartógrafa e, analisando nossas próprias implicações com o tema do cuidado do cuidador, surgiram dois analisadores: o SAD como local de produção de vínculo e cuidado integral e a dificuldade da continuidade do cuidado na rede de atenção; a solidão da cuidadora e seus movimentos de resistência Os encontros com a cuidadora-guia permitiram perceber sua multiplicidade, a nossa e a dos trabalhadores da saúde As relações de conflito, vivenciadas pela cuidadora com as equipes de trabalhadores em diferentes serviços, demonstram a necessidade de construir projetos terapêuticos compartilhados, além de encontros afetados pela falta de tecnologias leves O rompimento do vínculo e a descontinuidade do cuidado em saúde são fatores agravantes para o não alcance da integralidade e potencializador da solidão do cuidador A solidão da cuidadora está relacionada ao isolamento social vivido em decorrência de não ter com quem dividir as tarefas de cuidar Outra questão é a invisibilidade do cuidador para os trabalhadores e para os serviços de saúde que focam seu cuidado ao usuário em um recorte biológico, sem percepção das singularidades e da vida do cuidador Para isso, existe a necessidade de criação de espaços efetivos em que os trabalhadores possam colocar em análise o trabalho realizado, dando visibilidade às forças que estão influenciando o seu fazer, buscando conhecer a vida do usuário, do cuidador e da família Nosso desafio é dar visibilidade a essa complexidade do cuidador, produzindo redes efetivas e a continuidade do cuidado para esses casosItem Fisioterapia na atenção básica : reflexões sobre um processo em construção no município de Londrina-PRQuartiero, Cíntia Raquel Bim; González, Alberto Durán [Orientador]; Carvalho, Brígida Gimenez; Trelha, Celita Salmaso; Ribeiro, Kátia Suely Queiroz Silva; Baduy, Rossana StaevieResumo: Introdução: A fisioterapia, marcada pelo seu histórico como profissão reabilitadora pautada no modelo biomédico, nos últimos anos vem aprimorando sua práxis profissional no contexto da atenção básica com ênfase no modelo biopsicossocial de produção do cuidado, a partir da inserção do fisioterapeuta no SUS, com a implantação do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) Inquietação: Compreender as ações de fisioterapeutas na atenção básica no contexto da gestão, processo de trabalho e práticas profissionais Métodos: Desenvolveu-se uma pesquisa qualitativa, a entrevista semiestruturada e o diário de campo foram utilizados como instrumentos de pesquisa, e os dados foram interpretados por meio da análise do discurso Foram realizadas entrevistas nos meses de setembro e outubro de 217, com dezenove fisioterapeutas atuantes em Unidades Básicas de Saúde e três profissionais da gestão da atenção básica no município de Londrina-PR Resultados e Discussão: Os resultados foram sistematizados em três categorias: gestão e processo de trabalho, ações fisioterapêuticas e promoção da saúde Dentre as características para o processo de trabalho observou-se que a organização do serviço no município, o número de profissionais, as relações interprofissionais, estrutura física e recursos financeiros, perfil da população assistida são fatores que interferem na prática profissional As influências para as ações fisioterapêuticas na atenção básica envolvem o perfil profissional, o uso de tecnologias relacionais, carga horária, tipo de unidade em que atua (urbana ou rural) Ainda é um desafio para fisioterapeuta realizar o monitoramento e avaliação de suas ações As ações para a promoção da saúde ainda são incipientes, mas muitos profissionais já reconhecem essa prática como meio de produzir a integralidade do cuidado A demanda por atendimentos individuais é uma grande dificuldade para o fisioterapeuta concretizar na prática as diretrizes do NASF-AB, e superar essa realidade depende da sensibilização da gestão, dos profissionais e dos usuários Considerações Finais: Avanços e desafios compõem o processo de construção do serviço de fisioterapia no munícipio de Londrina, pioneiro na inserção desse profissional na atenção básica em âmbito nacional Foi possível compreender, a partir das falas dos fisioterapeutas do serviço e alguns gestores, e análise da pesquisadora, as ações desenvolvidas pela fisioterapia na atenção básica, processo dinâmico e complexo, que sofre influência de diversos atores e de políticas púbicas de saúde A fisioterapia precisa se consolidar na atenção básica, e a experiência do município de Londrina reforça que para isso fisioterapeutas têm que incorporar o conceito ampliado de saúde, empregando em sua prática os princípios do SUS, diretrizes e ferramentas do NASF-AB, e as tecnologias relacionais visando a integralidade na produção do cuidado em sua identidade profissional, considerando a funcionalidade humana e seus determinantes como objeto de trabalhoItem Histórias e trajetórias de pessoas com úlcera de perna em busca de tratamentoTrincaus, Maria Regiane; Melchior, Regina [Orientador]; Baduy, Rossana Staevie; Carvalho, Brígida Gimenez; Haddad, Maria do Carmo Fernandez Lourenço; Ferraz, Maria Isabel Raimondo; Baduy, Rossana Staevie [Coorientadora]Resumo: As úlceras, mais especificamente as de perna, levam os indivíduos a passar por uma experiência de enfermidade que abrange múltiplos aspectos (físicos, sociais, cognitivos, culturais e psicológicos) necessitando de abordagens mais amplas para que o problema/aflição deles seja resolvido ou pelo menos amenizado A pessoa com úlcera de perna sofre estigmatização, dor intensa e tende a isolar-se socialmente com o intuito de autoproteger-se, além do longo período de evolução destas lesões O objetivo desta pesq uisa foi compreender como as pessoas com úlceras de perna constroem suas trajetórias na busca pelo tratamento destas feridas A metodologia escolhida foi a qualitativa Foi utilizada a história de vida como perspectiva de abordagem metodológica, a qual culminou na construção dos itinerários terapêuticos Foram realizadas entrevistas utilizando-se de uma questão norteadora: Conte-me a sua história com esta ferida Foram entrevistados nove pacientes, em tratamento no Ambulatório de Feridas do CEDETEG, e três itinerários foram analisados em profundidade A presença da úlcera foi utilizada como situação marcadora Para análise do itinerário terapêutico foram utilizados os conceitos de rizoma de Deleuze e Guatarri (211), redes vivas de Merhy (214) e redes de Feuerwerker A dor e o (auto)preconceito foram evidenciados nos relatos chegando a interferir no cotidiano familiar A análise do itinerário terapêutico nos leva a um movimento rizomático pelo qual as pessoas constroem suas trajetórias em busca de tratamento para estas feridas Ferramentas como acolhimento, escuta, vínculo, responsabilização, mostraram-se imprescindíveis para a relação profissional-usuário e a manutenção do paciente no serviço, dando-lhe assim oportunidade digna de tratamento Compreendemos que os itinerários terapêuticos foram construídos conforme novas entradas surgiam no rizoma, enquanto outras linhas mais frágeis eram rompidas A fragilização dos serviços de saúde e das condutas contribuíram para a cronicidade deste agravo A busca por melhor qualificação tende, além de melhorar a autoestima do profissional, melhorar também a assistência prestada à comunidade, mas necessita, contudo, do reconhecimento do gestor A proximidade dos serviços com Instituições de ensino pode ser uma alternativa para estimular a busca por qualificação A abertura do profissional para acolher e responsabilizar-se pelas pessoas com feridas crônicas ou outros agravos são imprescindíveis para que o cuidado ocorra Verificamos que na maioria dos serviços de atenção básica e especializada o modelo assistencial biomédico ainda é hegemônico A transformação das práticas em saúde passa pela formação dos profissionais, mas também pela gestão dos serviços, que carecem de um trabalho integrado e colaborativo em rede, onde Atenção Básica e Especializada se complementem e se apoiem mutuamente A reflexão pelos profissionais de saúde sobre essas práticas e a educação permanente são essenciais para esse processoItem Momentos e movimentos da implantação de um Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) em uma cidade do Sul do BrasilFélix, Sarah Beatriz Coceiro Meirelles; Melchior, Regina [Orientador]; Aquiles, Grace Jacqueline; Lima, Josiane Vívian Camargo de; Loch, Mathias Roberto; Baduy, Rossana StaevieResumo: O mundo do trabalho é vivo e se constrói em ato a cada encontro A incorporação de trabalhadores dos núcleos de apoio à saúde da família para atuar em conjunto com equipes de saúde da família na atenção básica é exemplo de como os arranjos são permanentemente atualizados A entrada de um trabalhador de saúde em um novo campo é envolta por uma série de acontecimentos, afetações e deslocamentos, e a sua subjetividade interage com os processos existentes nos locais que ele agora passa a frequentar e com os sujeitos que ali atuam Esta tese teve como objetivo mapear como se deu a entrada dos trabalhadores do NASF em um novo campo de atuação e como estes gestores e profissionais interagiram com processos de trabalho já instituídos na Atenção Básica Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa, na linha da análise micropolítica dos processos de trabalho Foi acompanhado o primeiro ano de trabalho de uma equipe de seis profissionais das áreas de educação física, farmácia, fisioterapia, nutrição e psicologia que atuavam em um Núcleo de Apoio à Saúde da Família de um município do Sul do Brasil e o grupo de gestores diretamente envolvido com esta equipe Os encontros do grupo e as rotinas de trabalho nas Unidades Básicas de Saúde e fora dela formaram o corpus desta pesquisa, utilizando-se diálogos, acompanhamento direto e diário de campo como instrumentos de coleta e registro O início do trabalho no campo produziu deslocamentos nos trabalhadores, agenciando-os a buscar novas conexões de pensamentos, a produzir novas subjetividades e construir processos de trabalho próprios A gestão do NASF propiciou dispositivos potentes para a entrada dos novos profissionais, porém, também gerou separações que ocorreram de diferentes maneiras Estas divisões foram estratégias utilizadas pela gestão para organizar os processos de trabalho das novas equipes NASF, porém, isto influenciou a potência do trabalho multiprofissional Percebeu-se a disputa entre trabalhadores e coordenadoras das UBS na defesa de diferentes projetos de cuidado, esta disputa também apareceu nas intencionalidades de cada categoria Nos encontros de planejamento, a organização dos processos de trabalho e as ofertas de serviços prevaleciam sobre as discussões do cuidado em si, e isto pode interferir nos processos de subjetivação em andamento destes trabalhadores Havia uma busca e uma cobrança para determinar os papéis de cada um: do NASF na UBS, do gestor e de cada um dentro da equipe NASF Porém a cada dia, a cada encontro, a cada projeto que entra na roda, este papel é atualizado e modificado Os trabalhadores sofreram várias influências e foram atravessados por diferentes fluxos de intensidade e a micropolítica das relações se fez presente Seguiram linhas de fuga, e num caminho rizomático produziram territórios coletivos Os encontros, e como a micropolítica agia nesses momentos, influenciaram diretamente os movimentos deste primeiro ano de trabalho e os processos de subjetivação que se constituíram individual e coletivamente