01 - Doutorado - Saúde Coletiva
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Navegando 01 - Doutorado - Saúde Coletiva por Autor "Andrade, Selma Maffei de [Orientador]"
Agora exibindo 1 - 9 de 9
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item Análise da estrutura dimensional do Demand Control Support Questionnaire e fatores ocupacionais associados às demandas psicológicas, ao controle e ao trabalho de alta exigência em professores do ensino básico de Londrina (PR)Birolim, Marcela Maria; Andrade, Selma Maffei de [Orientador]; Hökerberg, Yara Hahr Marques; Benevides-Pereira, Ana Maria Teresa; Haddad, Maria do Carmo Fernandez Lourenço; Durán González, Alberto; Mesas, Arthur Eumann [Coorientador]Resumo: A docência é considerada uma profissão estressante e seu exercício é permeado por condições de trabalho adversas O Demand Control Support Questionnaire (DCSQ) considera o trabalho de alta exigência como decorrente da combinação entre altas demandas psicológicas e baixo controle no processo de trabalho e tem sido utilizado para investigar associação entre estresse e desfechos negativos em saúde Este estudo tem como objetivo analisar a estrutura dimensional do Demand Control Support Questionnaire e fatores ocupacionais associados às demandas psicológicas, ao controle e ao trabalho de alta exigência em professores do ensino básico de Londrina (PR) Trata-se de um estudo transversal A população foi composta por 842 professores das 2 escolas com maior número de docentes da rede estadual do município Informações ocupacionais foram obtidas por meio de entrevistas no período de agosto de 212 a junho de 213 Dados sociodemográficos e o DCSQ faziam parte de um questionário autorrespondido Análises fatoriais confirmatórias e exploratórias foram utilizadas na avaliação da dimensionalidade do DSCQ Para o estudo de associação das dimensões e subdimensões do DSCQ com fatores ocupacionais foi utilizada a análise de regressão logística com cálculo das razões de odds (OR) e respectivos intervalos de confiança (IC 95%) Nos modelos multivariados finais permaneceram as variáveis com p < ,5 Os resultados da análise fatorial confirmatória apoiaram o intrumento formado por quatro dimensões: demandas psicológicas, uso de habilidades, autonomia para decisão e apoio social, com melhor ajuste do modelo com exclusão do item “trabalho repetitivo” No estudo de associação, após ajustes, altas demandas psicológicas foram associadas (p<,5) com idade mais jovem, maior tempo de trabalho na docência, percepção regular/ruim sobre a remuneração, sobre a quantidade de alunos por sala de aula e sobre o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, além de à violência sofrida nos 12 meses anteriores à entrevista Para a dimensão controle foram observadas diferenças nas associações em sua forma combinada (uso de habilidades e autonomia de decisão) e naquelas que consideraram separadamente estas duas subdimensões Carga horária maior que 4 horas (OR=1,72; IC 95%=1,5-2,82), percepção negativa em relação à remuneração (OR=1,93; IC 95%=1,41-2,65), à quantidade de alunos por sala de aula (OR=1,43; IC 95%=1,3-1,99), ao equilíbrio entre a vida pessoal e profissional (OR=2,36; IC 95%=1,71-3,26) e ter sofrido violência na escola nos 12 meses anteriores à entrevista (OR=1,84; IC 95%=1,31-2,58) foram significativamente associados ao trabalho de alta exigência No entanto, após análise estratificada por grupos de maior e menor apoio social no trabalho, as variáveis carga horária acima de 4 horas e percepção regular/ruim em relação à quantidade de alunos por sala foram significativas apenas no grupo de menor apoio social Os resultados revelam que condições específicas de trabalho e percepções dos professores sobre seu ambiente laboral estão associadas a altas demandas psicológicas, baixo controle e ao trabalho de alta exigência e que o apoio social no trabalho atua como moderador em algumas dessas associaçõesItem Características do trabalho, consumo de substâncias psicoativas e acidentes de trânsito entre motoristas de caminhãoGirotto, Edmarlon; Andrade, Selma Maffei de [Orientador]; Moreno, Claudia Roberta de Castro; Yonamine, Mauricio; Nunes, Elisabete de Fátima Polo de Almeida; Durán González, Alberto; Mesas, Arthur Eumann [Coorientador]Resumo: Os motoristas de caminhão estão frequentemente expostos a inúmeras situações deletérias à sua saúde, como condições inadequadas de trabalho e comportamentos de risco no trânsito, além do consumo de substâncias psicoativas, que podem contribuir para o envolvimento em acidentes de trânsito Assim, este estudo tem como objetivo identificar as características do trabalho associadas ao consumo de substâncias psicoativas e acidentes de trânsito entre motoristas de caminhão Esta investigação, de delineamento transversal, foi conduzida com caminhoneiros que transportavam grãos para o Porto de Paranaguá, Paraná, Brasil Os motoristas foram abordados no Pátio de Triagem do Porto e convidados a participar da pesquisa para a obtenção de informações socioeconômicas e demográficas, situação de saúde, características do sono, estilo de vida, condições e práticas profissionais, envolvimento em acidentes de trânsito e consumo de substâncias psicoativas A amostra foi de conveniência e a coleta de dados ocorreu em julho de 212 por meio de entrevista e aplicação de questionário O consumo de substâncias psicoativas nos 3 dias que antecederam a coleta de dados foi avaliado por questionário autorrespondido O envolvimento em acidentes foi relatado pelo motorista durante entrevista A tabulação dos dados foi realizada nos programas Epi Info e SPSS Os 67 motoristas de caminhão que participaram do estudo eram todos do sexo masculino, com idade média de 41,9 anos e renda média de R$ 2932, O consumo de substâncias psicoativas nos últimos 3 dias foi citado por 1,9% dos caminhoneiros, a grande maioria anfetaminas (9,9%) Nos últimos 12 meses 7,3% relataram ter se envolvido em acidentes de trânsito Em análise ajustada, mostraram-se associadas ao consumo de substâncias psicoativas nos últimos 3 dias: direção predominantemente no período noturno (Odds Ratio [OR]: 3,35; Intervalo de Confiança [IC] 95%: 1,51-7,42), idade igual ou menor a 39 anos (OR: 2,3; IC 95%: 1,31-4,5); situação conjugal como solteiro, divorciado ou viúvo (OR: 2,8; OR 95%: 1,14-3,82), direção do caminhão estando bastante cansado (OR: 2,5; IC 95%: 1,19-3,5), e renda igual ou superior a R$ 25, (OR=1,84; IC 95%=1,6-3,32) O envolvimento em acidentes nos últimos 12 meses revelou-se associado à experiência de menos de sete anos como motorista de caminhão (OR: 2,97; OR 95%: 1,14-7,75), à direção predominantemente no período noturno (OR: 2,6; IC 95%: 1,2-6,63), e à prática de ultrapassar em locais proibidos (OR: 2,33; IC 95%: 1,4-5,21) Os resultados indicam associação entre algumas características de trabalho e o consumo de substâncias psicoativas e o envolvimento em acidentes de trânsito, destacando-se a prática de direção no período noturno O uso de substâncias psicoativas também se mostrou associado a algumas características pessoais dos motoristas investigados Espera-se que esta pesquisa possa subsidiar políticas públicas e incentivar empregadores e caminhoneiros a adotar ações que contribuam para melhorar as condições de trabalho desses motoristas e que reduzam o risco de acidentes no trânsitoItem Características e consequências de acidentes de trânsito para motociclistas após um ano do acidente, Londrina (PR)Silva, Daniela Wosiack da; Andrade, Selma Maffei de [Orientador]; Mesas, Arthur Eumann; Costa, Viviane de Souza Pinho; Trelha, Celita Salmaso; Soares, Dorotéia Fátima Pelissari de PaulaResumo: Este estudo teve o objetivo de analisar consequências de acidentes de trânsito para motociclistas e fatores associados à alteração no desempenho das atividades laborais após um ano do acidente Trata-se de um estudo longitudinal, no qual foram identificados todos os motociclistas atendidos pelos serviços de atenção pré-hospitalar do município de Londrina, PR, e encaminhados a dois hospitais terciários do município no período de 1o de abril de 21 a 31 de março de 211, com realização de entrevista um ano após o acidente A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) foi utilizada para avaliar a funcionalidade dos motociclistas após 12 meses do acidente Foram realizadas análises descritivas e de associação, por regressão logística binária hierarquizada, entre o relato, pelos motociclistas, de alteração no desempenho das atividades laborais em decorrência do acidente (variável dependente) e as seguintes variáveis independentes: características sociodemográficas, do acidente, assistenciais e outras consequências do acidente As análises estatísticas foram realizadas usando o programa SPSS 19 Foram entrevistados 242 motociclistas após um ano da ocorrência do acidente Houve predomínio de motociclistas do sexo masculino (74,4%) e com idade inferior a 35 anos (66,1%) O tempo de internação variou de a 32 dias e 44,3% receberam alta após a internação A maior parte dos acidentes (56,6%) envolveu trajetos relacionados ao trabalho Quase 8% dos motociclistas estudados referiram ter medo de envolvimento em novo acidente Dos condutores, 26,4% deixaram de dirigir moto, especialmente por medo de se envolver em novo acidente (62,5%) e por sequelas físicas (25%) A maioria (91,3%) dos 219 motociclistas com ocupação profissional no momento do acidente relatou necessidade de afastamento do trabalho, 35,6% referiram alterações no desempenho de suas atividades laborais e 12,8% necessidade de mudança de ocupação devido ao acidente Dores constantes residuais foram relatadas pela maioria dos motociclistas entrevistados (58,3%), sendo mais acometidos os membros inferiores e superiores, segmentos que também apresentaram maior frequência de deficiências, principalmente de força muscular e de mobilidade das articulações com percentuais superiores a 3% Os 242 motociclistas apresentaram dificuldades principalmente em atividades relacionadas à “Mobilidade”, destacando-se, com prevalências próximas a 2%, as atividades “Levantar e carregar objetos” e “Andar” Em mais de 1% dos casos, os motociclistas referiram dificuldades para “Dirigir” e nas atividades relacionadas à “Recreação e lazer” Na análise de regressão logística hierarquizada, foram fatores de risco para o relato de alteração na forma de trabalhar dos motociclistas: baixa escolaridade (Odds ratio [OR]=3,42), realização de tratamento de fisioterapia (OR=3,99) e ocorrência de lesão em região de membros superiores (OR=2,45) Ser do sexo masculino foi fator de proteção para o desfecho analisado (OR=,46) A investigação das consequências dos acidentes de trânsito para os participantes do presente estudo revelou um quadro bastante preocupante de comprometimento da saúde física e emocional de muitos motociclistas, além de limitações funcionais no desempenho das atividades pessoais e profissionaisItem Desfechos associados ao início tardio da nutrição enteral e a mudanças na assistência ventilatória mecânica : estudo de coorte retrospectiva em uma unidade de terapia intensiva pediátricaLinck Junior, Arnildo; Andrade, Selma Maffei de [Orientador]; Carvalho, Werther Brunow de; Capobiango, Jaqueline Dario; Girotto, Edmarlon; Barbosa, Décio Sabbatini; Silva, Ana Maria Rigo [Coorientadora]Resumo: Introdução: As unidades de terapia intensiva pediátricas (UTIP) têm a função de oferecer a assistência necessária à criança gravemente enferma, visando a sua recuperação com qualidade de vida Para tanto, exige equipe multiprofissional especializada, protocolos de atenção atualizados e tecnologias apropriadas Objetivo: Este estudo teve por objetivo analisar desfechos associados ao início tardio da nutrição enteral e a mudanças na assistência ventilatória mecânica em uma UTIP de hospital de ensino de alta complexidade no Sul do Brasil Método: Trata-se de estudo de coorte retrospectiva de internações ocorridas nos anos de 212 a 217 na UTIP do Hospital Universitário (HU) de Londrina, Paraná, com seguimento até 31 de dezembro de 219 As informações foram obtidas de prontuários médicos e do sistema eletrônico do hospital No primeiro estudo, a variável independente foi o início tardio da nutrição enteral (após 24 horas de internação), e os desfechos foram tempo de internação na UTIP e no hospital, incidência de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) e óbito No segundo, a variável independente foi o período em que ocorreu a internação na UTIP, antes ou após a adoção de um conjunto de medidas (aquisição de equipamentos, aumento de horas por dia de assistência fisioterápica e instituição de um protocolo de atenção) visando melhorar a assistência a crianças em ventilação pulmonar mecânica (VPM), tendo como desfecho o tempo de ventilação pulmonar mecânica (VPM) por mais de sete dias O programa Statistical Package for Social Sciences, versão 19, foi usado para análises estatísticas Modelos de Poisson com variância robusta com ajustes progressivos foram construídos, com apresentação de riscos relativos (RR) brutos e ajustados, e seus respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) Resultados: Das 1223 internações identificadas, foram localizados os prontuários de 1182 (96,6%) Excluíram-se, no primeiro estudo, as internações com menos de 24 horas ou com mais de 24 meses de duração e aquelas com óbito antes de iniciar a nutrição enteral; no segundo, internações com óbito e em VPM por mais de 1 dias Foram analisadas 84 internações no primeiro estudo, e 532 no segundo Após todos os ajustes, o início tardio da nutrição enteral foi fator de risco significativo para tempo de internação acima da mediana tanto na UTIP (RR=1,15; IC95%=1,1-1,31) como no hospital (RR=1,22; IC95%=1,5-1,43) e para maior incidência de IRAS (RR=1,33; IC95%=1,6-1,66); a associação com óbito, porém, perdeu significância após ajuste por indicadores de gravidade (RR=1,11; IC95%=,73-1,87) No segundo estudo, as internações que ocorreram após a adoção das medidas para melhorar a assistência a crianças em VPM apresentaram menor risco de permanência no respirador por mais de sete dias (RR=,67; IC95%=,49-,92) Conclusão: Os resultados sugerem que algumas condutas em UTIP, como iniciar precocemente a nutrição por via enteral e adotar medidas para melhorar a assistência às crianças em VPM, podem contribuir para a redução de IRAS e do tempo de internação e de VPM, proporcionando liberação mais precoce de leitos e ampliando o acesso a crianças que necessitem de assistência de alta complexidadeItem Excesso de peso em adolescentes : associações com características próprias e de seus pais ou responsáveisChristofaro, Diego Giulliano Destro; Andrade, Selma Maffei de [Orientador]; Freitas Junior, Ismael Forte; Machado, Dalmo Roberto Lopes; Souza, Regina Kazue Tanno de; Cabrera, Marcos Aparecido Sarria; Mesas, Arthur Eumann [Coorientador]Resumo: O excesso de peso tem se tornado um dos maiores problemas da saude publica na atualidade A alta prevalencia de excesso de peso tem sido detectada nao apenas na populacao adulta, mas tambem nas populacoes mais jovens Dessa forma, e importante conhecer fatores que possam contribuir para esse problema em adolescentes Este estudo transversal teve como objetivo examinar a associacao entre o excesso de peso em adolescentes e fatores sociodemograficos e comportamentais dos proprios adolescentes e de seus pais ou responsaveis Foram avaliados 1231 adolescentes e, pelo menos, um dos seus pais ou responsaveis em seis escolas da regiao central de Londrina-PR As informacoes dos adolescentes foram coletadas nas escolas mediante aplicacao de questionarios e medidas objetivas de peso e estatura O excesso de peso nos adolescentes foi identificado segundo valores de referencia especificos para sexo e idade preconizados na literatura especializada Para a obtencao dos dados dos pais ou responsaveis, utilizaram-se questionarios A prevalencia de excesso de peso nos adolescentes que participaram do estudo foi de 18,5% Nos pais ou responsaveis do sexo masculino, a prevalencia de excesso de peso foi de 7,7%, enquanto que nas maes ou responsaveis do sexo feminino foi de 54,9% Na analise bivariada, observou-se associacao entre o excesso de peso dos adolescentes e seus comportamentos sedentarios (p<,1) e baixo consumo de doces (p=,3) Quando consideradas as caracteristicas dos pais, o excesso de peso de pais e maes e o baixo consumo de verduras por parte dos pais (sexo masculino) associaram-se ao excesso de peso nos adolescentes Na analise multivariada, com ajuste de variaveis de confusao, mantiveram-se associadas ao excesso de peso dos adolescentes: comportamento sedentario dos adolescentes, baixo consumo de doces desses jovens, excesso de peso dos pais de ambos os sexos e baixo consumo de verdura dos pais ou responsaveis do sexo masculino No modelo multivariado final, foram associados ao excesso de peso dos adolescentes, de forma independente entre si: baixa escolaridade da mae (OR= 1,85); excesso de peso do pai (OR=1,62); excesso de peso da mae (OR= 2,68); o sedentarismo dos adolescentes (OR=2,3); alto consumo de doces dos adolescentes (OR=,46); e o baixo consumo de verduras do pai (OR=1,53) Os achados do presente estudo indicam que caracteristicas e comportamentos dos pais ou responsaveis podem contribuir para o aumento do indice de massa corporal nos adolescentes Estrategias para conter o aumento da prevalencia de excesso de peso em idades precoces devem ser focadas tambem nas familias e nao apenas nos adolescentesItem Impacto do burnout na saúde de professores da rede pública do ParanáSalvagioni, Denise Albieri Jodas; Andrade, Selma Maffei de [Orientador]; Carlotto, Mary Sandra; Silva, Ana Maria Rigo; Haddad, Maria do Carmo Fernandez Lourenço; Durán González, AlbertoResumo: Burnout é um fenômeno complexo e multidimensional resultante da interação entre aspectos individuais e ambiente de trabalho É a resposta ao estresse crônico do trabalho definida por três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e reduzida realização profissional Objetivo: Analisar se professores com maior nível de burnout estão submetidos a maior risco de acidentes de trânsito, depressão e afastamento da função docente por problemas de saúde Método: Trata-se de estudo de coorte prospectiva com dois anos de seguimento Foram investigados 59 professores do ensino básico estadual do Paraná Utilizou-se o Maslach Burnout Inventory Altos níveis de exaustão emocional e despersonalização (valores acima do percentil 75) e baixos níveis de realização profissional (valores abaixo do percentil 25) foram estabelecidos Os acidentes de trânsito e os motivos de afastamento da função docente foram autorreferidos pelos entrevistados Considerou-se depressão o relato de diagnóstico médico pelo professor Usou-se Regressão de Poisson com variância robusta para cálculo do risco relativo Resultados: A incidência de acidentes de trânsito entre professores foi de 11% Após ajustes, a exaustão emocional e a reduzida realização profissional não influenciaram na incidência de acidente de trânsito No entanto, despersonalização foi preditora desse desfecho – RR=1,73 (IC 95%: 1,5-2,86, p=,3) A incidência de depressão foi de 38 casos (9%) Exaustão emocional e despersonalização influenciaram novos casos de depressão, após ajustes por sexo e idade, mas perderam significância estatística quando variáveis relacionadas ao ambiente de trabalho e às condições de saúde foram adicionadas ao modelo A incidência de afastamento da função docente por problemas de saúde foi de 31 casos (6%) Desses, 13 estavam de licença médica (41,9%), 11 foram readaptados (35,5%), um foi aposentado compulsoriamente (3,2%) e seis abandonaram definitivamente a docência (19,4%) Após ajustes, a exaustão emocional não influenciou no afastamento da função docente No entanto, despersonalização foi preditora desse desfecho – RR=2,62 (IC95%: 1,3-5,25, p<,1) Baixos níveis de realização profissional apresentaram relação com o afastamento da função docente por problemas de saúde, porém sem significância estatística – RR=1,9 (IC95%: ,93-3,87, p=,8) Conclusões: Este estudo encontrou que (1) despersonalização é fator de risco para acidentes de trânsito, com risco 73% maior de professores em burnout sofrerem o desfecho, independente de sexo, idade e maior exposição ao trânsito; (2) nenhuma dimensão de burnout foi associada à incidência de depressão, após ajustes e, (3) despersonalização e reduzida realização profissional mostraram-se indicadoras de maior risco de afastamento da função docente por problemas de saúdeItem Prevalência de dor crônica e associação com percepções e condições de trabalho de professores da rede estadual de ensino de Londrina (PR)Gabani, Flávia Lopes; Andrade, Selma Maffei de [Orientador]; Pimenta, Cibele Andrucioli de Mattos; Trelha, Celita Salmaso; Dellaroza, Mara Solange Gomes; Durán González, AlbertoResumo: As condições de trabalho estão relacionadas à ocorrência de dor em professores, a qual resulta em limitação das atividades diárias, maior número de consultas médicas, afastamento do trabalho e pior qualidade de vida O processo álgico pode ser deflagrado e perpetuado por diversos motivos, que podem diferir de acordo com as características laborais e as regiões do corpo afetadas Elucidar esse fenômeno de forma mais detalhada pode reduzir danos adicionais à saúde do professor Este estudo teve por objetivo caracterizar a dor crônica, prevalência e regiões do corpo mais afetadas, e associar com percepções e condições de trabalho de professores da rede estadual de ensino de Londrina (PR) Tratou-se de estudo transversal realizado no período de 212 a 213 com professores do ensino fundamental e médio Foram excluídos os educadores readaptados ou afastados de função, com menos de um ano de serviço e com diagnóstico de neoplasia maligna O desfecho dor crônica foi dividido em três regiões do corpo: membros superiores, coluna lombar e membros inferiores A análise estatística ocorreu por meio de três modelos de regressão de Poisson e cálculo da razão de prevalência ajustados por variáveis sociodemográficas, de estilo de vida e comorbidades Para comparação das proporções de professores com e sem dor crônica utilizou-se o teste Qui-quadrado com correção de Yates, considerando nível de significância de 5% (p < ,5) A amostra final correspondeu a 958 professores Dor crônica foi referida por 48 (42,6%) docentes, com maior frequência em mulheres, na faixa etária acima de 4 anos, da raça/cor branca e amarela/indígena, entre aqueles que não realizavam atividade física pelo menos uma vez por semana ou realizavam de forma insuficiente, e não consumidores de álcool Também foi mais frequente na população com vínculo empregatício tipo estatutário e com tempo de atuação como professor acima de 2 anos As regiões reportadas como mais dolorosas foram membros superiores, cabeça, membros inferiores e coluna lombar No modelo final da regressão de Poisson, dor nos membros superiores foi significativamente mais frequente entre professores que consideravam que as seguintes situações afetavam seu trabalho: condições para escrever no quadro e para carregar o material didático, tempo que permanecia em pé e posição do corpo em relação ao mobiliário e equipamentos Também houve associação da dor em membros superiores com a percepção regular/ruim sobre a quantidade de alunos em sala de aula e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional A dor na coluna lombar associou-se à percepção de que escrever no quadro afetava seu trabalho A dor em membros inferiores associou-se ao tempo de profissão > 2 anos, à percepção regular/ruim quanto ao equilíbrio pessoal e profissional e à percepção de que o tempo que permanecia em pé afetava o trabalho Foram evidenciadas percepções e codições relativas ao trabalho docente associadas a diferentes regiões corpóreas afetadas por dor crônica em professoresItem Qualidade do sono entre professores e fatores associadosMeier, Denise Andrade Pereira; Andrade, Selma Maffei de [Orientador]; Mesas, Arthur Eumann; Ribeiro, Renata Perfeito; Robazzi, Maria Lúcia do Carmo da Cruz; Mathias, Thaís Aidar de FreitasResumo: O sono desempenha função notável na prevenção de doenças, manutenção e recuperação da saúde física e mental Como processo reparador, sofre influências de fatores determinantes e condicionantes, que o tornam complexo e multifacetado As condições adversas de trabalho enfrentadas por professores podem prejudicar sua qualidade de vida e, consequentemente, seu padrão de sono Este estudo objetivou analisar a qualidade do sono e fatores associados em professores da educação básica Trata-se de um estudo transversal com professores do ensino fundamental e médio, alocados nas 2 escolas com maior número de docentes da rede estadual de Londrina-PR A coleta de dados, de agosto de 212 a junho de 213, deu-se por entrevistas e aplicação de um questionário respondido pelo professor Foi analisada a associação entre pior qualidade do sono e características sociodemográficas, de estilo de vida, condições de saúde e percepções sobre o trabalho A qualidade do sono foi obtida por meio do Pittsburgh Sleep Quality Index, considerando-se a pior qualidade do sono escores superiores a cinco pontos Os dados foram digitados e tabulados no programa Epi Info e Statistical Package for the Social Sciences, respectivamente Participaram da pesquisa 972 professores e a taxa de resposta foi de 86,3% Com idade média de 41,5 anos, a maioria era do sexo feminino (68,3%), da raça/cor branca (74,5%), vivia com companheiro (59,1%), tinha renda familiar mensal de até R$ 5 mil (59,1%) e pós-graduação (87,5%) Mais da metade (52,9%) referiu inatividade física, 8,% relataram fumar e metade consumia bebida alcoólica Cerca de 7% citaram o consumo diário de café As condições de saúde mais frequentemente referidas foram: dor crônica (42,1%), ansiedade (25,1%) e depressão (15,4%) A prevalência de pior qualidade do sono foi de 54,3% Associaram-se à pior qualidade do sono nas análises bivariadas: renda mensal familiar de até R$ 5 mil, inatividade física, relatos de diagnóstico de hipertensão, depressão, ansiedade e dor crônica, ter três vínculos de trabalho, ter sofrido violência física ou psicológica e percepção negativa em relação a: remuneração, equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, tempo para lazer e família, quantidade de alunos por sala de aula, ritmo e intensidade do trabalho, número de tarefas realizadas e tempo disponível para preparar atividades Entre as variáveis de condições de trabalho, após análises ajustadas, permaneceram associadas à pior qualidade do sono: ter sofrido violência física ou psicológica no trabalho como professor, percepção negativa em relação ao tempo para lazer e para a família e ao equilíbrio entre vida pessoal e profissional A análise detalhada da violência revelou que todos os tipos permaneceram associados à pior qualidade do sono mesmo após ajustes Os dados identificados indicam aspectos importantes sobre a qualidade do sono e sua associação com algumas características do trabalho docente Espera-se que os resultados despertem reflexões para formular políticas públicas que melhorem as condições laborais desses profissionais, minimizando os efeitos sobre sua qualidade de vida, incluído o sonoItem Violência e burnout em professores da educação básica de LondrinaMelanda, Francine Nesello; Andrade, Selma Maffei de [Orientador]; Alencar, Gizelton Pereira; Furuya, Rejane Kiyomi; Carvalho, Wladithe Organ de; Loch, Mathias RobertoResumo: O objetivo deste estudo foi analisar se a exposição prévia à violência no ambiente escolar aumenta o risco de os professores sofrerem novamente violência após dois anos e identificar relações transversais e longitudinais entre violência psicológica e burnout Trata-se de um estudo de coorte com dois anos de seguimento realizado com 43 professores do ensino fundamental e médio da rede pública de Londrina, Paraná As informações foram obtidas em 212-213 (T1) e 214-215 (T2) por entrevista face a face realizada por entrevistadores treinados e preenchimento, pelo próprio professor, de um questionário As formas de violências investigadas foram violências psicológicas (relatos de insultos de alunos, humilhações ou constrangimentos por colegas ou superiores e ameaças recebidas) e violências físicas, nos 12 meses anteriores à pesquisa Para mensurar burnout, utilizou-se o Maslach Burnout Inventory, sendo consideradas apenas as dimensões de exaustão emocional e despersonalização Características sociodemográficas, relacionadas ao trabalho e à saúde foram incluídas como covariáveis Para a análise da recorrência de violência foram utilizados o teste de McNemar e a regressão de Poisson com variância robusta, com apresentação do risco relativo (RR), intervalo de confiança de 95% (IC95%) e valor de p, considerando nível de significância de 5% A relação entre violência psicológica e burnout foi verificada por modelos de equações estruturais Violência psicológica, exaustão emocional e despersonalização foram consideradas variáveis latentes Após dois anos, observou-se redução de 65,4% (T1) para 56,9% (T2) de violência reportada por professores (p=,3), porém devido apenas à diminuição da frequência de relatos de humilhações ou constrangimentos por colegas ou superiores Ter sofrido uma determinada forma de violência aumentou em até três vezes o risco de sofrê-la novamente em dois anos Além disso, professores que relataram três ou quatro formas de violências em T1 apresentaram RR de 2,23 (IC95%1,7-2,93) de sofrer qualquer violência em T2, em comparação àqueles que não sofreram qualquer forma de violência em T1 Não foram encontradas evidências de que estar exposto à violência psicológica em T1 aumenta o risco de sofrer violência física em T2 ou que violência física em T1 aumenta o risco de violência psicológica em T2 Violência psicológica apresentou efeito direto sobre exaustão emocional e despersonalização, quando analisados transversalmente Longitudinalmente, não foram observados efeitos diretos significativos No entanto, observou-se um efeito indireto da violência psicológica em T1 sobre ambas as dimensões de burnout em T2 Este estudo mostrou que a violência contra professores, exceto a referente a humilhações ou constrangimentos por colegas ou superiores, é recorrente e que tem efeito sobre o burnout Tendo em vista o impacto destrutivo da violência e do burnout no ambiente de trabalho, ressalta-se a importância da identificação da ocorrência desses eventos no ambiente escolar e no estabelecimento de políticas de prevenção e gerenciamento da violência e do esgotamento no trabalho