Prevalência de dor crônica e associação com percepções e condições de trabalho de professores da rede estadual de ensino de Londrina (PR)
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Gabani, Flávia Lopes
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Resumo
Resumo: As condições de trabalho estão relacionadas à ocorrência de dor em professores, a qual resulta em limitação das atividades diárias, maior número de consultas médicas, afastamento do trabalho e pior qualidade de vida O processo álgico pode ser deflagrado e perpetuado por diversos motivos, que podem diferir de acordo com as características laborais e as regiões do corpo afetadas Elucidar esse fenômeno de forma mais detalhada pode reduzir danos adicionais à saúde do professor Este estudo teve por objetivo caracterizar a dor crônica, prevalência e regiões do corpo mais afetadas, e associar com percepções e condições de trabalho de professores da rede estadual de ensino de Londrina (PR) Tratou-se de estudo transversal realizado no período de 212 a 213 com professores do ensino fundamental e médio Foram excluídos os educadores readaptados ou afastados de função, com menos de um ano de serviço e com diagnóstico de neoplasia maligna O desfecho dor crônica foi dividido em três regiões do corpo: membros superiores, coluna lombar e membros inferiores A análise estatística ocorreu por meio de três modelos de regressão de Poisson e cálculo da razão de prevalência ajustados por variáveis sociodemográficas, de estilo de vida e comorbidades Para comparação das proporções de professores com e sem dor crônica utilizou-se o teste Qui-quadrado com correção de Yates, considerando nível de significância de 5% (p < ,5) A amostra final correspondeu a 958 professores Dor crônica foi referida por 48 (42,6%) docentes, com maior frequência em mulheres, na faixa etária acima de 4 anos, da raça/cor branca e amarela/indígena, entre aqueles que não realizavam atividade física pelo menos uma vez por semana ou realizavam de forma insuficiente, e não consumidores de álcool Também foi mais frequente na população com vínculo empregatício tipo estatutário e com tempo de atuação como professor acima de 2 anos As regiões reportadas como mais dolorosas foram membros superiores, cabeça, membros inferiores e coluna lombar No modelo final da regressão de Poisson, dor nos membros superiores foi significativamente mais frequente entre professores que consideravam que as seguintes situações afetavam seu trabalho: condições para escrever no quadro e para carregar o material didático, tempo que permanecia em pé e posição do corpo em relação ao mobiliário e equipamentos Também houve associação da dor em membros superiores com a percepção regular/ruim sobre a quantidade de alunos em sala de aula e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional A dor na coluna lombar associou-se à percepção de que escrever no quadro afetava seu trabalho A dor em membros inferiores associou-se ao tempo de profissão > 2 anos, à percepção regular/ruim quanto ao equilíbrio pessoal e profissional e à percepção de que o tempo que permanecia em pé afetava o trabalho Foram evidenciadas percepções e codições relativas ao trabalho docente associadas a diferentes regiões corpóreas afetadas por dor crônica em professores
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Palavras-chave
Dor intratável, Professores, Saúde e trabalho, Professores, Minas Gerais, Intractable pain, Health and work, Teachers, Teachers