01 - Doutorado - Saúde Coletiva
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Navegando 01 - Doutorado - Saúde Coletiva por Autor "Andrade, Selma Maffei de"
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Item Associação entre capital social e comportamentos relacionados à saúde : estudo de base populacionalLoch, Mathias Roberto; Souza, Regina Kazue Tanno de [Orientador]; Hallal, Pedro Rodrigues Curi; Pattussi, Marcos Pascoal; Mesas, Arthur Eumann; Andrade, Selma Maffei deResumo: Estudos que investigam a relação entre comportamentos relacionados à saúde com o capital social (CS) são escassos, especialmente na América Latina O objetivo deste trabalho foi verificar a relação entre indicadores de CS e a prevalência de determinados comportamentos relacionados à saúde Realizou-se estudo transversal, de base populacional, com indivíduos com 4 anos ou mais de um município de médio porte da região Sul do Brasil Os dados foram coletados no primeiro semestre de 211 Para este estudo, foram considerados dados de 181 sujeitos Os comportamentos investigados foram: inatividade física no lazer (INFL), baixo consumo de frutas e/ou verduras (BCFV), tabagismo (TAB) e consumo abusivo de álcool (CAA), além de análise de simultaneidade dos comportamentos citados A INFL foi avaliada a partir do modelo de estágio de mudança de comportamento e as questões relacionadas aos demais comportamentos foram retiradas do questionário aplicado pelo sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) do Ministério da Saúde do Brasil Os indicadores de CS foram selecionados a partir do Questionário Integrado para medir CS (QI-MCS): número de amigos e de pessoas que emprestariam dinheiro em caso de necessidade, confiança nas pessoas do bairro, frequência com que as pessoas no bairro se ajudam, segurança no bairro e participação cívica ou comunitária Foi ainda construído um escore de CS, baseado nos indicadores isolados Os dados foram analisados no Programa SPSS vs 19, por meio da regressão logística, realizando-se análise bruta e ajustada (p<,5) Após os ajustes, a INFL esteve associada ao número de amigos, confiança nas pessoas do bairro, frequência com que as pessoas no bairro se ajudam, segurança no bairro, participação comunitária e o escore de CS O BCFV associou-se à participação comunitária e ao escore de CS O TAB se mostrou associado à frequência com que as pessoas no bairro se ajudam e ao escore de CS Apenas a frequência com que as pessoas no bairro se ajudam esteve associada ao CAA Em todas as associações mencionadas, os sujeitos com menor CS tinham maior chance de apresentarem os comportamentos negativos Observou-se ainda que quanto maior o CS, menor o número médio de comportamentos negativos Sujeitos com maior CS apresentaram em média 1,47 (DP=,11) comportamentos negativos, enquanto os com menor CS tinham média de 2,13 (DP=,23) comportamentos negativos Este estudo mostrou uma associação moderada entre diferentes indicadores de CS e os comportamentos relacionados à saúde investigados, sendo mais evidente a relação com a INFL e em menor grau com o BCFV e o TAB A relação do CS com o CAA foi menos evidente Recomenda-se que as políticas de promoção de comportamentos saudáveis considerem o nível e as características do CS de cada lugar e busquem implementar ações que contribuam para a criação de sociedades civis mais organizadas, inclusive porque estas podem representar um aspecto positivo para a adoção dos comportamentos considerados positivos para a saúdeItem Associação entre letramento em saúde e percepção de trabalho de alta exigência com condutas relacionadas à alimentação em professores da educação básica de Londrina, ParanáRodrigues, Renne; Mesas, Arthur Eumann [Orientador]; Andrade, Selma Maffei de; Loch, Mathias Roberto; Carreira, Clísia Mara; Guedes, Dartagnan PintoResumo: A docência possui diversos desafios e responsabilidades, e fatores pessoais, como o letramento em saúde, e ocupacionais, como o trabalho de alta exigência (categoria de maior risco do modelo demanda-controle), podem predispor à realização de condutas alimentares não recomendáveis Em razão da importância dos professores para a sociedade, considera-se essencial o aprofundamento de questões pessoais e laborais com condutas alimentares Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivos investigar a associação do letramento em saúde e das exigências para o trabalho com condutas alimentares Para a estruturação desta tese, cada objetivo foi apresentado no formato de um estudo com métodos, resultados e conclusões próprias Os objetivos foram explorados no âmbito do projeto Saúde, Estilo de Vida e Trabalho de Professores da Rede Pública do Paraná (PRÓ-MESTRE), no qual professores das 2 maiores escolas estaduais de Londrina foram entrevistados individualmente em dois momentos: baseline (nos anos de 212 e 213) e seguimento (após 24 meses) Desse modo, o primeiro estudo é um recorte transversal, com dados obtidos no baseline, investigando a associação entre o letramento em saúde (obtido por meio da ferramenta Newest Vital Sign – NVS) e condutas alimentares O segundo estudo é uma coorte prospectiva que investiga a influência do trabalho de alta exigência em condutas alimentares O letramento em saúde inadequado foi observado em 62,6% dos 927 professores incluídos no primeiro estudo, associando-se com menor frequência de consulta a informações nutricionais em professores mais jovens, e com maior chance de consumo de alimentos pré-preparados frequentemente entre os professores de meia idade O trabalho de alta exigência medido no baseline foi identificado em 39,2% dos 52 professores incluídos no segundo estudo, associando-se com maior chance de manutenção do consumo não frequente de frutas, maior chance de diminuição do consumo de frutas e verduras/legumes e com menor chance de diminuição do consumo de gordura visível de carne vermelha, após 24 meses de seguimento Com base nos resultados encontrados é possível identificar que tanto o letramento em saúde inadequado (em recorte transversal) quanto o trabalho de alta exigência (em recorte longitudinal) estão implicados na maior chance de manutenção de condutas alimentares não recomendados e piora de condutas alimentares, bem como na menor chance de melhora de condutas alimentares É importante ressaltar que diversas associações esperadas entre letramento em saúde e condutas alimentares não se confirmaram na presente população Desse modo, sugere-se a discussão sobre as condições de trabalho e ações integradas que visem o incentivo à alimentação saudávelItem Dependência de cafeína : fatores associados e sintomas psíquicos em professores da educação básicaVizoto, Juliana Mariano Massuia; González, Alberto Durán [Orientador]; Mesas, Arthur Eumann; Salvagioni, Denise Albieri Jodas; Andrade, Selma Maffei de; Pieri, Flávia MeneguettiResumo: OBJETIVO: Analisar a prevalência de dependência de cafeína e fatores associados, em especial, sintomas psíquicos, em professores da educacão básica Para isso, consideraram-se os seguintes objetivos específicos: 1) Investigar a prevalência de dependência de cafeína e verificar sua associação com variáveis sóciodemográficas, hábitos de vida, condições de saúde e fatores ocupacionais em professores; 2) Examinar a relação da dependência de cafeína e de suas características-chave com sintomas psíquicos em professores MÉTODOS: Para estruturação desta tese, cada objetivo específico foi apresentado em formato de um artigo científico A população estudada faz parte do projeto “Saúde, Estilo de Vida e Trabalho de Professores da Rede Pública do Paraná” (Pró-Mestre), no qual professores das 2 maiores escolas estaduais de Londrina foram entrevistados em dois momentos: baseline (nos anos de 212 e 213) e seguimento (anos 214 e 215), após 24 meses Ambos os estudos apresentam análises utilizando os dados apenas do seguimento e tratam-se de estudos transversais A dependência de cafeína foi avaliada seguindo os critérios estabelecidos pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Saúde Mental (DSM-5) que define três características-chave: desejo persistente e/ou esforços fracassados, uso continuado da cafeína apesar de efeitos nocivos e abstinência RESULTADOS: Estudo 1) A maioria dos 43 professores relatou consumo regular de cafeína e um quarto, aproximadamente, relatou consumo elevado A prevalência de dependência de cafeína foi de 5,6% e não se mostrou associada a características sóciodemográficas ou a hábitos de vida Os professores que relataram consumo elevado de cafeína apresentaram maiores chances de dependência Quanto às condições de saúde, a auto avaliação de saúde regular/ruim, a qualidade de sono ruim e o uso de medicamentos para dormir mostraram-se associados à dependência de cafeína Com relação aos fatores ocupacionais, percepções regulares/ruins quanto ao equilíbrio entre vida profissional e pessoal, falta de tempo e frustração com o trabalho, esgotamento e o sentimento de estar no limite de possibilidades mostraram-se mais frequentes nos professores classificados como dependentes (p<,5) Estudo 2) A dependência de cafeína mostrou-se associada com a presença de depressão, segundo o Inventário de Depressão de Beck (BDI-II), nos 392 professores incluídos O mesmo foi observado com suas características-chave Os sintomas depressivos associados à dependência de cafeína foram: pessimismo, culpa, punição, baixa autoestima, choro, agitação, perda de interesse, desvalorização, irritabilidade, alterações no padrão de apetite e perda de interesse por sexo A quantidade de sintomas presentes e a soma da pontuação obtida pela escala foi maior nos professores dependentes de cafeína CONCLUSÕES: A prevalência de dependência de cafeína mostrou-se baixa, porém associada a fatores adversos relacionados ao sono, a aspectos ocupacionais e à saúde mental nos professores Desse modo, sugerem-se pesquisas adicionais sobre dependência de cafeína e riscos relacionados, com vistas a subsidiar ações preventivas e de controle, individuais e coletivas, sobre o uso abusivo de cafeína Os achados da presente tese podem embasar futuras classificações clínicas do Transtorno por Uso de Cafeína pelo DSMItem Prevalência, incidência e fatores preditores da síndrome metabólica em população de 40 anos e mais. VIGICARDIO 2011-2015Costa, Kécia; Silva, Ana Maria Rigo [Orientador]; Mattos, Edlívia Dias de; Carrilho, Alexandre José Faria; Cabrera, Marcos Aparecido Sarria; Andrade, Selma Maffei de; Cordoni Júnior, Luiz [Coorientador]Resumo: A Síndrome Metabólica (SM) é definida como um conjunto de alterações metabólicas que conferem aumento do risco cardiovascular Sua prevalência na população adulta tem aumentado no mundo e diversos fatores estão relacionados à sua ocorrência Este estudo tem como objetivo analisar o perfil da SM em uma coorte de adultos de 4 anos e mais, comparando-se a prevalência da SM e seus componentes entre dois períodos e identificando sua incidência e fatores preditores após seguimento Trata-se de um estudo com dois delineamentos distintos, um comparativo entre dois períodos, 211 e 215, e o segundo uma coorte prospectiva A população de estudo foi constituída por adultos de 4 anos e mais residentes em Cambé, Paraná A coleta de dados da primeira etapa ocorreu entre os meses de fevereiro e maio de 211 e foram entrevistados 118 indivíduos A segunda etapa iniciou-se em março e terminou em outubro de 215 e 885 adultos foram entrevistados Em ambas as etapas realizou-se aferição da pressão arterial, medidas antropométricas e exames laboratoriais A SM foi identificada segundo a definição harmonizada, que preconiza a presença de três ou mais dos componentes: circunferência abdominal =12 cm homens e = 88 cm mulheres; triglicérides: = 15mg/dl e/ou tratamento medicamentoso com hipolipemiantes; PAS = 13 e/ou PAD = 85 mmHg e/ou tratamento com medicamentos anti-hipertensivos; HDL: <4 mg/dl em homens e <5 mg/dl em mulheres e/ou tratamento medicamentos com hipolipemiantes; glicemia jejum: =1 mg/dl e/ou medicamento para tratamento do diabetes Todas as análises foram realizadas no programa SPSS 19 Para a comparação das prevalências da SM e de seus componentes entre os períodos foi utilizado o teste de Mc Nemar e para a comparação entre os sexos o teste Qui-quadrado, adotando-se o nível de significância de p<,5 A análise de regressão logística múltipla foi utilizada para identificar os fatores preditivos para a incidência acumulada da SM em 215 Houve aumento estatisticamente significativo entre 211 e 215 da prevalência da SM e de todos os seus componentes exceto da glicemia de jejum alterada O componente mais prevalente em ambos os períodos foi alteração dos níveis pressóricos, 68,3% e 71,3% respectivamente A obesidade abdominal elevada foi o componente mais frequente entre as mulheres e, entre os homens foi a alteração dos níveis pressóricos Após o seguimento, a incidência acumulada da SM foi de 32,4% Entre as mulheres foi de 4,1% e, entre os homens, de 2,% Após ajustes, as variáveis que permaneceram associadas à incidência da SM no sexo feminino foram o hábito de fumar como fator de proteção, a autopercepção negativa do estado de saúde e a presença de componentes pré-SM, com aumento da chance de incidência da SM quanto maior o número de pré-componentes No sexo masculino apenas o índice da massa corpórea (IMC) classificado como sobrepeso e/ou obbesidade foi associado significativamente Entre as principais conclusões destaca-se a frequência elevada da SM, a piora do perfil de risco metabólico e cardiovascular e a obesidade abdominal como um importante fator preditivo A condição de SM reconhecida permite classificar os grupos segundo a condição de risco e planejar intervenções a fim de minimizar as consequências aos indivíduos e serviços de saúdeItem A utilização de tratamentos não farmacológicos por idosos com dor crônica musculoesqueléticaZiegler, Flavia Guilherme Gonçalves; Cabrera, Marcos Aparecido Sarria [Orientador]; Dellaroza, Mara Solange Gomes; Andrade, Selma Maffei de; Guidoni, Camilo Molino; Amorim, Juleimar Soares Coelho deResumo: Com o envelhecimento populacional, é esperado o aumento da prevalência de dores crônicas, o que pode interferir na qualidade de vida dos idosos As dores musculoesqueléticas estão entre as causas mais frequentes de procura médica; sua abordagem deve ser multidisciplinar, envolvendo tratamentos farmacológicos e não farmacológicos Objetivo: Caracterizar a utilização de tratamentos não farmacológicos para o alívio das dores crônicas de idosos da comunidade e sua autoeficácia frente à essa condição Métodos: Trata-se de um estudo de corte transversal com amostra não probabilística de sujeitos acima de 6 anos, com dor crônica musculoesquelética, residentes na área urbana do município de Londrina, PR, atendidos pelo serviço de Atenção Primária à Saúde e encaminhados para a avaliação especializada com ortopedista entre abril 216 e abril 217 Foi realizado inquérito domiciliar, por meio de questionário composto de informações para caracterização sociodemográfica, caracterização da dor – por meio do instrumento Inventário Breve de Dor e da Escala de LANSS, foi medida a autoeficácia pela Escala de Autoeficácia para dor crônica e, por fim, foram elaboradas questões simples para caracterizar o tratamento não farmacológico utilizado e a crença no exercício físico como tratamento para o alívio da dor Para a análise descritiva, usou-se a frequência absoluta e relativa, enquanto que, para a análise bivariada, foi utilizado o teste Qui-quadrado As variáveis sexo, escolaridade e renda familiar foram predefinidas como variáveis de ajuste dos modelos As Razões de Prevalência (RP) brutas e ajustadas foram obtidas mediante regressão de Poisson com ajuste por variância robusta Para análise de dados não paramétricos, foi utilizado o teste de Mann-Whitney-U, apresentando a distribuição por meio das medianas e dos intervalos interquartílicos O nível de significância adotado foi de p< ,5 Resultados: Foram entrevistados 193 idosos, dos quais 7,5% eram do sexo feminino, 6,6% possuíam o ensino fundamental incompleto e 82,4% tinham renda familiar de até 2 salários mínimos O tratamento não farmacológico foi solicitado para 172 idosos e as abordagens mais utilizadas para as dores crônicas musculoesqueléticas foram fisioterapia (72,5%), seguida por nutrição (19,7%), práticas integrativas e complementares (2%), educação física (6,2%) e psicologia (5,2%) A autoeficácia foi mais bem avaliada por idosos que moravam sós, por aqueles com a faixa etária acima de 7 anos e por aqueles com dor exclusivamente nociceptiva Consideração final: Foi evidenciado que, entre os tratamentos não farmacológicos, o mais utilizado foi a fisioterapia Além disso, a dor com predomínio nociceptivo esteve associada com a melhor tolerância do exercício físico e melhor autoeficácia Apesar de muitos idosos não terem realizado alguma modalidade de tratamento não farmacológico para o alívio de suas dores, para o adequado manejo da dor crônica, faz-se necessária uma avaliação adequada, além de uma abordagem multidisciplinar que seja capaz de possibilitar a autonomia e a independência do idoso, ainda que na presença de limitações devido ao quadro álgico