A utilização de tratamentos não farmacológicos por idosos com dor crônica musculoesquelética

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Ziegler, Flavia Guilherme Gonçalves

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Resumo: Com o envelhecimento populacional, é esperado o aumento da prevalência de dores crônicas, o que pode interferir na qualidade de vida dos idosos As dores musculoesqueléticas estão entre as causas mais frequentes de procura médica; sua abordagem deve ser multidisciplinar, envolvendo tratamentos farmacológicos e não farmacológicos Objetivo: Caracterizar a utilização de tratamentos não farmacológicos para o alívio das dores crônicas de idosos da comunidade e sua autoeficácia frente à essa condição Métodos: Trata-se de um estudo de corte transversal com amostra não probabilística de sujeitos acima de 6 anos, com dor crônica musculoesquelética, residentes na área urbana do município de Londrina, PR, atendidos pelo serviço de Atenção Primária à Saúde e encaminhados para a avaliação especializada com ortopedista entre abril 216 e abril 217 Foi realizado inquérito domiciliar, por meio de questionário composto de informações para caracterização sociodemográfica, caracterização da dor – por meio do instrumento Inventário Breve de Dor e da Escala de LANSS, foi medida a autoeficácia pela Escala de Autoeficácia para dor crônica e, por fim, foram elaboradas questões simples para caracterizar o tratamento não farmacológico utilizado e a crença no exercício físico como tratamento para o alívio da dor Para a análise descritiva, usou-se a frequência absoluta e relativa, enquanto que, para a análise bivariada, foi utilizado o teste Qui-quadrado As variáveis sexo, escolaridade e renda familiar foram predefinidas como variáveis de ajuste dos modelos As Razões de Prevalência (RP) brutas e ajustadas foram obtidas mediante regressão de Poisson com ajuste por variância robusta Para análise de dados não paramétricos, foi utilizado o teste de Mann-Whitney-U, apresentando a distribuição por meio das medianas e dos intervalos interquartílicos O nível de significância adotado foi de p< ,5 Resultados: Foram entrevistados 193 idosos, dos quais 7,5% eram do sexo feminino, 6,6% possuíam o ensino fundamental incompleto e 82,4% tinham renda familiar de até 2 salários mínimos O tratamento não farmacológico foi solicitado para 172 idosos e as abordagens mais utilizadas para as dores crônicas musculoesqueléticas foram fisioterapia (72,5%), seguida por nutrição (19,7%), práticas integrativas e complementares (2%), educação física (6,2%) e psicologia (5,2%) A autoeficácia foi mais bem avaliada por idosos que moravam sós, por aqueles com a faixa etária acima de 7 anos e por aqueles com dor exclusivamente nociceptiva Consideração final: Foi evidenciado que, entre os tratamentos não farmacológicos, o mais utilizado foi a fisioterapia Além disso, a dor com predomínio nociceptivo esteve associada com a melhor tolerância do exercício físico e melhor autoeficácia Apesar de muitos idosos não terem realizado alguma modalidade de tratamento não farmacológico para o alívio de suas dores, para o adequado manejo da dor crônica, faz-se necessária uma avaliação adequada, além de uma abordagem multidisciplinar que seja capaz de possibilitar a autonomia e a independência do idoso, ainda que na presença de limitações devido ao quadro álgico

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Palavras-chave

Dor intratável, Serviços de saúde para idosos, Terapias alternativas, Autoeficácia, Chronic pain, Older people health services, Alternative therapies, Self-efficacy

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