02 - Mestrado - Sociologia
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Navegando 02 - Mestrado - Sociologia por Autor "Almeida, Ana Maria Chiarotti de"
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Item Afinal, o que faz o Programa de Iniciação à Docência - PIBID? Um estudo sobre a formação de professores na UEL, 2010-2016(2016-12-22) Rodrigues, Franciele; Silva, Ileizi Luciana Fiorelli; Almeida, Ana Maria Chiarotti de; Meucci, Simone; Lanza, FábioEsta pesquisa analisa se e como o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) tem provocado mudanças nos sentidos das configurações de formação de professores no campo da educação segundo as percepções de agentes do programa (coordenadores de área, professores supervisores e egressos) na Universidade Estadual de Londrina (UEL), no período de 2010 – quando a UEL passou a participar do PIBID a 2016, ano em que concluímos este trabalho. Partimos das seguintes questões: Quais as disposições (LAHIRE, 2002) que o PIBID tem desenvolvido? Como interage com todas as demais fontes de disposições possíveis para os que se aproximam das agências formadoras de professores? Nossas hipóteses iniciais foram pensadas em vista de que o PIBID tem sido um novo espaço de formação e socialização de professores, cujas experiências geradas têm interferido nos modelos para a formação docente e produzido novas relações entre as agências (instituições de ensino superior, escolas e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES) e os agentes (professores universitários, docentes das escolas, licenciandos e alunos do ensino médio). A fim de responder tais questões, nossos caminhos teórico-metodológicos nos levaram a articular várias técnicas de pesquisas capazes de captar as percepções e as teias de disposições acionadas ou não pelos agentes envolvidos. Assim, os instrumentos de pesquisa foram os seguintes: aplicação de questionários online a doze coordenadores de áreas e dez egressos, trabalho de campo em duas escolas públicas dos municípios de Londrina-PR e Cambé-PR, onde acompanhamos as aulas de duas egressas (professoras iniciantes) que participaram do PIBID nas áreas de Ciências Sociais e Matemática e as aulas de outras duas docentes (professoras veteranas) das mesmas áreas, que não foram bolsistas de iniciação à docência. Além disso, realizamos um grupo focal com cinco professores supervisores do PIBID de Ciências Sociais e entrevistas com duas professoras supervisoras do programa na área de Matemática. O trato de todas as informações coletadas ocorreu por meio da triangulação de dados. Foi possível apreender que o PIBID tem gerado ressignificações do espaço das licenciaturas na Universidade Estadual de Londrina, do papel dos professores das escolas na qualificação de novos docentes e tem levado mais agentes a aderir ao campo da educação, acionando novas disposições entre todos os agentes envolvidos. Ou seja, os professores da Universidade, das escolas, os estudantes do ensino médio, da graduação e da pós-graduação se apresentam mais dispostos a agir dentro das escolas e das universidades em busca de uma formação profissional mais qualificada e densa. Os conflitos e as tensões também foram reposicionados, com novos olhares e maneiras de interpretá-los.Item Estatuto da igualdade racial : da exclusão a uma nova contratualidadeCzigler, Mônica de Souza; Cesário, Ana Cleide Chiarotti [Orientador]; Almeida, Ana Maria Chiarotti de; Bernardo, TeresinhaResumo: Este trabalho interpreta o Estatuto da Igualdade Racial na forma de Projeto de Lei (PL) e, em seguida, como Lei Aprovada Utilizamos a teoria e método da Análise do Discurso (AD) de linha francesa para interpretar as relações raciais no Brasil, seus desdobramentos e embates relacionados ao Estatuto Privilegiar o discurso como objeto de análise e a entrada na produção de sentidos permitiu relacioná-lo com a exterioridade social conflituosa e polêmica, sobretudo no que se refere às cotas Dessa forma, o Estatuto surge como acolhimento de várias demandas do Movimento Negro pela promoção da igualdade racial no país, visto que a população negra encontra-se à margem do Contrato Por meio do instituto das Ações Afirmativas, algumas matérias que o PL propôs foram silenciadas na Lei aprovada como, por exemplo, Direitos da Mulher, Cotas para ingresso em Universidades Públicas e a questão da Identidade Negra Uma interpretação que, por um lado mostra os conflitos e os argumentos antagônicos sobre relações raciais e, por outro, mostra que a desigualdade a que os negros estão relegados também é permeada por luta por direitos em busca de uma nova contratualidade, ampliando a cidadaniaItem A imagem das mulheres na publicidade no Brasil nas décadas de 1940 e 1950Costa, Claudio Francisco da; Capelo, Maria Regina Clivati [Orientador]; Almeida, Ana Maria Chiarotti de; Tomazi, Nelson DacioResumo: Este trabalho analisa a imagem das mulheres brasileiras em anúncios publicitários de revistas de massa veiculadas nas décadas de 194 e 195, tempo que marca contraditoriamente a gênese da sociedade de massa e da modernização industrial do país e a continuidade de uma sociedade tradicional A pesquisa de campo foi realizada nos arquivos do Departamento de Documentação Editora Abril (Dedoc) e em arquivos pessoais, com a recuperação de 47 anúncios pertinentes ao tema O referencial teórico permite entender que a publicidade não vende apenas mercadorias, vende também estilos de vida, padrões de consumo, representações sobre a sociedade, a família e relações homem-mulher A categorização aponta a vida familiar, o lar, o papel de mãe, de socialite, os cuidados-de-si e a vida de trabalho como centrais na apresentação do discurso publicitário A publicidade se coloca além da representação da realidade, produzindo e reproduzindo representações sobre a sociedade, contribuindo para a construção de significados e colaborando para delimitar a hegemonia de determinadas visões de mundoItem Os sentidos de sexualidade e a reforma educacional brasileira: a doença, os medos e interditos(2006-10-20) Rodrigues, Christiani Martins; Almeida, Ana Maria Chiarotti de; Cesário, Ana Cleide Chiarotti; Capelo, Maria Regina ClivattiNa década de 1990, a necessidade em se combater a epidemia HIV/AIDS e o número de gravidez na adolescência "obrigou" a escola a abordar a temática Sexualidade, em sala de aula, por meio de discursos mais diretos e abertos. Assim, tornou-se urgente elaborar Orientações Sexuais direcionadas ao grupo jovem, pois, apesar de tantas iniciativas em se combater o sexo não-seguro, a gravidez adolescente e a proliferação do HIV/AIDS, o nível de contaminação entre os jovens e o número de mães adolescentes não param de crescer. Dessa maneira, o objetivo do presente trabalho consiste em compreender a construção dos sentidos de sexualidade, presente nos documentos oficiais da Reforma Educacional Brasileira - em especial no documento específico sobre Orientação Sexual, incluído nos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental, enquanto um dos Temas Transversais -, bem como de um Projeto Político Pedagógico de uma escola pública da cidade de Londrina. Analisar estes documentos significa compreender como a escola participa efetivamente da construção de subjetividades, ao "transmitir" e "reproduzir" os sentidos dos valores construídos em nossa sociedade, especialmente no que diz respeito à sexualidade. Para tanto, a Análise de Discurso, inspirada em Michel Pêcheux, assumiu, para a presente pesquisa, o lugar da metodologia, e algumas de suas categorias vieram a formar o referencial teórico deste trabalho: a Ideologia, o Sujeito, a Formação Discursiva e o Silêncio. Desse modo, foi possível perceber pontos de distanciamentos e encontros entre as propostas do Projeto Político Pedagógico analisado e o documento elaborado sobre Orientação Sexual na Reforma da Educação Brasileira. Distanciamentos, por não se perceber um processo de continuidade entre eles, como previsto na LDB, quando determina o caráter de continuidade e aprofundamento do Ensino Médio em relação ao conteúdo desenvolvido no Ensino Fundamental. E encontros, quando o Projeto Político Pedagógico da escola em questão, apesar de conseguir vislumbrar duas maneiras de se falar sobre a sexualidade - sob uma perspectiva sociológica e biológica -, relaciona o conteúdo sobre Orientação Sexual mais especificamente com o seu aspecto biológico, estando, assim, de acordo com o documento oficial sobre a Orientação Sexual na escola. O sentido de sexualidade no documento oficial sobre Orientação Sexual, apesar de mostrar avanços, por evidenciar questões como "visões pluralistas da sexualidade" ou a necessidade da escola acolher as questões sobre esta temática trazidas pelos alunos, colocando-se como imparcial, de modo a não influenciar nas escolhas individuais, não consegue transcender os tabus e preconceitos existentes na sociedade brasileira, quando sua manifestação se restringe apenas aos aspectos biológicos da sexualidade. Do mesmo modo, apesar dos documentos oficiais da Reforma Educacional Brasileira acentuar o sujeito crítico e capaz de fazer escolhas próprias, os documentos acabam por silenciar este sujeito, não dando vazão para suas dúvidas e, ao não estabelecerem lugares nos quais eles possam efetivamente fazer suas escolhas, só lhe permite uma construção do sentido de sexualidade confusa, baseada no medo e nos interditos, pelo fato do sentido de sexualidade, com que entra em contato, estar sempre permeada pela doença e pelo não-dito.Item Raça e gênero : olhares e sentidos na revista EparreiCastro, Silvia Elaine Santos de; Cesário, Ana Cleide Chiarotti [Orientador]; Silva, Rosane Borges da; Lanza, Fábio; Bernardo, Teresinha; Almeida, Ana Maria Chiarotti deResumo: Este trabalho aborda aspectos específicos da condição da mulher negra no Brasil, por meio das práticas e formações discursivas da revista Eparrei, veículo de comunicação da Casa de Cultura da Mulher Negra na cidade de Santos, no estado de São Paulo Nossa discussão centra-se em quais seriam as estratégias discursivas (formações discursiva e ideológica) utilizadas pela Revista Eparrei para produzir (novos) sentidos no imaginário social brasileiro e na memória coletiva acerca da mulher negra Mostra como a análise da revista dá acesso à produção de sentidos sobre relações de raça e gênero na sociedade brasileira, revelando um discurso de resistência aos marcadores sociais dominantes e padrões hegemônicos Indica, na trama textual dos editoriais da revista, novos sentidos que podem ser tomados como referenciais de identidade e prática política Um discurso perpassado por outros discursos transversos cujas origens estão nas tradições afro-brasileiras e que busca a afirmação da mulher negra e a contra hegemonia à formação ideológica que dá sustentação ao racismo Com essa leitura, não podemos deixar de notar o silenciamento em torno do Estatuto da Igualdade Racial, o que sugere uma crítica ou rejeição a esse instituto jurídico Concluímos que, assim como a atuação do racismo no Brasil, se dá no subentendido, no implícito e nas ações cotidianas, os editoriais da revista Eparrei utilizam, sugerem e defendem a sutileza para romper com o imaginário negativo que circunda cidadãos, negros e negrasItem A violência contra a mulher e os profissionais de saúde pública : o caso de Marília-SPMessias, Ana Elisa Araújo; Silva, Maria Nilza da [Orientador]; Almeida, Ana Maria Chiarotti de; Bernardo, TerezinhaResumo: A violência como fenômeno cultural e social sempre fez parte das relações sociais E, em relação às violências acometidas contra mulheres, podem-se multiplicar os embates considerando os vários preconceitos dos quais historicamente são vítimas Este trabalho tem como objetivo analisar a atuação dos profissionais de saúde pública de Marília, atuantes em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Saúde da Família (USF), às mulheres vítimas de violência Foram utilizadas as metodologias qualitativa e quantitativa A qualitativa com a realização de entrevistas com profissionais de saúde e a quantitativa com a análise de 1653 boletins de ocorrência de crimes relacionados à violência contra a mulher nos arquivos das Delegacias de Polícia da cidade de Marília e no Banco de Dados do Projeto GUTO (Unesp/Marília) E ainda, utilizou-se os dados do Censo do IBGE para a compreensão da situação da mulher mariliense Constatou-se que, apesar de Marília ser considerada como referencial em atividades de prevenção à violência contra mulher, a cidade tem deixado a desejar na efetivação de ações junto aos profissionais de saúde, através da Secretaria Municipal de Saúde, especificamente através do Programa Municipal da Saúde da Mulher que pudessem traduzir melhorias no atendimento à mulher vitimizada pela violência doméstica