02 - Mestrado - Letras
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Navegando 02 - Mestrado - Letras por Autor "Alves, Silvio Cesar dos Santos"
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Item O Diabo veste Benoiton : a sobrevida de uma personagem-tipo na moda brasileira da segunda metade do século XIX(2024-06-28) Silva, Pamela Manoela Velozo da; Alves, Silvio Cesar dos Santos; Brandini, Laura Taddei; Monteleone, Joana de Moraes; Rio Doce, Cláudia Camardella; Cruz, Carlos Eduardo Soares daNo século XIX, a ascensão da burguesia como classe dominante impôs à sociedade padrões familiares, nos quais a mulher era retratada como um adorno passivo. A moda desempenhou um papel crucial ao moldar a imagem da "mulher-objeto", associada à frivolidade e à busca por atenção. A efemeridade das tendências exigia uma dedicação intensa das mulheres, desviando sua atenção de questões políticas e intelectuais. Alguns jornais, sensíveis à necessidade de libertar as mulheres dessas restrições estéticas, buscavam desafiar o status quo, enquanto outros perpetuavam estereótipos. A presente pesquisa busca destacar a importância da moda na representação feminina e como alguns textos literários refletiam a influência da moda na sociedade do século XIX. O tipo Benoiton, inspirado nas personagens da peça La Famille Benoiton, de Victorien Sardou (1831-1908), sobreviverá em refigurações literárias e extraliterárias tanto em Portugal como no Brasil, onde permanecerá por mais de trinta anos como importante influência na moda da segunda metade do século XIX. A importância dessa sobrevida, sobretudo na moda, nos levou a uma pesquisa profunda em diversos periódicos portugueses e brasileiros da época, buscando compreender a relação entre moda, temperamento e identidade social nas sociedades portuguesa e brasileira. A conclusão a que chegamos é que se vestir à “benoiton” representava uma forma de resistência e de afirmação da identidade para as mulheres, tendo em vista o contexto restritivo do século XIX.Item O “novo flâneur ” na trilogia de António Carlos Cortez(2024-01-22) Reis, Ana Cléa dos; Alves, Silvio Cesar dos Santos; Silva, Telma Maciel da; Maffei, LuisA literatura contemporânea trata das especificidades de seu tempo, retratando sujeitos comuns com problemas e questionamentos que fazem parte do contexto sócio-histórico atual. Tais características da literatura contemporânea podem ser vistas nos poemas de António Carlos Cortez, poeta e crítico literário português. O escritor, por meio da sua trilogia poética, Animais Feridos, Corvos Cobras Chacais e Jaguar, construiu um universo carregado de subjetividade ao retratar um eu lírico com uma perspectiva intimista, um sujeito em crise que questiona constantemente o seu lugar no mundo. Esse estudo analisou os poemas do referido poeta pela perspectiva do flâneur de Charles Baudelaire. No entanto, buscamos ressaltar os afastamentos para confirmar uma nova configuração do flâneur construído por Cortez no decorrer das três obras. Dessa maneira, esta pesquisa propôs-se a realizar um estudo comparativo dos poemas, com o intuito de investigar como é realizada a construção e o desenvolvimento do eu lírico ao longo de toda a trilogia, resultando na constituição de uma nova flânerie, voltada para introspecção do flâneur, e culminando numa estratégia discursiva mais figurativa, através da persona “Jaguar”, elemento este originado a partir da fragmentação da identidade e do descentramento do sujeito lírico da obra homônima, pautados pelas modificações do mundo moderno, o qual afeta tal sujeito em suas singularidades. Para a análise dos poemas, abordaremos Charles Baudelaire e Walter Benjamin, visando compreender o conceito de flâneur e a sua nova relação com a cidade. Para compreender o desenvolvimento novo flâneur por meio da experiência partilhada, partiremos dos estudos de Rosa Maria Martelo e das ideias de descentramento do sujeito e identidade, tal como estas são apresentadas, respectivamente, por Stuart Hall, Fredric Jameson e Zygmunt Bauman. Em nosso entender, tais ideias caracterizam as interfaces sociais do novo flâneur, ou seja, são traços que afirmam a adaptação e a evolução de uma nova configuração do flâneur, conforme podemos constatar na poesia de Cortez, por meio das personas Jaguar e Humatan, o que nos leva ao flâneur híbrido.Item Tormento e melancolia nos poemas de Lúcio CardosoHodas, Flávia Aparecida; Corrêa, Alamir Aquino [Orientador]; Alves, Silvio Cesar dos Santos; Alves, Regina Célia dos SantosResumo: No decorrer da história das produções literárias, a melancolia frequentemente se revelou como um afeto que possui um forte vínculo com as manifestações poéticas Nesse sentido, mais do que um simples afeto ou doença, a melancolia se fez presente em diversas obras poéticas, destacando-se com imagens peculiares e topois recorrentes que delineariam um discurso melancólico Dentre todos os escritores que desvelaram em seus versos um discurso repleto de imagens taciturnas e obscuras, Lúcio Cardoso assoma como um poeta essencialmente melancólico Mergulhando nas camadas mais profundas da alma humana, os poemas cardosianos manifestam de forma recorrente uma tristeza premente e intransponível, a qual engendra uma forma especial de entrever e sentir o mundo Afinal, como fala a melancolia e como os poetas fazem-na falar em versos? Procurando as respostas para essas perguntas, a presente Dissertação tem como objetivo, portanto, analisar os elos que se estabelecem entre a melancolia e a poesia e, mais especificamente, como eles se manifestam nos versos de Lúcio Cardoso Desde as suas primeiras obras poéticas até os seus poemas publicados postumamente, as obras cardosianas possuem um forte vínculo com o sentimento melancólico e, ademais, tornam-se, como aponta o crítico literário Almeida Filho (1942), o leitmotiv de todo o seu projeto poético Ao transitar pelas nuanças melancólicas que perfazem a sua poética, seja por meio da constatação da brevidade da vida, da infância perdida, do desconcerto diante de um mundo que lhe é hostil e, até mesmo, pela ausência de um objeto amado e perdido, esta Dissertação busca analisar como a melancolia se faz presente no decurso dos versos cardosianos por meio de seus recursos retóricos-poéticos específicos e que, revelam, em última instância, um discurso essencialmente melancólico