02 - Mestrado - Ciências da Reabilitação
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Navegando 02 - Mestrado - Ciências da Reabilitação por Autor "Andrello, Ana Carolina dos Reis"
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Item Associação da resistência das vias aéreas medida por pletismografia corporal com desfechos clínicos na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)(2022-12-14) Medeiros, Letícia da Silva; Pitta, Fábio de Oliveira; Gastaldi, Ada Clarice; Rodrigues, Antenor Luiz Lima; Andrello, Ana Carolina dos ReisIntrodução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma doença sistêmica com sintomas e limitações multifatoriais. A avaliação da resistência das vias aéreas (Raw) na DPOC tem sido comumente utilizada na avaliação do acometimento de pequenas vias aéreas, diagnóstico precoce e melhor entendimento da sintomatologia apresentada por esses indivíduos. Diferentes estudos investigaram a relação dos parâmetros de Raw com desfechos clínicos da doença por meio da oscilometria de impulso, uma tecnologia moderna e relativamente pouco comum no contexto da prática clínica. No entanto, informações acerca da Raw obtida por outro método clinicamente mais comum, a pletismografia corporal, ainda são pouco disponíveis na literatura, assim como sua contribuição na avaliação da DPOC. Objetivo: Investigar a associação da resistência específica das vias aéreas (sRaw) avaliada pela pletismografia corporal com variáveis de função pulmonar, capacidade funcional e máxima de exercício, estado de saúde e limitação por dispneia em indivíduos com DPOC. Métodos: Estudo transversal com análise retrospectiva de dados basais de indivíduos recrutados para um programa de reabilitação pulmonar. Foram realizadas avaliações de função pulmonar completa pela espirometria e pletismografia corporal (Vmax®Carfusion, Germany). Também foram realizadas avaliações da capacidade funcional e máxima de exercício (teste de caminhada de seis minutos [TC6min] e teste cardiopulmonar de esforço [TCPE], respectivamente); estado de saúde (questionário COPD Assessment Test [CAT]); e limitação pela dispneia na vida diária (escala Medical Research Council [MRC]). O teste de Shapiro-Wilk foi utilizado para verificar a normalidade dos dados e o coeficiente de Spearman para analisar as correlações entre a sRaw e os demais desfechos. O teste de Kruskal-Wallis foi utilizado para comparação da sRaw nas diferentes gravidades da doença, classificadas de acordo com a Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD). Resultados: Foram estudados 73 indivíduos com DPOC estável (53% do sexo masculino, idade média 67±7 anos e limitação ao fluxo aéreo de moderada a muito grave). A sRaw apresentou correlações moderadas com FEF25-75%predito, VEF1/VEF6, VR/CPT e VEF1%predito (r=-0,45, r=-0,49, r=0,53, r=0,66, respectivamente). Não houve correlação clinicamente relevante com nenhum outro desfecho. Conclusão: A sRaw avaliada pela pletismografia corporal em indivíduos com DPOC moderada a muito grave se correlaciona moderadamente apenas com desfechos de função pulmonar também indicativos de distúrbio obstrutivo e aprisionamento aéreo, mas não com os outros desfechos clínicos avaliados como a capacidade de exercício e dispneia. Mesmo sem refletir outros desfechos clínicos da DPOC, a sRaw avaliada pela pletismografia corporal é útil por refletir desfechos importantes da função pulmonar, além de ser mais comumente encontrada na prática clínica.Item Ventilação voluntária máxima e sua relação com desfechos clínicos em pacientes com DPOCAndrello, Ana Carolina dos Reis; Pitta, Fábio de Oliveira [Orientador]; Reche, Gianna Kelren Waldrich Bisca; Castro, Larissa Araújo deResumo: OBJETIVOS: Investigar a relação entre a Ventilação Voluntária Máxima (VVM) e desfechos clínicos na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e adicionalmente, verificar se a VVM é melhor preditora destes desfechos do que o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) MÉTODOS: Estudo transversal com dados de indivíduos diagnosticados com DPOC e avaliados antes da entrada em um programa de reabilitação pulmonar Eles foram submetidos às avaliações da função pulmonar completa pela espirometria, pressões respiratórias máximas (PRM), capacidade funcional de exercício pelo teste de caminhada de seis minutos (TC6min), dispneia pela versão modificada da escala Medical Research Council (mMRC), estado funcional pelo Pulmonary Functional Status and Dyspnea Questionnaire – modified version (PFSDQ-m) e qualidade de vida (QV) pelo COPD Assessment Test (CAT) As correlações foram avaliadas pelo coeficiente de Spearman e foram usados modelos de regressão linear múltipla por etapas para verificar os preditores dos desfechos clínicos levando em consideração a VVM, VEF1 e variáveis antropométricas RESULTADOS: Foram incluídos 157 indivíduos (82 homens) com mediana (intervalo interquartílico) de idade de 66 (61-73) anos e que apresentavam IMC de 27 (22-31), VEF1 de 46 (33-57) % do predito, TC6min de 86 (76-96)% do predito, bom estado funcional com um escore total do PFSDQ-m de 34 (14-57) e impacto moderado na QV com um escore total no CAT de 13 (7-19) Foram encontradas correlações moderadas e estatisticamente significantes da VVM com a pressão inspiratória máxima (PImax) (r=,4), TC6min (r=,5) e mMRC (r=-,56) (P<,1 para todas), assim como com as pontuações totais do PFSDQ-m (r=-,4) e do CAT (r=-,54) As correlações destes desfechos clínicos foram de forma geral mais fortes com a VVM do que com o VEF1 Nos modelos de regressão, ao contrário do VEF1, a VVM aparece como preditora de quase todos os desfechos clínicos, com exceção de alguns domínios do CAT CONCLUSÃO: Conclui-se que a VVM se correlaciona moderadamente com vários desfechos clínicos utilizados na avaliação dos indivíduos com DPOC A VVM mostrou-se também como melhor preditora da força muscular respiratória, capacidade de exercício, dispneia, estado funcional e QV na DPOC do que o VEF1 Assim, recomenda-se que esse teste não deixe de integrar as avaliações na prática clínica e na pesquisa