02 - Mestrado - Fisiopatologia Clínica e Laboratorial
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Navegando 02 - Mestrado - Fisiopatologia Clínica e Laboratorial por Autor "Alves, Alex Barbosa"
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Item Efeito sinérgico do óleo essencial de orégano com nanopartículas de prata sobre Leishmania amazonensis(2020-04-17) Alves, Alex Barbosa; Costa, Ivete Conchon; Bidóia, Danielle Lazarin; Simão, Andréa Name ColadoA Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma zoonose causada por protozoários do gênero Leishmania. O tratamento atual apresenta vários problemas como a dificuldade de administração, baixa eficiência, toxicidade e resistência dos parasitos, levando a busca de novas substâncias ou associações como terapias alternativas. Produtos naturais como o óleo essencial de orégano (OEO), extraído da planta selvagem Origanum vulgare, possui uma gama de efeitos já estudados, como ação antiparasitária, antibacteriana e antifúngica. A associação do OEO com nanopartículas de prata (AgNp), que também possuem ações antimicrobianas, apresentaram efeitos sinérgicos em bactérias. Entretanto, não havia estudos desta associação em Leishmania. Portanto, o presente estudo investigou o efeito sinérgico leishmanicida da associação do OEO com AgNp sobre L. amazonensis. Para isso, foram utilizadas diferentes proporções de associação do OEO com AgNp para obtenção de uma dose que eliminasse 50% dos parasitos. Os dados obtidos das doses das combinações de OEO+AgNp foram avaliadas matematicamente verificando o efeito sinérgico entre elas. O ensaio antipromastigota foi realizado através da contagem em câmara de Neubauer, onde verificamos o efeito antileishmania do tratamento. Após isso, por microscopia eletrônica de varredura (MEV) e microscopia eletrônica de transmissão (MET), foram observadas alterações morfológicas e ultraestruturais em promastigotas tratadas com a associação OEO+AgNp, como rugosidade da superfície celular, arredondamento e redução do corpo celular, flagelo reduzido, extravazamento de conteúdo citoplasmático, inchaço mitocondrial, acúmulo de corpos lipídicos e de vacúolos autofágicos no citoplasma, desorganização do DNA nuclear e danos à membrana plasmática. Além disso, o tratamento com a associação induziu em promastigotas um aumento de espécies oxidantes, despolarização mitocondrial e exposição da fosfatidilserina, que acarretaram na morte celular por apoptose tardia. Em seguida, verificamos o efeito anti-amastigota da associação em macrófagos infectados com L. amazonensis e a formação de marcadores microbicidas como óxido nítrico (NO) e espécies reativas de oxigênio (EROs). Ao final, conclui-se que a associação de OEO+AgNp possui um efeito sinérgico em sua ação leishmanicida e induz a morte de promastigotas por um processo de apoptose tardia e apresenta um efeito anti-amastigota através da produção de EROs e NO por macrófagos infectados. Assim, a associação OEO+AgNp se apresenta como uma potencial alternativa de tratamento em uma realidade onde fármacos tóxicos e de baixa eficiência são utilizados no tratamento de LTA.